terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Retrospectiva 2014: Eles nos deixaram


Grandes estrelas da TV morreram em 2014 e deixaram um vazio em seus fãs, que foram conquistados com seus memoráveis papéis em novelas, séries ou na apresentação de programas. Relembre quem foram os artistas que deixarão saudades, mas ficarão eternizados em nossas memórias e imortais em suas obras.


A ex-jurada do "Programa Raul Gil", ex-vedete e atriz Marly Marley morreu, aos 75 anos, no dia 10 de janeiro, em São Paulo, devido a complicações relacionadas a um câncer de pâncreas. Nascida em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, Marly atuou em diversas peças e programas televisos na década de 60, entre eles, "Miss Campeonato" e "O Amor Tem Cara de Mulher". Seu último trabalho no cinema foi em 2007 no filme "Chega de Saudade". A ex-vedete foi casada com o humorista Ary Toledo por 45 anos.

A atriz Shirley Temple morreu no dia 10 de fevereiro, aos 85 anos. A morte foi de causas naturais e ela estava em casa, em Woodside, Califórnia, cercada por sua família. Com cachinhos loiros, olhos brilhantes e covinhas, Temple começou a carreira aos três anos de idade e se tornou um dos maiores fenômenos de Hollywood por sua dança, canto e interpretação. Menina prodígio, a atriz ajudou uma série de filmes a faturar milhões, principalmente na década de 1930. Entre seus filmes de maior destaque estão "A Princesinha" (1939), "Sangue de Heróis" (1948), "Heidi" (1937) e "Olhos Encantadores" (1934).

Paulo Goulart morreu no dia 13 de março, aos 81 anos, em São Paulo. O ator, um dos maiores nomes da teledramaturgia no Brasil, vinha lutando contra o câncer. Na Globo, atuou em papéis marcantes como o do industrial Claude Antoine Geraldi, de "Uma Rosa com Amor" (1972), o vilão Donato, de "Mulheres de Areia" (1993), e o padrasto da personagem de Deborah Secco em "América" (2005). Nos anos 90, Goulart também atuou em novelas do SBT ("As Pupilas do Senhor Reitor") e da TV Bandeirantes ("A Idade da Loba" e "O Campeão"). Com Nicette Bruno, com quem ficou casado por 62 anos, até o fim da vida, teve três filhos, sete netos e dois bisnetos.

Considerado um dos maiores atores de sua geração, José Wilker morreu dia 5 de abril, aos 69 anos, vítima de infarto fulminante. Com mais de 50 anos de carreira, o ator se destacou em papéis na TV, teatro e cinema. Entre seus personagens de novelas estão Jesuíno Mendonça, de "Gabriela" (2012), Giovanni Improtta, de "Senhora do Destino" (2004) e Waldomiro Cerqueira, de "Suave Veneno" (1999).

O narrador esportivo Luciano do Valle morreu aos 66 anos, no dia 19 de abril, após sofrer um infarto durante voo de São Paulo para Uberlândia. Luciano se preparava para narrar sua décima Copa do Mundo e acreditava em mais um título da seleção brasileira. Otimista por natureza, confiava que tudo daria certo no Mundial do Brasil e acreditava em uma evolução do país depois de receber o maior evento do futebol.

A atriz Manoelita Lustosa, de 72 anos, morreu em sua casa em Minas Gerais no dia 1° de julho, vítima de insuficiência respiratória. A atriz era viúva e deixou três filhas Manoela, Maria Bethânia e Mariana e seis netos. Em sua carreira, ela participou da novela "Mulheres Apaixonadas" (2003), como Inês, "Balacobaco" (2012) como Etelvina Pedrosa; de "Vidas em Jogo" (2011) com Nelize; de "Poder Paralelo" (2009) como Lurdes; de "Amor e Intrigas" (2007) como Telma. Seu último papel foi em "Dona Xepa", da Record, em 2013.

Fausto Fanti do programa "Hermes e Renato", foi encontrado morto em seu apartamento em São Paulo no dia 30 de julho. O humorista de 35 anos, que interpretava Renato e outros personagens como Padre Gato, Claudio Ricardo, Palhaço Gozo e Bandido da Luz Vermelha. A morte precoce de Fausto chocou fãs, amigos e familiares. "Hermes e Renato" se tornou popular na MTV Brasil, onde foi exibido de 1999 a 2009. Fausto, que estava em processo de separação, deixou uma filha de 8 anos.

Apesar da capacidade de provocar boas gargalhadas em suas interpretações e de ter mais de 60 filmes no currículo, Robin Williams deu um fim na própria vida no dia 11 de agosto. O ator, que tinha problemas com alcoolismo e cocaína, deixou sua imagem eternizada em seus longas, entre eles, "Uma Babá Quase Perfeita", "Sociedade dos Poetas Mortos" e "Popeye". Na TV, Williams se destacou no papel de Mork, na série de sucesso "Happy Days". No fim dos anos 70 e início dos anos 80, Williams divertiu com seus espetáculos de comédia stand-up, incluindo três especiais para a HBO. Em 1986, o ator ficou ainda mais famoso ao se apresentar na 58ª edição do Oscar.

