segunda-feira, 23 de março de 2015

Aos 74 anos, morre o ator Claudio Marzo, vítima de um enfisema

O ator Claudio Marzo, conhecido por papéis como o Duda de "Irmãos Coragem" (1970), o coveiro Orestes de "Fera Ferida" e o José Leôncio de "Pantanal", morreu na manhã deste domingo (22), aos 74 anos, em decorrência de complicações de um enfisema pulmonar. Ele estava internado no CTI da Clínica São Vicente, na Gávea, desde o dia 4 de março. 

Segundo a assessoria de imprensa da Clínica São Vicente, Claudio Marzo faleceu às 5h40 e ao seu lado estava a filha Alexandra Marzo, fruto do seu casamento com a atriz Betty Faria. "Ela era a acompanhante do paciente nesta madrugada", contou a assessora. O ator deve ser velado no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro, na segunda-feira. Segundo informações da administração, o horário ainda não foi definido, pois estão aguardando a chegada de Diogo, um dos filhos do ator, que está na Austrália.

Nos últimos meses, Cláudio Marzo teve diversas passagens pela clínica. Em fevereiro, ele foi internado com problemas respiratórios e pneumonia. Antes, em setembro de 2014,  passou 14 dias no hospital por causa de outra pneumonia. Em outubro, fez uma cirurgia do aparelho digestivo, e, em novembro, ele foi internado com um quadro de hemorragia digestiva e diverticulite.

Em conversa com o UOL, o dramaturgo e diretor Zé Celso relembrou o tempo em que dirigiu Claudio Marzo no Teatro Oficina e destacou o espírito de liderança do ator. "Ele tinha uma espécie de santidade, algo interiorizado. As pessoas gostavam muito dele, não era demagogo. Ele tinha uma visão irônica da vida. Não era um sujeito convencional".

A atriz Eva Wilma, parceira de Marzo na novela "A Indomada" (1997), destacou a cortesia e generosidade do amigo. "Foi uma grande parceria. Ele era o marido da Maria Altiva, o Pedro Afonso. Lembro da primeira cena, quando descia da escada e dizia 'Pedro Afonso, stop!'. Nós tivemos cenas nas quais ele mostrou talento e generosidade -- e quanto era bom ator e uma grande pessoa. Foram inúmeros momentos de grande prazer, um parceiro tão talentoso e tão companheiro. Fica, aí, o nosso adeus e uma boa viagem a ele", concluiu Eva Wilma.

Já Regina Duarte, que formou par romântico com Claudio Marzo nas novelas "Irmãos Coragem" (1970), "Minha Doce Namorada" (1972) e "Carinhoso" (1973) , destacou que o ator foi uma "pessoa apaixonada pela vida, e que viveu intensamente".

Biografia

Cláudio Marzo nasceu em 26 de setembro de 1940, em uma família de operários descendentes de italianos de São Paulo. Abandonou os estudos aos 17 anos para seguir a carreira de ator, trabalhando como figurante na TV Paulista. Em seguida foi contratado pela TV Tupi e logo depois começou a atuar no grupo de teatro Oficina, com José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso.

Aos 25 anos assinou contrato com a Globo, integrando o primeiro grupo de atores contratados pela emissora, que foi fundada em abril de 1965. Sua estreia na televisão aconteceu na novela "A Moreninha", exibida naquele mesmo ano.

Atuou em diversas novelas globais, com destaque para "Irmãos Coragem" (1970), "Saramandaia" (1976), "Brilhante" (1981), "Fera Ferida" (1993) e "Mulheres Apaixonadas" (2003).

Fora da Globo, participou de "Kananga do Japão" (1989) e "Pantanal" (1990), na TV Manchete. Nesta última ele interpretou José Leôncio e o lendário Velho do Rio. Seu derradeiro trabalho na televisão foi na minissérie "Guerra e Paz" (2009), exibida pela Globo.

Marzo também teve uma carreira de sucesso no cinema, com participação em 35 longa-metragens. Atuou em filmes como "A Dama do Lotação" (1978), "Pra Frente, Brasil" (1982) e "O Homem Nu" (1997), pelo qual recebeu o prêmio de melhor ator no Festival de Gramado. Seu último filme foi "A Casa da Mãe Joana" (2007). 

