O
diretor e produtor da TV Globo Roberto Talma morreu na madrugada desta
quinta-feira (23) aos 65 anos, informou o Hospital Samaritano, na Zona Sul do
Rio de Janeiro. A morte foi confirmada às 2h, por falência múltipla dos órgãos
decorrente de insuficiência renal. A informação foi confirmada pela atriz
Maria Zilda, que é ex-companheira do diretor — eles foram casados por nove anos
e tiveram um filho, Rafael.
Roberto
Talma foi coordenador de programação na TV Rio, depois trabalhou na TV
Excelsior e na TV Tupi, até entrar na Rede Globo em 1969.
Na
Globo, foi diretor de muitas novelas de sucesso como “Saramandaia”, a segunda
versão das novelas “O astro” e “Gabriela”, além de ser o responsável por
minisséries como “Anos dourados”, “Anos rebeldes” e “Os Maias”, e programas
como “Você decide”, “Armação ilimitada”, “Malhação” e “Sítio do pica pau
amarelo”.
Roberto
Talma Vieira faria 66 anos no próximo dia 29 de abril. Ele nasceu em 1949, em
São Paulo. Sua família era proprietária de um circo no interior do estado. A
mãe era bailarina e o pai trabalhou na televisão e foi coordenador de
programação da TV Rio.
Talma
começou a carreira profissional aos 9 anos, na TV Record, integrando um grupo
de sapateado que se apresentava no programa "A grande gincana Kibon".
Naquela emissora, conheceu o diretor Nilton Travesso, de quem ficaria amigo e
com quem trabalharia, anos depois, na Globo, na edição dos primeiros videoclipes
do "Fantástico".
No início da década de 1960, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde conheceu Walter Clark, diretor da TV Rio. Por intermédio do executivo, trabalhou durante algum tempo na antiga emissora, passando também pela TV Excelsior e pela TV Tupi, até ser contratado pela Globo, no dia 1º de abril de 1969. Nessa época, além do trabalho na televisão, Talma também fazia incursões na música e no teatro, apresentando-se com um conjunto musical e atuando em algumas peças.
No início da década de 1960, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde conheceu Walter Clark, diretor da TV Rio. Por intermédio do executivo, trabalhou durante algum tempo na antiga emissora, passando também pela TV Excelsior e pela TV Tupi, até ser contratado pela Globo, no dia 1º de abril de 1969. Nessa época, além do trabalho na televisão, Talma também fazia incursões na música e no teatro, apresentando-se com um conjunto musical e atuando em algumas peças.
Na
Globo, começou como operador de videoteipe, participando do núcleo de
jornalismo da emissora, em telejornais como o "Jornal Nacional", o
"Jornal Hoje" e o "Jornal da Globo". Também fez parte da
primeira equipe do Fantástico, em 1973, e editou programas como o "Globo
Repórter" e, na linha de shows, o "Globo de Ouro".
Ainda no início da década de 1970, foi transferido para o núcleo de dramaturgia, onde passou a editar e a trabalhar com o diretor Daniel Filho. Em 1972 deixou a emissora por seis meses para trabalhar na TV Tupi, em São Paulo. Seu retorno se deu na novela "Selva de pedra" (1972), de Janete Clair, dirigida por Walter Avancini. A parceria entre os dois duraria oito anos, e Talma atuaria como editor, assistente de direção e codiretor.
Nesta época, Talma também codirigiu novelas com Paulo Ubiratan. Em 1975, foi convocado por Walter Avancini para ser o diretor principal de "O grito", de Jorge Andrade.
Ainda no início da década de 1970, foi transferido para o núcleo de dramaturgia, onde passou a editar e a trabalhar com o diretor Daniel Filho. Em 1972 deixou a emissora por seis meses para trabalhar na TV Tupi, em São Paulo. Seu retorno se deu na novela "Selva de pedra" (1972), de Janete Clair, dirigida por Walter Avancini. A parceria entre os dois duraria oito anos, e Talma atuaria como editor, assistente de direção e codiretor.
Nesta época, Talma também codirigiu novelas com Paulo Ubiratan. Em 1975, foi convocado por Walter Avancini para ser o diretor principal de "O grito", de Jorge Andrade.
Em
1976, logo depois de dirigir "Saramandaia", de Dias Gomes, voltou a
deixar a Globo, para voltar a TV Tupi. Durante 11 meses dividiu com Gilberto
Motta a direção do programa "São Paulo, túmulo do samba" (1977),
espécie de documentário musical escrito por José Ramos Tinhorão, sob a
supervisão de Maurício Sherman. O retorno à Globo o levou a ser diretor de
shows no Fantástico, ficando responsável pela produção e direção dos clipes
musicais semanalmente apresentados no programa.
No
final dos anos 1970, transferiu-se para a TV Bandeirantes, onde dirigiu o
programa "Rosa e azul", com Débora Duarte e Antônio Marcos. Seis
meses depois, convocado por Walter Avancini para dirigir a novela "Pai
herói" (1979), de Janete Clair, e "Água viva" (1980), de
Gilberto Braga, voltou à Globo. Em ambas ocasiões trabalhou ao lado de Paulo
Ubiratan, com quem dividiria a direção de várias novelas de grande sucesso na
década de 1980, como "Coração alado" (1980), de Janete Clair;
"Baila comigo" (1981), de Manoel Carlos; e "Jogo da vida"
(1981), de Silvio de Abreu.
Na
Globo, em 2007, o núcleo de produção do diretor Talma foi responsável por dois
programas inicialmente concebidos como especiais de fim de ano, mas que, em
seguida, entraram na grade de programação da emissora: "Faça sua
história", escrito por João Ubaldo Ribeiro e Geraldo Carneiro, e o sitcom
"Guerra & Paz", de Carlos Lombardi.
Entre
outros programas de responsabilidade do núcleo dirigido por Roberto Talma nos
últimos anos, estiveram as novelas "Negócio da China" (2008),
"Vida alheia" (2010), "O astro" (2011), "Aquele
beijo" (2011).
Em
2011, foi o diretor-geral da microssérie "Amor em 4 atos", com quatro
episódios inspirados em canções de Chico Buarque. No mesmo ano, assinou, junto
com Rafael Dragaud, o roteiro e a direção do especial "Ivete, Gil e
Caetano".
Em
2012, Talma assumiu a direção de núcleo da novela "Gabriela". O
remake, exibido às 23 horas e baseado no livro "Gabriela cravo e
canela", homenageou o centenário de nascimento do escritor Jorge Amado. Em
2013, produziu o filme "Dores de amores", com direção de Raphael
Vieira.
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