Um novo estudo realizado em Israel mostra que a
caligrafia pode ajudar no diagnóstico precoce do Mal de Parkinson, doença
progressiva causada pela morte de células nervosas nas áreas de controle do movimento
muscular. Os pesquisadores da Universidade de Haifa e do Rambam Medical Center,
também em Haifa, dizem que identificar as mudanças na caligrafia pode levar a
um diagnóstico precoce da doença e “a uma intervenção neurológica em um momento
crítico”.
Segundo a profª Sara Rosemblum, do Departamento de
Terapia Ocupacional da Universidade, foram comparadas amostras de caligrafias
de 40 pessoas, metade delas com a doença em estágio inicial e metade saudável.
Houve diferenças significativas nos resultados dos dois grupos, como
comprimento, largura e altura das letras, tempo necessário para escrever e
pressão exercida sobre a superfície do papel. Pacientes com o Mal de Parkinson
escreveram letras menores, com menos pressão na superfície da escrita e levaram
mais tempo para completar a tarefa.
A diferença mais marcante foi o período de tempo que
esses pacientes deixam a caneta no ar, entre o ato de escrever cada letra e
cada palavra. “Enquanto o paciente segura a caneta no ar, sua mente está
planejando a próxima ação no processo de escrita. E a necessidade de mais tempo
reflete a menor capacidade cognitiva da pessoa. Mudanças na escrita podem
acontecer antes do diagnóstico clínico e isso pode ser um sinal precoce da
doença”, diz a profª Sara.
Fonte: assessoria de imprensa
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