O ator deixa mulher -- a diretora Neia Marzo -- e três filhos, Alexandra Marzo, Diogo e Bento. Eles são frutos de três casamentos anteriores, com as atrizes Betty Faria, Denise Dumont e Xuxa Lopes.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Estreias do Cinema


A Série Divergente: Insurgente
Tris (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James) agora são fugitivos e procurados por Jeanine Matthews (Kate Winslet), líder da Erudição. Em busca de respostas e assombrados por prévias escolhas, o casal enfrentará inimagináveis desafios enquanto tentam descobrir a verdade sobre o mundo em que vivem.

Trailer:



segunda-feira, 16 de março de 2015

Quem é Quem: Babilônia


Regina (Camila Pitanga) - Filha de Dora e Cristóvão, irmã de Diogo. Quando jovem, teve um envolvimento com Luís Fernando sem saber que ele era casado e acabou engravidando acidentalmente. Batalhadora, faz de tudo para sustentar a filha Júlia e ajudar a família. Simpática, amorosa e carismática, apaixona-se por Vinicius, e ele por ela. Digna e honesta, mas impetuosa, nunca baixa a cabeça e não leva desaforo para casa.

Vinícius (Thiago Fragoso) - Advogado idealista, charmoso e viril. Sua mãe era empregada doméstica e trabalhava na casa de Olga, que acabou criando o garoto quando ele ficou órfão ainda criança. Tem uma relação conflituosa com o irmão de criação, Murilo. Recém-separado de Cris, apaixona-se por Regina e se vê obrigado a provar a ela que não é um cafajeste como Luís Fernando.

Beatriz (Glória Pires) - Mulher bonita, elegante, ambiciosa e inescrupulosa. Casa-se com Evandro por interesse e passa a comandar a construtora dele. É uma ótima estrategista, mas não consegue manter sob controle sua sexualidade voraz. Como se considera acima do bem e do mal, sua ambição não tem fronteiras éticas ou morais: é capaz de mentir, roubar e até matar.

Inês (Adriana Esteves) - A mãe de Alice é uma mulher cobiçosa e ressentida. Órfã, foi criada por uma tia de poucos recursos. Quando adolescente era gordinha e sofria bullying dos colegas. Quem a defendia era Beatriz, mais para se mostrar magnânima do que por amizade. Inês até hoje é obcecada pela esposa de Evandro e faz de tudo para se aproximar dela, o que acaba em um jogo de rivalidade e chantagem entre as duas.

Murilo (Bruno Gagliasso) - O filho de Olga é um homem bonito, malandro e sedutor. A falta de caráter o levou a ganhar dinheiro de forma ilícita. Não perdoa a mãe por ter adotado Vinicius e não suporta a ideia de ter que dividir o patrimônio da família com o “filho da empregada”.

Teresa (Fernanda Montenegro) – É dona de um escritório de advocacia prestigiado e ficou famosa ao lutar pela libertação de presos políticos durante a ditadura. É mulher de Estela, com quem criou Rafael, neto de sua companheira. É extremamente honesta, competente e muito criteriosa com as pessoas que contrata. É ela quem vigia Beatriz de perto, para tentar conter seus excessos.

Estela (Nathália Timberg) - Mãe de Beatriz, com que é muito condescendente, e esposa de Teresa, com quem vive há mais de trinta anos. Como era de uma família tradicional, sua união com uma mulher foi um escândalo na época. O casal enfrenta as pressões sociais e luta pelas causas humanitárias, principalmente em defesa dos direitos dos homossexuais. Junto com Teresa, cria desde pequeno o neto Rafael, órfão de sua outra filha, Elisabete.

Luis Fernando (Gabriel Braga Nunes) - É casado com Karen, com quem teve dois filhos: Nina e Joaquim. Também é pai de Júlia, filha de Regina. Charmoso, mulherengo e malandro, incentiva as crianças a sustentarem suas mentiras para driblar Karen. Jornalista de formação, é cativante, megalomaníaco e sonhador. É irmão de Norberto, a quem vive pedindo abrigo quando briga com a esposa.

Alice (Sophie Charlotte) - Filha de Inês e Homero. Diferentemente de Helô, Alice é uma jovem de classe média e poderia fazer outras escolhas na vida, mas a péssima relação com a mãe minou sua autoconfiança e ela se torna presa fácil para Murilo. É muito bonita e, ao contrário da mãe, é capaz de amar.

