O
último, Salah Abdeslam, de 26 anos, está sendo caçado após a polícia francesa
emitir um mandado internacional para sua prisão. Outros
dois autores dos atentados, que se explodiram durante os ataques, ainda não
foram identificados. Ao menos 129 pessoas morreram na série de disparos e
explosões.
Veja,
a seguir, um breve perfil de cada suspeito.
Salah
Abdeslam
O
francês de 26 anos é considerado um suspeito-chave e está sendo caçado pela
polícia. Acredita-se
que ele alugou na Bélgica o veículo VW Polo encontrado perto da casa de shows
Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas. No
sábado, ele estava com outros dois homens em um carro parado pela polícia nas
proximidades da fronteira com a Bélgica. O veículo acabou liberado. Ainda
não está claro se as autoridades francesas já haviam ligado Salah Absdelam ao
carro achado no Bataclan quando o grupo foi parado pelos policiais perto da
fronteira.
A
polícia descreveu o suspeito como perigoso, e alerta as pessoas para que não se
aproximem dele.
Brahim
Abdeslam
Irmão
de Salah Absdelam, morreu após detonar os explosivos grudados às suas roupas
nas proximidades de um café na Boulevard Voltaire, segundo os investigadores. O
homem de 31 anos havia alugado um veículo Seat que foi encontrado após os
ataques. Ele
já havia aparecido em várias investigações da polícia belga junto a Abdelhamid
Abaaoud, apontado como mentor dos atentados da sexta. Os
documentos são relacionados a casos criminais em 2010 e 2011. Brahim
Abdeslam e Abaaoud moraram em Molenkeek, bairro degradado de Bruxelas com
grande população muçulmana, descrito por algumas autoridades como um “celeiro
para jihadistas”. Acredita-se
que Abaaoud, descendente de marroquinos de 27 anos, agora esteja na Síria, onde
teria se juntado ao “Estado Islâmico”.
Omar
Ismail Mostefai
O
francês de 29 anos, que morreu no ataque ao Bataclan, viveu em Courcouronnes e
em Chartres, nas proximidades de Paris. Uma
autoridade turca confirmou à BBC que ele entrou na Turquia em 2013, mas que não
há registros de sua saída do país. Essa
autoridade, que falou sob condição de anonimato, contou que a França solicitou
informações sobre quatro suspeitos à Turquia em outubro de 2014. Ele
acrescentou que, durante a investigação, as autoridades turcas identificaram um
quinto indivíduo, Omar Ismail Mostefai, e notificou os franceses duas vezes –
em dezembro de 2014 e junho deste ano. “Não
tivemos, porém, nenhuma resposta da França sobre o assunto”, afirmou. Segundo
essa fonte turca, apenas após os ataques em Paris é que a Turquia recebeu da
França um pedido formal de informações sobre Mostefai.
Ahmad
al-Mohammad
Acredita-se
que o homem de 25 anos, sírio da cidade de Idlib, morreu após se autoexplodir
do lado de fora do estádio Stade de France. Um
passaporte sírio em seu nome foi encontrado no local. Investigadores
estão tentando descobrir se o passaporte é verdadeiro –existe a possibilidade
de que essa não seja a verdadeira identidade do homem-bomba. A
Promotoria de Paris afirmou que digitais do autor do ataque batem com a de uma
pessoa que veio para a Europa com um grupo de imigrantes que chegou ao
continente pela ilha grega de Leros.
Bilal
Hadfi
O
jovem de 20 anos foi identificado como um dos autores do ataque ao Stade de
France. Ele,
que morreu no local, é francês, mas morava na Bélgica. Alguns
relatos sugerem que ele chegou a atuar como combatente do “EI” na Síria.
Samy
Animour
O
francês de 28 anos era um dos homens-bomba que se matou no Bataclan. Ele
vivia perto de Paris, segundo os serviços de inteligência franceses. Ele foi
acusado de ligação com terroristas em 2012 ao planejar viajar para o Iêmen. Animour
foi colocado sob supervisão judicial, mas em seguida saiu do radar, o que levou
as autoridades a emitirem um mandado de captura internacional. Três
parentes dele foram detidos após os ataques.
Mohammed
Abdeslam
O
irmão de Salah e Brahim Abdeslam foi preso pela polícia belga em Molenbeek no
sábado, e apontado como suspeito pelas autoridades francesas. Porém,
acabou liberado nesta segunda, sem que qualquer acusação fosse feita. Sua
advogada, Natalie Gallant, afirmou que ele soube apenas nesta segunda que seu
irmão Brahim morreu nos ataques.
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