A apresentadora de TV Joan Rivers morreu no dia 4 de setembro, aos 81 anos. A apresentadora do programa de moda "Fashion Police", no canal E!, estava em coma induzido desde 28 de agosto, quando teve complicações durante um procedimento cirúrgico em suas cordas vocais em uma clínica e foi levada às pressas para o hospital. Joan Rivers, cujo nome verdadeiro é Joan Alexandra Molinsky, é a mais ácida de uma geração de comediantes e apresentadoras de TV americanas.

O diretor e ator Hugo Carvana morreu no dia 4 de outubro devido a complicações de um câncer de pulmão. Carvana tornou-se conhecido do grande público atuando em novelas na televisão, entre elas, "O Dono do Mundo" (1991), "Fera Ferida" (1993), "Porto dos Milagres" (2001) e "Insensato Coração" (2011). De 1962 a 2013, foram 681 atuações no cinema. Entre elas, "Bravo Guerreiro", de Gustavo Dahl; "A Grande Cidade", "Os Herdeiros", "Quando o Carnaval Chegar" e "Deus é Brasileiro", de Cacá Diegues.


O humorista Roberto Bolaños, famoso intérprete dos personagens Chaves e Chapolin, morreu no dia 28 de novembro aos 85 anos em sua casa em Cancun, no México. A morte de Bolaños causou comoção entre milhares de fãs que cresceram assistindo suas séries no SBT. Com problemas respiratórios, dificuldades para se locomover e se mexer, o ator e comediante havia se isolado com a família em Cancún em busca de ar puro. Bolaños era casado com Florinda Meza, a atriz que interpretava Dona Florinda. Ele era pai de Roberto, Paulina, Graciela, Marcela, Teresa e Cecília, frutos do primeiro casamento, com Graciela Fernández Pierre. 

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, morreu aos 49 anos em um acidente de avião por volta das 10h do dia 13 de agosto, uma quarta-feira, em Santos (72 km de São Paulo). A aeronave modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, vinha do Rio de Janeiro e tinha sete pessoas a bordo. Não houve sobreviventes. Ele era o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para as eleições. Eduardo Henrique Accioly Campos era casado com Renata Campos e tinha cinco filhos. Formado em economia, teve uma carreira de sucesso na política pernambucana. Foi governador do Estado por dois mandatos e chegou a ser ministro. Em 1986, participou ativamente da campanha que elegeu Miguel Arraes, seu avô -- morto exatamente nove anos antes --, para o governo de Pernambuco. Campos foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, em Recife.

O empresário e presidente de honra do Grupo Votorantim Antônio Ermírio de Moraes, 86, morreu de insuficiência cardíaca, em casa, em São Paulo, na noite do dia 25 de agosto. Ele deixa a mulher com quem teve nove filhos. Moraes era engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines (EUA) e iniciou a carreira na Votorantim em 1949. Ele foi responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, em 1955. Foi sepultado no cemitério do Morumby, em São Paulo.

Emilio Botín, um dos homens mais poderosos da Espanha e que transformou o Santander de um pequeno banco doméstico no maior banco da zona do euro, morreu de um ataque cardíaco aos 79 anos no dia 10 de setembro. Emilio Botín, chamado de "El Presidente" pelos colegas de trabalho e terceiro da geração Botín a comandar o Santander, esteve à frente da operação para criar um banco global, oferecendo serviços múltiplos a empresas multinacionais e uma gama de serviços aos consumidores. Ele dirigiu seu olhar afiado para negócios para divulgar a marca do Santander ao redor do mundo, somando 1,4 trilhão de euros (US$ 1,8 trilhão) em fundos e cerca de 200 mil funcionários.

O poeta Manoel de Barros, um dos mais importantes representantes da poesia brasileira contemporânea morreu no dia 13 de novembro aos 97 anos. O poeta -- vencedor de dois prêmios Jabuti e chamado por Carlos Drummond de Andrade de "o maior poeta vivo" -- vivia na capital sul-mato-grossense com a mulher, Stella, e a filha, Martha. Conhecido por poemas que incluem elementos da natureza e do cotidiano, em linguagem que se aproximava da oralidade, Barros nasceu em Cuiabá (MT), mas passou parte da infância em Corumbá (MS), no Pantanal, fato que marcaria toda sua obra poética. Manoel de Barros foi enterrado no cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande.

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, 79, morreu no dia 20 de novembro no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado devido à piora de uma doença crônica no pulmão. Thomaz Bastos defendia a Camargo Corrêa e a Odebrecht, investigadas na Operação Lava Jato. Era considerado um dos principais advogados criminalistas do país, tendo participado em cerca de 700 processos. Como ministro, Bastos ficou conhecido por atribuir mais rigor à atuação da Polícia Federal. Fora do governo, voltou a advogar. Em 2012, participou do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal como advogado do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e 4 meses de prisão.