Rafael (Chay Suede) - Neto temporão de Estela, criado desde pequeno por ela e Teresa como filho. Bonito, inteligente, responsável e tímido, faz aulas de slackline e sofre bullying do primo Guto. O filho de Evandro acha que Rafael é gay e vive perturbando-o por isso. Envolve-se com Laís, mas a família da moça não aprova a relação dos dois.

Aderbal Pimenta (Marcos Palmeira) - Prefeito recém-eleito da cidade fictícia de Jatobá, no estado do Rio. Era um pequeno comerciante mas, depois de se tornar conhecido com um programa de rádio numa emissora local, resolveu entrar na política para ganhar dinheiro. Esperto e corrupto, apela para o eleitorado mais conservador e é um falso moralista. Muda-se para um apartamento de luxo na Barra, com a família, mas finge ainda morar em Jatobá, em uma casa simples. É casado com Maria José e a trai sem pudores. A mulher que realmente manda nele é sua mãe, Consuelo.


Carlos Alberto (Marcos Pasquim) - Instrutor de saltos ornamentais e figura muito respeitada no mundo dos esportes, se torna treinador de Diogo. Já foi casado e tem um filho, o playboy Fred, sempre sentiu atração por homens, mas nunca criou coragem para se relacionar com alguém do mesmo sexo até conhecer Ivan. É amigo íntimo de Evandro.

Túmulo de Saddam Hussein é destruído durante combates contra Estado Islâmico no Iraque

O mausoléu do ditador Saddam Hussein (1937-2006) foi destruído durante combates entre o Exército do Iraque e o Estado Islâmico em Tikrit, capital da província de Saladino, no Iraque. A cidade natal de Saddam foi completamente arrasada durante os enfrentamentos na região. Contudo, os restos mortais do ex-governante já tinham sido transferidos para outro lugar por sua família em junho passado, um mês antes dos jihadistas assumirem o controle da cidade, destacou uma fonte à Agência Efe. Há três semanas, as forças de segurança lançaram uma ampla operação militar para libertar a província do controle do grupo extremista sunita com o apoio de artilharia e da aviação.

Sandy é a nova jurada do SuperStar


A cantora Sandy foi anunciada nesta segunda-feira, 16, como a nova jurada do programa SuperStar, na Globo. Ela substituirá a cantora Ivete Sangalo, que segue como apresentadora do Super Bonita, no GNT. Thiaguinho e Paulo Ricardo, que entraram no lugar de Fábio Jr. e Dinho Ouro Preto, completarão a bancada do reality musical. Fernanda Paes Leme também deixou o comando da Sala de Interatividade para dar lugar a Rafa Brittes.

TJ condena Levy Fidelix a pagar R$ 1 milhão por declarações contra gays


O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou na última sexta-feira (13), em 1ª instância, Levy Fidelix (PRTB), candidato à Presidência nas eleições do ano passado, a pagar R$ 1 milhão pelas declarações contra a população LGBT em um debate na TV Record, em setembro de 2014. Cabe recurso da ação, que foi movida pela Defensoria Pública de São Paulo.

Levy afirmou, em rede nacional, que "aparelho excretor não reproduz", e associou homossexualidade e pedofilia, além de dizer que os gays deveriam ser enfrentados.

Caso a decisão seja confirmada, a quantia de R$ 1 milhão será revertida para ações de promoção de igualdade da população LGBT. Levy também terá que produzir um programa com a mesma duração dos discursos, na mesma faixa horária de programação, que promova os direitos dos LGBT. Em caso de descumprimento, ele estaria sujeito a multa diária de R$ 500 mil.

Na decisão, a juíza Flavia Poyares Miranda afirmou que o candidato "ultrapassou os limites da liberdade de expressão, incidindo sim em discurso de ódio, pregando a segregação do grupo LGBT". "Não se nega o direito do candidato em expressar sua opinião, contudo, o mesmo empregou palavras extremamente hostis e infelizes a pessoas que também são seres humanos e merecem todo o respeito da sociedade, devendo ser observado o princípio da igualdade."

Segundo a juíza, as "as ofensas do então candidato à população LGBT propagam falso sentimento de legitimação política de condutas discriminatórias, fortalecendo-se as condutas de exclusão e violência contra essa minoria". Ela apontou que o discurso se caracteriza em "um desserviço à sociedade democrática" e "mais do que isso, nega dignidade humana à população LGBT".


