quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Atentado em Paris


As autoridades francesas que investigam os atentados ocorridos em Paris na sexta identificaram até agora sete suspeitos de participar dos ataques, assumidos pelo grupo autoproclamado “Estado Islâmico” ("EI"). Cinco desses suspeitos morreram ao detonar explosivos que carregavam junto a suas roupas. Outro foi preso pela polícia e liberado sem que fosse feita qualquer acusação, segundo sua advogada.

O último, Salah Abdeslam, de 26 anos, está sendo caçado após a polícia francesa emitir um mandado internacional para sua prisão. Outros dois autores dos atentados, que se explodiram durante os ataques, ainda não foram identificados. Ao menos 129 pessoas morreram na série de disparos e explosões.

Veja, a seguir, um breve perfil de cada suspeito.

Salah Abdeslam
O francês de 26 anos é considerado um suspeito-chave e está sendo caçado pela polícia. Acredita-se que ele alugou na Bélgica o veículo VW Polo encontrado perto da casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas. No sábado, ele estava com outros dois homens em um carro parado pela polícia nas proximidades da fronteira com a Bélgica. O veículo acabou liberado. Ainda não está claro se as autoridades francesas já haviam ligado Salah Absdelam ao carro achado no Bataclan quando o grupo foi parado pelos policiais perto da fronteira.
A polícia descreveu o suspeito como perigoso, e alerta as pessoas para que não se aproximem dele. 

Brahim Abdeslam
Irmão de Salah Absdelam, morreu após detonar os explosivos grudados às suas roupas nas proximidades de um café na Boulevard Voltaire, segundo os investigadores. O homem de 31 anos havia alugado um veículo Seat que foi encontrado após os ataques. Ele já havia aparecido em várias investigações da polícia belga junto a Abdelhamid Abaaoud, apontado como mentor dos atentados da sexta. Os documentos são relacionados a casos criminais em 2010 e 2011. Brahim Abdeslam e Abaaoud moraram em Molenkeek, bairro degradado de Bruxelas com grande população muçulmana, descrito por algumas autoridades como um “celeiro para jihadistas”. Acredita-se que Abaaoud, descendente de marroquinos de 27 anos, agora esteja na Síria, onde teria se juntado ao “Estado Islâmico”.

Omar Ismail Mostefai
O francês de 29 anos, que morreu no ataque ao Bataclan, viveu em Courcouronnes e em Chartres, nas proximidades de Paris. Uma autoridade turca confirmou à BBC que ele entrou na Turquia em 2013, mas que não há registros de sua saída do país. Essa autoridade, que falou sob condição de anonimato, contou que a França solicitou informações sobre quatro suspeitos à Turquia em outubro de 2014. Ele acrescentou que, durante a investigação, as autoridades turcas identificaram um quinto indivíduo, Omar Ismail Mostefai, e notificou os franceses duas vezes – em dezembro de 2014 e junho deste ano. “Não tivemos, porém, nenhuma resposta da França sobre o assunto”, afirmou. Segundo essa fonte turca, apenas após os ataques em Paris é que a Turquia recebeu da França um pedido formal de informações sobre Mostefai.

Ahmad al-Mohammad
Acredita-se que o homem de 25 anos, sírio da cidade de Idlib, morreu após se autoexplodir do lado de fora do estádio Stade de France. Um passaporte sírio em seu nome foi encontrado no local. Investigadores estão tentando descobrir se o passaporte é verdadeiro –existe a possibilidade de que essa não seja a verdadeira identidade do homem-bomba. A Promotoria de Paris afirmou que digitais do autor do ataque batem com a de uma pessoa que veio para a Europa com um grupo de imigrantes que chegou ao continente pela ilha grega de Leros.

Bilal Hadfi
O jovem de 20 anos foi identificado como um dos autores do ataque ao Stade de France. Ele, que morreu no local, é francês, mas morava na Bélgica. Alguns relatos sugerem que ele chegou a atuar como combatente do “EI” na Síria.

Samy Animour
O francês de 28 anos era um dos homens-bomba que se matou no Bataclan. Ele vivia perto de Paris, segundo os serviços de inteligência franceses. Ele foi acusado de ligação com terroristas em 2012 ao planejar viajar para o Iêmen. Animour foi colocado sob supervisão judicial, mas em seguida saiu do radar, o que levou as autoridades a emitirem um mandado de captura internacional. Três parentes dele foram detidos após os ataques.

Mohammed Abdeslam
O irmão de Salah e Brahim Abdeslam foi preso pela polícia belga em Molenbeek no sábado, e apontado como suspeito pelas autoridades francesas. Porém, acabou liberado nesta segunda, sem que qualquer acusação fosse feita. Sua advogada, Natalie Gallant, afirmou que ele soube apenas nesta segunda que seu irmão Brahim morreu nos ataques. 

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