quinta-feira, 12 de maio de 2016

Ministro Gilmar Mendes autoriza inquérito para investigar Aécio Neves


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, acolheu pedido da Procuradoria Geral da República e autorizou abertura de um inquérito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-SP) em razão de supostas irregularidades na estatal Furnas.
O senador, que também é presidente nacional do PSDB, diz considerar "necessária" a investigação e afirma que não há prova ou indício de irregularidade cometida por ele.
"É natural, e agradeço isso, porque me dará a oportunidade de provar o absurdo dessas denúncias, como já ocorreu no passado com as mesmas denúncias que foram arquivadas pelo menos duas vezes", afirmou o senador na manhã desta quinta (12), logo após a votação que aprovou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Gilmar Mendes também permitiu o desarquivamento da citação feita pelo doleiro Alberto Yousseff sobre o parlamentar, conforme pedido do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
O doleiro disse que Aécio dividia uma diretoria de Furnas com o PP e que ouviu isso do ex-deputado José Janene. E que também ouviu que o senador recebia valores mensais, por meio da irmã, de uma das empresas contratadas por Furnas.
A suposta propina ao parlamentar teria sido paga entre 1996 e 2001. O procurador quer investigar o senador por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em seu acordo de delação premiada, o senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) afirmou que Aécio foi beneficiário de um "grande esquema de corrupção" na estatal Furnas. Esse suposto esquema, segundo Delcício, era operacionalizado por Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas, e que teria “vínculo muito forte” com Aécio.
O ministro Gilmar Mendes autorizou ainda as diligências pedidas pela PGR, que devem ser cumpridas pela Polícia Federal em até 90 dias: depoimento de Aécio, do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, juntada de investigação sobre Furnas feita pela Polícia Federal.
Aécio nega
Em nota divulgada por sua assessoria no último dia 2, quando o procurador Rodrigo Janot pediu a abertura de inquérito, Aécio afirmou que considera "absolutamente natural e necessário" que as investigações sejam feitas.
Segundo o parlamentar tucano, a apuração irá demonstrar, "como já ocorreu outras vezes, a correção da sua conduta".

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