Especial Novelas: De Corpo e Alma (1992)


Cristiana Oliveira e Tarcísio Meira
A novela discutiu doação de órgãos e transplantes por meio de uma história de amor. Diogo (Tarcísio Meira) é um juiz íntegro, reconhecido profissionalmente, casado com a submissa Antônia (Betty Faria), com quem mantém uma relação de aparências, apenas para preservar a instituição familiar. Diogo se apaixona perdidamente por Bettina (Bruna Lombardi), e os dois vivem um caso. Decididos a assumirem de vez a paixão, Diogo e Bettina planejam uma viagem juntos, mas ele acaba não tendo coragem de abandonar Antônia e deixa a amante esperando no aeroporto. Ao perceber que está sozinha, Bettina se desespera e sofre um grave acidente de carro. Sua morte cerebral é diagnosticada, e seu coração é transplantado em Paloma (Cristiana Oliveira), uma jovem com sérios problemas cardíacos e que só sobreviveria se conseguisse uma doação.

Tarcísio Meira e Bruna Lombardi
Ao saber da morte de Bettina e do transplante de seu coração, Diogo, culpado, fica obcecado pela ideia de se aproximar de Paloma, achando que assim estaria próximo do coração da mulher que amou. Paloma é uma jovem que abandonou o noivo Tavinho (Hugo Gross) no altar para se casar com Juca (Victor Fasano), o primeiro namorado dela. Juca, por sua vez, esconde de Paloma que trabalha comostripper na boate Clube das Mulheres. Diogo conhece Paloma, e os dois se envolvem. Ela se apaixona perdidamente por ele sem saber que ele fora amante de sua doadora.

Tramas Paralelas:

Nathália Timberg
Paloma
Apesar da felicidade pelo sucesso do transplante, a família de Paloma (Cristiana Oliveira) – o pai Domingos (Stênio Garcia), a mãe Lacy (Marilu Bueno) e a irmã Yasmin (Daniela Perez) – tem de enfrentar a perseguição da ardilosa Nágila (Nathalia Timberg). Mãe de Tavinho (Hugo Gross), Nágila não se conforma com a crise depressiva que seu filho tem depois de ter sido abandonado por Paloma. Para se vingar da moça, ela usa seu poder para tomar a casa e a transportadora do pai da jovem, fazendo com que a família passe por dificuldades financeiras. Domingos, Lacy, Paloma e Yasmim se vêem obrigados a se mudar para o Méier, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, e a se acostumar a viver com um padrão de vida simples. Decidida a recomeçar o negócio do pai, Paloma (Cristiana Oliveira) se associa a Bira (Guilherme de Pádua), e os dois colocam um ônibus ilegal para circular na Zona Norte do Rio de Janeiro. Essa foi a maneira encontrada pela autora para discutir a questão dos ônibus piratas, muito em voga na época da exibição da novela.

José Mayer
Vidal
De Corpo e Alma apresentava ainda Edílson Vidal (Carlos Vereza), um homem misterioso que trabalha como garçom no Clube das Mulheres, se aproxima de Juca e passa a ser uma espécie de mestre para o rapaz. Inteligente e intelectualizado, Vidal tem habilidade com as palavras e, com naturalidade, cita Platão, Kant e Nietzsche em suas afirmações. Vidal exerce forte poder sobre Juca, manipulando o rapaz a tal ponto que ele começa a agir conforme as orientações do garçom. Seguindo instruções de Vidal, Juca se aproxima de Stella (Beatriz Segall), uma mulher rica, ousada e independente que frequenta o Clube das Mulheres. Stella e Juca iniciam um romance, e Vidal continua a manipular o rapaz, orientando suas atitudes. Ao longo da narrativa, o mistério envolvendo Vidal vai sendo desvendado. Na realidade, Vidal se aproximou de Juca com o objetivo de se vingar de Stella. Os dois se conheceram há 30 anos, quando Stella, já rica, usou seu poder de sedução com o jovem garçom. Ciente da paixão de Vidal, Stella fez dele gato e sapato, abusando de seu amor e devoção. Nessa mesma época, Vidal envolveu-se com o jogo clandestino e acabou preso. Ao sair da prisão, resolve se vingar da mulher que o desprezou e vê em Juca a peça ideal para seu jogo. No último capítulo da novela, depois de ser denunciado por Juca, Vidal é perseguido pela polícia. Sem alternativa de fuga, ele se joga dos Arcos da Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, e morre, em uma cena marcante da novela.

