domingo, 11 de novembro de 2012

Especial Novelas - Éramos Seis (1994)


Éramos Seis é uma telenovela brasileira produzida pelo SBT e exibida de 9 de maio a 5 de dezembro de 1994. É uma adaptação do romance homônimo de Maria José Dupré, foi escrita por Sílvio de Abreu e Rubens Edwald Filho e dirigida por Nilton Travesso, Henrique Martins e Del Rangel. Regravação da novela produzida pela Rede Tupi e levada ao ar em 1977.

O cotidiano da vida de Dona Lola (Irene Ravache), ao lado do marido Júlio (Othon Bastos) e dos quatro filhos (Carlos, Alfredo, Isabel e Julinho) desde quando estes eram pequenos até a idade adulta, quando Dona Lola termina seus dias sozinha numa casa para idosos. A história transcorre todos os fatos marcantes de sua vida: a dura luta para criar os filhos; a morte do marido; a morte de Carlos (Jandir Ferrari), o filho mais velho, vítima na Revolução de 1932; os problemas com Alfredo (Tarcísio Filho), metido com movimentos políticos e badernas; a união precoce de Isabel (Luciana Braga) com um homem bem mais velho e casado; o casamento de Julinho (Leonardo Brício) com uma moça da sociedade que culmina com a ida de Dona Lola para um asilo.

Entre tanto sofrimento, alguns momentos leves, como a amizade de Lola com a vizinha Genú, casada com Virgulino, e os passeios à casa de sua mãe, Dona Maria, no interior, onde moram suas duas irmãs, Clotilde e Olga, e sua tia doente, Candoca. A espevitada Olga, se casa com o farmacêutico Zeca e juntos dão início a uma grande prole. Clotilde se apaixona por Almeida, um amigo de Júlio, mas não consegue romper com os padrões morais da sociedade quando tem de decidir morar com ele que é desquitado.

Curiosidades:

A mais fiel adaptação do romance de Maria José Dupré, que foi levada ao ar em 1977 pela TV Tupi, voltava à TV num remake produzido pelo SBT, abrindo uma nova temporada de novelas na emissora. Em 1994, com a contratação do diretor Nilton Travesso, o SBT decidiu investir pesado em teledramaturgia nacional. A novela chegou a dar 20 pontos de audiência, em horário nobre, batendo de frente com a Globo.

Era a quarta versão da história de Dona Lola que chegava à televisão brasileira. A primeira foi em 1958, ainda na fase de dois capítulos por semana e ao vivo, protagonizada por Gessy Fonseca e Gilberto Chagas. Cleyde Yáconis e Silvio Rocha protagonizaram a versão de 1967, já diária, na Tupi. E Nicette Bruno e Gianfrancesco Guarnieri, dez anos depois, também fizeram parte da versão da novela na Tupi.

A atriz Irene Ravache, em um papéis mais marcantes de sua carreira, estava fora da televisão desde Sassaricando, em 1988.

Numa estratégia sábia, o SBT adiou em uma semana a estreia de Éramos Seis, por causa da morte do piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. Com todos os canais de TV transmitindo imagens sobre o acontecimento, uma estreia de novela não seria bem recebida. No horário inicialmente anunciado para a estreia, a atriz Irene Ravache deu um depoimento dizendo que a novela não poderia ir ao ar em um momento tão triste para a população brasileira.

Éramos Seis começava imediatamente após a apresentação da novela das sete horas na Globo, A Viagem. E o capítulo do dia era reprisado mais tarde, logo após a novela global das oito, Fera Ferida. Era uma estratégia do SBT que permitia aos telespectadores assistir às novelas da Globo, emissora concorrente, para depois trocar de canal e acompanhar Éramos Seis.

Ao final de cada capítulo, ao invés de exibir as cenas do próximo capítulo, era apresentado um diálogo de algum personagem da trama com o telespectador. O personagem olhava diretamente para a câmera e falava de seus problemas na história. Assim, por exemplo, Dona Lola (Irene Ravache) falava do marido, dos filhos e da vida dura. A ideia era criar um envolvimento, uma empatia maior com o público, fazer do público parte efetiva da história, como se o personagem fosse um vizinho ou um parente.

Na noite do dia 5 de dezembro de 1994, o SBT, após a exibição do último capítulo da novela, apresentou um especial que reuniu o elenco da novela que terminara com o elenco da trama subistituta, As Pupilas do Senhor Reitor, que estrearia no dia seguinte. Apresentado ao vivo por Hebe Camargo, o programa foi transmitido diretamento do Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo.

Elenco:
Irene Ravache – Dona Lola
Othon Bastos – Júlio Abílio de Lemos
Nathália Timberg – Tia Emília
Jandir Ferrari – Carlos
Luciana Braga – Maria Isabel
Tarcísio Filho – Alfredo
Leonardo Brício – Julinho
Jandira Martini – Dona Genu
Marcos Caruso – Virgulino
Denise Fraga – Olga
Osmar Prado – Zeca
Yara Lins – Dona Maria
Paulo Figueiredo – Almeidinha
Jussara Freire – Clotilde
Wilma de Aguiar – Tia Candoca
Umberto Magnani – Alonso
Luciene Adami – Maria Laura
João Vitti – Lúcio
Flávia Monteiro – Lili
Paulo Hesse – Higino
Angelina Muniz – Karime
Mayara Magri – Justina
Cláudio Curi – Dr. Cláudio
Bete Coelho – Adelaide
Eliete Cigarini – Carmencita
Antônio Petrin – Assad
Rosi Campos – Paulette
Chica Lopes – Durvalina
Otaviano Costa – Tavinho
Ana Paula Arósio – Amanda
Marco Ricca – Felício
Chris Couto – Zulmira
Carla Diaz – Eliana

Participações Especiais:

Ney Latorraca – Sorriso
Elizângela – Marion
Chico Diaz – Euclides
Marilena Ansaldi – Madame Bulhões
Clarisse Abujamra – Madame Bulcão
Caio Blat – Carlos (menino)
Wagner Santisteban – Alfredo (menino)
Carolina Vasconcelos – Maria Isanel (menina)
Júlia Ianina – Carmencita (menina)

Trilha Sonora:


  
Mulher – Zé Renato (tema de Isabel)
Juras – Rosa Passos (tema de Carmencita)
Pra Dizer Adeus – Elis Regina (tema de Lola)
Lamentos – Zizi Possi (Olga e Zeca)
Canta, Canta Mais – Vânia Bastos (tema de Clotilde)
Água Doce – Ivan Lins (tema de Lola)
Chora, Chora Coração – Tom Jobim
Violão – Fátima Guedes
Valsinha – Chico Buarque e Vinícius de Moraes (abertura)
Valsinha – Quarteto em Cy (tema de Lola)
Branca – Francisco Petrônio (tema de Júlio)

Prêmios:
APCA (1995): Melhor Novela, Melhor Atriz (Irene Ravache) e Melhor Ator Coadjuvante (Tarcísio Filho) e Troféu Imprensa (1995) – Melhor Novela e Melhro Atriz (Irene Ravache)

Abertura da Novela

Capítulo 1

Cena: O Final de Dona Lola

Chamada do Último Capítulo

Um comentário:

  1. Muito boa a novela e estou a adorar revê-la. O texto acrescentou algo mais ao que já conhecia sobre a trama.

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