sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ministros do STF decidem liberar biografias não autorizadas


A liberdade de expressão teve nesta quarta-feira (10) uma vitória importante na mais alta corte do país. O Supremo Tribunal Federal decidiu liberar as biografias não autorizadas.

O julgamento começou com os argumentos contra e a favor da exigência de autorização prévia do biografado, ou da família dele, para publicação da obra. Gustavo Binenbojm, advogado da Associação Nacional dos Editores de Livros, autora da ação, disse que este controle é censura.

A favor da obrigatoriedade de autorização prévia falou o representante do Instituto Amigo, do cantor Roberto Carlos. O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro disse que a privacidade é um direito de qualquer brasileiro.

A ministra relatora, Cármen Lúcia, votou pela liberação das biografias não autorizadas. Afirmou que os dois artigos do Código Civil usados como argumento de defesa da necessidade de autorização prévia para publicação afrontam a Constituição. A ministra disse que a Constituição garante, de forma clara, a liberdade de expressão. E que se houver difamação ou calúnia, isso tem que ser tratado na Justiça, com indenizações. A ministra criticou a censura prévia, que priva o leitor de acesso a informação.


Todos os outros ministros concordaram. Por nove votos a zero, o Supremo Tribunal Federal entendeu que um autor depender de aval para publicar uma obra é uma medida que beneficia somente o biografado e prejudica toda a sociedade. O Supremo concluiu que qualquer controle prévio é uma forma de manipular os fatos e a história.

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