Betty Faria
Curiosidades:

De Corpo e Alma marcou a estreia da atriz Cristiana Oliveira na TV Globo, depois do sucesso como Juma Marruá na novela Pantanal, da extinta TV Manchete, exibida em 1990.

Através de Reginaldo (Eri Johnson), a novela falou sobre o movimento gótico nascido na Alemanha durante a década de 70 e discutiu as contradições comportamentais dos seguidores desse movimento. Reginaldo tinha uma aparência agressiva – vestia-se de preto, usava garras nos cintos –, mas agia como um poeta do final do século, um ultrarromântico.

Eri Johnson
A novela também falou das aspirações do homem contemporâneo, como o direito de ser vaidoso, frágil e até sustentado pela companheira. Também estava em discussão a relação entre mulheres de diferentes idades com os chamados homens-objetos ou garotos de programa. Esse tema foi explorado através da relação entre o stripper Juca (Victor Fasano) e Stella (Beatriz Segall), uma mulher rica e bem mais velha.

Betty Faria também se sentiu desafiada na criação de sua personagem. Antônia era o oposto de tudo o que a atriz sente, de tudo em que acredita. Não aceitava a submissão e a baixa estima da personagem. Não entendia como ela aceitava ser maltratada e ainda vivia a rastejar por amor.

Beatriz Segall e Victor Fasano
O ator Victor Fasano contou com aulas especiais para desenvolver as coreografias que seu personagem dançava no Clube das Mulheres.

Gloria Perez teve o apoio das pesquisadoras Jussara Xavier e Adriana Tayah para desenvolver os temas abordados na história. A equipe de pesquisa obteve informações médicas – inclusive no que se refere ao transporte de órgãos – e jurídicas imprescindíveis à trama.

Daniella Perez e Stênio Garcia
No dia 28 de dezembro de 1992, uma tragédia abalou a equipe da novela. A atriz Daniela Perez, filha da autora, e interprete da personagem Yasmin, foi assassinada pelo ator estreante Guilherme de Pádua e por sua mulher na época, Paula Thomaz. Na trama, Guilherme de Pádua vivia o personagem Bira, com quem Yasmin tinha um romance. Durante os sete dias após o crime, os autores Leonor Bassères e Gilberto Braga assumiram a responsabilidade de escrever os capítulos e apresentar uma alternativa para o desaparecimento dos dois personagens. Depois de uma semana, Gloria Perez retomou o trabalho e conduziu a novela até o fim. A autora incluiu mais dois assuntos polêmicos na trama: a morosidade da Justiça e a inadequação do Código Penal.

Eva Todor
Ao final do primeiro capítulo de De Corpo e Alma sem Daniela Perez, os atores e o diretor Fabio Sabag prestaram uma homenagem à atriz com depoimentos gravados. Uma viagem de estudos foi a solução encontrada pelos autores para explicar a saída de Yasmin da história. Bira simplesmente deixou de existir.

De Corpo e Alma teve coprodução de uma emissora portuguesa, a Sociedade Independente de Comunicação (SIC). Na época, a Rede Globo era detentora de 15% das ações do canal português. A novela foi exibida simultaneamente em Portugal.

Maria Zilda
Ações Socioeducativas:
Ao abordar a questão dos transplantes de órgãos, Gloria Perez mostrou os problemas que os pacientes enfrentam para a obtenção dos órgãos, as dificuldades da própria doação, a rejeição e os problemas entre as famílias de doadores e receptores. Na semana de estreia da novela, o Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, que estava há dois meses sem uma única doação, recebeu nove órgãos para transplante. A autora destaca que sua intenção não era resolver o problema, mas levantar a discussão.

Na novela, a campanha para doação de órgãos foi levantada por Domingos, personagem de Stênio Garcia. É ele quem luta por um coração para a filha, Paloma (Cristiana Oliveira). Para o ator, seu personagem teve uma função social, tendo ajudado a esclarecer os brasileiros acerca da doação de órgãos no país.

