O líder sul-africano Nelson
Mandela, 95, morreu na quinta (5) em sua residência, em Johannesburgo, após passar quase três meses internado para tratamento de uma infecção pulmonar. Mandela foi o maior símbolo de combate ao regime
de segregação racial conhecido como apartheid, que foi oficializado em 1948 na
África do Sul e negava aos negros (maioria da população), mestiços e asiáticos
(uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos.
A luta contra a discriminação no país o levou a
ficar 27 anos preso, acusado de traição, sabotagem e conspiração contra o
governo em 1963. Condenado à prisão perpétua, Mandela foi libertado em 11 de
fevereiro de 1990, aos 72 anos. Durante sua saída, o líder foi ovacionado por
uma multidão que o aguardava do lado de fora do presídio. Em 1993,
Nelson Mandela recebeu o prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o regime do
apartheid. Um ano depois, em 1994, Mandela
foi eleito presidente da África do Sul, após a convocação das primeiras
eleições democráticas multirraciais no país. Sua vitória pôs fim a três séculos
e meio de dominação da minoria branca na nação africana.
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