Hilda Maia Valentim, conhecida como Hilda Furacão, morreu no dia 29 de dezembro , aos 83 anos, no asilo Guillermo Rawson, em Buenos Aires, na Argentina. Viúva do ex-jogador brasileiro do Boca Juniors, Paulo Valentim, Hilda teve a sua história eternizada no livro escrito por Roberto Drummond e que virou minissérie da TV Globo, em 1998.

Eusébio, um dos maiores jogadores da história da seleção portuguesa, morreu no dia 5 de janeiro em Lisboa. O ex-jogador, que completaria 72 anos no dia 25 do mesmo mês, não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. Conhecido como a "Pantera Negra" pelos portugueses, fez carreira no Benfica, um dos times mais tradicionais do país. O atacante defendeu as cores do time de Lisboa durante 15 anos e disputou mais de 600 jogos, tendo feito também mais de 600 gols. Apesar de ser um ídolo de Portugal, Eusébio nasceu em Moçambique, em Lourenço Marques (atual Maputo), quando o local ainda era uma colônia do país europeu.

O cantor Nelson Ned d'Ávila Pinto, mais conhecido como Nelson Ned, morreu no dia 5 de janeiro em Cotia, na Grande São Paulo. "O pequeno gigante da canção", apelido que recebeu por seu 1,12 m de altura, se consagrou na década de 60 como uma das vozes românticas mais famosas do Brasil. O sucesso internacional veio com a gravação de vários discos em espanhol. O corpo do cantor foi cremado no cemitério Horto da Paz em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

O ator americano Philip Seymour Hoffman, 46, vencedor do Oscar por seu papel em "Capote" (2005), foi encontrado morto no dia 2 de fevereiro em seu apartamento no bairro de Greenwich Village, em Nova York. Seu corpo foi encontrado com uma agulha no braço. Ele teria tido uma overdose acidental de drogas. Hoffman era conhecido por sua versatilidade nos palcos e nas telas.

O ex-jogador da seleção brasileira Bellini morreu no dia 20 de março em decorrência de complicações causadas por uma parada cardíaca. Capitão na conquista da Copa do Mundo de 1958, Bellini, de 83 anos, sofria de mal de Alzheimer em estado avançado. Nascido em Itapira em 1930, Bellini imortalizou o gesto de levantar o troféu após conquista em campo. "Não foi nada programado", disse, posteriormente. "Os fotógrafos pediram que eu levantasse a taça." Ele foi enterrado no Cemitério Municipal de Itapira.

O escritor colombiano Gabriel García Márquez, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 1982, morreu no dia 17 de abril, aos 87 anos, em sua residência na Cidade do México. O autor de clássicos da literatura universal, que enfrentou um câncer linfático em 1999, chegou a ser internado em março com infecção pulmonar e a saúde bem debilitada. O romance épico "Cem Anos de Solidão" vendeu mais de 50 milhões de cópias em mais de 25 idiomas. Publicado em 1967, é um dos exemplos principais do chamado realismo fantástico.

O cantor Jair Rodrigues morreu aos 75 anos no dia 8 de maio em sua casa em Cotia, na Grande São Paulo. Ao lado de Elis Regina, Jair Rodrigues se tornou um dos grandes nomes do samba ao participar do notório "O Fino da Bossa", programa da TV Record que foi ao ar entre 1965 e 1967. Com jeito brincalhão de malandro e voz potente, Jair ficou nacionalmente conhecido através dos duetos com a "Pimentinha". A interpretação de Jair ganhou dimensão que ressoa até hoje principalmente com a canção "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros.

O escritor Rubem Alves morreu aos 80 anos no dia 19 de julho, no Hospital Centro Médico de Campinas, por falência múltipla dos órgãos. A trajetória de Rubem Alves foi em muito marcada pela religião. Nascido em 15 de setembro de 1933 em Boa Esperança (MG), passou a juventude no Rio de Janeiro e estudou teologia no Seminário Presbiteriano do Sul. Sua obra conta com mais de uma centena de livros -- entre infantis, de crônicas, educação, religião, teologia e até uma biografia. Seu corpo foi cremado no Crematório Metropolitano Primaveras, em Guarulhos (Grande São Paulo).

O escritor Ariano Suassuna, autor de livros como "O Auto da Compadecida" e "O Santo e a Porca", morreu no dia 23 de julho aos 87 anos, no Real Hospital Português de Recife. Ele teve uma parada cardíaca dias após sofrer um AVC hemorrágico. Eleito para a ABL em 1989, Suassuna escreveu mais de 15 peças teatrais e seis romances ficcionais. Ficou conhecido nacionalmente por "O Auto da Compadecida", de 1955. A história virou minissérie da TV Globo em 1999 com Matheus Nachtergaele e Selton Mello, e foi adaptada para o cinema em 2000. O escritor foi enterrado no Cemitério da Morada da Paz, em Recife.

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