Fábio Assunção
A novela discutiu o direito de guarda de uma criança, já explorado por Gloria Perez em Barriga de Aluguel (1990), também de sua autoria. Em De Corpo e Alma, a questão era entender o que acontece a um casal que descobre que a criança criada e educada por eles não é sua filha biológica. Ao longo da história, descobre-se que Júnior (Aron Hassan) e Pinguim (Eduardo Caldas) foram trocados na maternidade. Júnior tem a cor de pele bem mais escura que a de seus pais, Caíque (José Mayer) e Bia (Maria Zilda Bethlem). Na realidade, o casal é pai de Pinguim, registrado por Terê (Neusa Borges) e Vado (Tonico Pereira), pais verdadeiros de Júnior.


Elenco:
Cristiana Oliveira – Paloma

Tarcísio Meira – Diogo
Beatriz Segall – Stela
José Mayer – Caíque
Maria Zilda Bethlem – Bia
Victor Fasano - Juca
Bruna Lombardi – Betina
Carlos Vereza – Vidal
Betty Faria – Antônia
Stênio Garcia – Domingos
Nathália Timberg – Nágila
Fábio Assunção - Caio
Renée de Vielmond – Helena
Hugo Carvana – Agenor
Eva Todor – Calu
Vera Holtz – Simone
Guilherme Leme – Agenor
Márcia Rodrigues – Marisa
Daniella Perez – Yasmin
Eri Johnson – Reginaldo
Marilu Bueno – Laci
João Vitti – Nando
Carla Daniel – Sheyla
Hugo Gross – Tavinho
Ida Gomes – Bela
Ewerton de Castro – Guedes
Aracy Cardodo – Celinha
Mário Lago – Veiga
Lizandra Souto - Patty
Milton Gonçalves – juiz de menores
Maria Regina – Guiomar
Marcelo Faria – Beto
Guilherme de Pádua – Bira
Maurício Branco – Felipe
Márcia Real – Sálvia
Marcelo Picci – Atílio
Paulette – Inácio
Patrícia Novaes – Aninha
Tonico Pereira – Vado
Neuza Borges – Terê
Rejane Goulart – Júlia
Eduardo Caldas - Pinguim


Trilha Sonora:

Nacional

Capa: Maria Zilda

Contrato Assinado – Sandra de Sá

Minha Tentação – Wando 
Sonho Triste (Uno) – Julio Iglesias
Bate Coração – José Augusto 
Alguém no Céu – Trem da Alegria
Betina – André Sperling 
Teu Olhar – Hay Kay
Romance Rosa (Bachata Rosa) 
Fora de Ordem -Caetano Veloso
Atrás da Porta – Elis Regina 
Por Escrito – Pery Ribeiro
Homem de Rua – Erasmo Carlos 
Raio de Luz – Simone
Sofrendo Por Amor – André Sperling


Internacional

Capa: Eri Johnson

Rhythm Is a Dancer – Snap

The One – Elton John
Mama’s Always On Stage – Arrested Development 
Under The Bridge – Red Hot Chili Peppers 
Am I The Same Girl? – Swing Out Sister 
Crucify – Tori Amos
Sexual – Goddess 
Caruso – Lucio Dalla
For Your Babies – Simply Red 
Rock Me Baby – Babyroots 
Wishing On a Star – The Cover Girls (Tema de Yasmim) 
Sweet Ragga Music – Nabby Clifford featuring Alex Lucas & Julio C.
Hazard – Richard Marx
Command – Traffic Lights

Você Tá Muito Boa – Clericó Con Cola 






Abertura

sexta-feira, 13 de março de 2015

Estreias do Cinema

Para Sempre Alice
A Dra. Alice Howland (Julianne Moore) é uma renomada professora de linguistica. Aos poucos, ela começa a esquecer certas palavras e se perder pelas ruas de Manhattan. Ela é diagnosticada com Alzheimer. A doença coloca em prova a a força de sua família. Enquanto a relação de Alice com o marido, John (Alec Baldwinse), fragiliza, ela e a filha caçula, Lydia (Kristen Stewart), se aproximam.

Mortdecai - A Arte da Trapaça
Charles Mortdecai (Johnny Depp) é um negociador de arte que procura um quadro roubado, no qual foi escondido um código para um tesouro nazista. Comédia baseada nos livros escritos por Kyril Bonfiglioli.


O Sétimo Filho
John Gregory (Jeff Bridges) é o sétimo filho do sétimo filho e mantém uma cidade do século XVIII relativamente bem e longe dos maus espíritos. No entanto, ele não é mais jovem e suas tentativas de treinar um sucessor foram todas mal sucedidas. Sua última esperança é um menino chamado Thomas Ward (Ben Barnes), filho de um jovem fazendeiro. Seu primeiro desafio será grande: Ele terá que enfrentar a Mãe Malkin (Julianne Moore), uma terrível e poderosa bruxa, que escapou do seu confinamento quando o grande mestre Gregory estava afastado da cidade.


