quarta-feira, 15 de abril de 2015

"Perdi meu filho por 5 minutos", diz mãe sobre jovem morto no jogo da asfixia


Após abrir a porta de casa, Judy Rogg só conseguiu gritar. O som do desespero ecoou pelos corredores do seu andar no prédio de Santa Mônica, em Los Angeles (EUA). Ela havia deixado o trabalho às pressas após o filho Erik Robinson, de 12, não atender ao telefone de casa e o celular. “Senti que algo estava errado. Peguei minha bolsa e corri”. Ofegante, Judy encontrou o filho já inconsciente na cozinha com uma corda em volta do pescoço. No dia anterior, o garoto, que era escoteiro e tinha o sonho de ser tornar militar, havia conhecido o jogo da asfixia.

“Perdi meu filho por cinco minutos. Ele ainda estava quente e com os lábios rosados. Levamos ao hospital, mas no dia seguinte o cérebro ainda não registrava nenhuma atividade. