Após
abrir a porta de casa, Judy Rogg só conseguiu gritar. O som do desespero ecoou
pelos corredores do seu andar no prédio de Santa Mônica, em Los Angeles (EUA).
Ela havia deixado o trabalho às pressas após o filho Erik Robinson, de 12, não
atender ao telefone de casa e o celular. “Senti que algo estava errado. Peguei
minha bolsa e corri”. Ofegante, Judy encontrou o filho já inconsciente na
cozinha com uma corda em volta do pescoço. No dia anterior, o garoto, que era
escoteiro e tinha o sonho de ser tornar militar, havia conhecido o jogo da
asfixia.
“Perdi
meu filho por cinco minutos. Ele ainda estava quente e com os lábios rosados.
Levamos ao hospital, mas no dia seguinte o cérebro ainda não registrava nenhuma
atividade. Desligamos os aparelhos”, explica Judy em entrevista ao iG.
Erik morreu no dia 21 de abril de 2010 e, desde então, sua foto é exibida em um
mural de vítimas em sites contra o choking game (jogo da asfixia, em
inglês). Praticado há décadas, o jogo consiste em interromper o fluxo de
oxigênio ao cérebro em busca de uma suposta euforia. O problema é que alguns
acabam provocando a própria morte acidentalmente.
Atualmente,
três casos de suicídio entre jovens estão sendo investigados pela Polícia Civil
em São Paulo. Em apenas quatro dias, jovens de 13, 14 e 18 anos teriam se
enforcado nas cidades de São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo e Aguaí,
respectivamente. O intervalo de tempo e as mesmas condições de morte levam os
delegados a relacionar os casos com o jogo.
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