Para Sempre Alice

quarta-feira, 11 de março de 2015

Após ser absolvido, Silvio Berlusconi diz que quer voltar para a política


Absolvido das acusações de corrupção de menores e abuso de poder, o ex-primeiro ministro da Itália Silvio Berlusconi, de 78 anos, disse na quarta-feira que pretende voltar à política no país. O arquivamento do processo foi confirmado na noite de terça pela Corte de Cassação italiana. Nele, ela era acusado de oferecer dinheiro para fazer sexo com Karima el-Mahorug, conhecida como Ruby, quando ela tinha 17 anos. O suposto crime teria ocorrido em uma das festas em sua mansão em Arcore, perto de Milão. Com essa absolvição, ele está livre de qualquer acusação judicial.

terça-feira, 10 de março de 2015

Dilma é recebida em São Paulo com vaias e gritos de "Fora PT"

A presidente Dilma Rousseff foi recebida com vaias e gritos de Fora PT ao chegar no Salão Internacional da Construção em São Paulo na manhã de terça-feira (10). A equipe da presidente chegou a modificar o trajeto da petista na tentativa de afastá-la dos expositores e trabalhadores que estavam no local. No entanto não conseguiram. Enquanto passeava pelos estandes, Dilma era hostilizada. Do lado de fora, ouvindo as vaias, visitantes também xingavam a presidente com palavrões. Diante da recepção, Dilma fez uma visita de menos de cinco minutos e deixou o local em direção à cerimonia de abertura do evento.

Existe base para o impeachment de Dilma?


Texto: BBC Brasil

Desde que assumiu o segundo mandato, no último mês de janeiro, a presidente Dilma Rousseff tem sofrido pressão de grupos que pedem o impeachment dela do cargo. Ainda no ano passado, após a reeleição da petista, houve manifestações convocadas pedindo sua saída - alguns protestos chegaram até a pedir a volta da ditadura militar.

Com a crise econômica, o dólar em alta e a inflação batendo recordes, a pressão popular sobre Dilma tem se intensificado. No último domingo, durante o primeiro pronunciamento da presidente em rede nacional neste ano, um 'panelaço' foi registrado em várias capitais, com moradores saindo em suas janelas para gritar palavras de ordem contra a petista. Além disso, há um grande protesto sendo convocado nacionalmente para o próximo dia 15 de março que deve pedir a saída da presidente do cargo.

Mas existe base para sustentar um pedido de impeachment?
A BBC Brasil conversou sobre o assunto com alguns dos mais renomados juristas do país, que fazem análises distintas sobre a possibilidade de um eventual afastamento da presidente do cargo. Confira:

Existe base jurídica para um pedido de impeachment de Dilma?
No início de fevereiro, o jurista e professor emérito do Mackenzie Ives Gandra Martins divulgou no jornal Folha de S. Paulo um trecho do parecer jurídico que escreveu a respeito de um possível impeachment de Dilma Rousseff. Nele, Martins conclui que há fundamentação jurídica para um processo como esse, baseando-se na hipótese de culpa da presidente diante dos escândalos que têm sido revelados envolvendo desvios de dinheiro público na Petrobras.

"O que é culpa? Imperícia, negligência, imprudência ou omissão. Dilma foi presidente do Conselho Administrativo da Petrobras e não diagnosticou os erros no contrato (da refinaria) de Pasadena. Ela manteve a direção da empresa, sendo que a empresa foi saqueada durante oito anos, e ela permitiu isso primeiro como presidente do Conselho, depois como ministra das Minas e Energia, por último como presidente", disse o jurista à BBC Brasil. "É um caso de culpa, que pode ser considerado no crime de improbidade administrativa e, portanto, tem base jurídica."

Para o jurista e professor de Direito Administrativo da PUC-SP Celso Antônio Bandeira de Mello, porém, não há nada que evidencie a relação de Dilma com os escândalos da Petrobras. "Precisaria ser algo muito mais forte, que vinculasse muito diretamente a presidente à prática criminosa. Nesse caso, não há fatos", afirmou. "Não tem nenhum sentido falar nisso. Se for assim, todos os presidentes do mundo podem sofrer impeachment, nenhum iria escapar. Isso não passa de esperneio político, eles querem ganhar a eleição no tapetão."
Gandra Martins rebate: "Se eu sou diretor de uma empresa, essa empresa é saqueada por oito anos, em bilhões de reais, será que ninguém percebeu? Então ela deixou que a empresa fosse saqueada."

