O
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou, já na madrugada desta
quarta-feira (2), o parecer prévio pela continuidade do processo por quebra de
decoro parlamentar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O
relatório do deputado Marcos Rogério foi aprovado por 11 votos a 10 contra. O
voto de desempate veio do presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).
Cunha
é acusado de mentir em depoimento na extinta Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Petrobras sobre a existência de contas dele no exterior -
a quebra de decoro parlamentar pode abrir caminho para a cassação do
deputado Eduardo Cunha.
A
próxima fase do processo será a de instrução, na qual serão analisadas
possíveis provas das denúncias. A partir de agora, Cunha tem dez dias úteis
para apresentar sua defesa ao conselho. Depois, serão 45 dias úteis para
instrução processual e outros 10 dias para apresentação do voto do relator. O
deputado afirma ser inocente e ressalta não ter cometido nenhuma
irregularidade.
Eduardo
Cunha só perderá o mandato caso essa decisão seja corroborada pelo plenário da
Câmara por pelo menos 257 dos 512 colegas do peemedebista, em votação aberta.
Apesar
da derrota, o presidente da Câmara e aliados vão tentar aprovar, ao final, uma
punição mais branda ao peemedebista, como uma suspensão ou censura verbal, em
vez da cassação.
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