Mas na visão Bandeira de Mello, a articulação pelo impeachment é uma tentativa de 'golpe' contra o resultado da eleição. "Isso não tem sentido. A direita ficou irritada por ter perdido a eleição e acha que podem criar essa 'onda'. Eles estão junto com a imprensa em uma campanha forte pra desestabilizar o governo da Dilma. Existe um costume no Brasil de chamar de opinião pública o que é opinião publicada", opinou.

O impeachment é uma decisão jurídica ou política?
Os dois juristas entendem que, apesar da discussão sobre as leis em torno do tema, um impeachment depende muito mais de uma vontade política do que de um embasamento jurídico. "É uma decisão muito mais política do que jurídica. Até deveria ser mais jurídica do que política, mas não é. É o Legislativo que decide e seria preciso que o Legislativo estivesse muito fanatizado para isso acontecer. Não e fácil contrariar a vontade do povo nas ruas", disse Bandeira de Mello.

Ele explica que, para que um presidente seja afastado de suas funções, o processo de impeachment precisa ser aprovado primeiro na Câmara por dois terços dos deputados, e depois no Senado, pela mesma proporção. Por conta disso, Ives Gandra Martins também concorda que a discussão é muito mais política do que jurídica. "O argumento jurídico é para dar base à discussão. Pode-se discutir juridicamente, mas se a Câmara afastar o presidente, dificilmente o STF (Supremo Tribunal Federal) iria contestar uma decisão da Câmara."

O especialista em Direito Constitucional Pedro Serrano afirma, porém, que, apesar de o Legislativo ter o poder de 'julgar' um processo de impeachment, esse julgamento não é puramente político, porque precisa ser feito sob critérios legais. "O Congresso não pode inventar um processo de impeachment, isso seria uma forma de golpe. Ele só pode julgar um processo desses nas hipóteses previstas na lei. A pessoa que decide é o Congresso, mas ele decide a partir de um processo legítimo", explicou.

"Se ela fosse cassada por esses motivos (mencionados por Gandra), ela (Dilma) poderia recorrer ao Judiciário alegando que argumentos não são fundamentáveis juridicamente. E aí ela pode conseguir uma liminar que suspende a decisão do Congresso, porque a decisão em última instância é sempre do STF. O Congresso julga de acordo com as leis e não de acordo com a vontade dele."

No atual cenário, qual é a probabilidade de existir um impeachment?
Apesar de ter escrito um parecer jurídico que dá base a um eventual impeachment da presidente Dilma, o jurista Ives Gandra Martins entende que essa é uma hipótese que dificilmente se concretizará no atual cenário. "Eu tenho a impressão que, juridicamente tem base, mas dificilmente um presidente não tem um terço do Congresso do seu lado", explica. "Acho que a única probabilidade de isso acontecer é a manifestação do dia 15 ser de tal ordem que faça com que os deputados percebam que é ruim para eles ficar do lado dela, porque 'pega mal' ficar do lado de uma pessoa que é tão criticada. Mas politicamente é improvável."

Lembrando a única situação de impeachment vivida no país - quando Fernando Collor de Melo foi afastado do cargo por denúncias de corrupção, em 1992 -, o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello reitera que seria muito difícil a situação se repetir agora. "O impeachment só acontece nos casos que são chamados 'crimes de responsabilidade'. Isso é uma coisa rara e difícil de acontecer, tanto que na história do Brasil, só houve o caso do Collor - mas ele também passou dos limites", afirmou.

Segundo Bandeira de Mello, o 'clamor' pelo impeachment será uma onda passageira que não deve durar muito. Mas Ives Gandra alerta que há um risco de a crise política do país ficar 'insustentável', caso as medidas de austeridade propostas pelo Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não sejam aprovadas em breve. "O problema é que na medida em que Dilma continua no poder, ninguém mais acredita na sua capacidade de solucionar o problema da economia. Se o Joaquim Levy não tiver confiança das pessoas, o Brasil se torna ingovernável. A solução dela seria a aprovação das medidas dele."


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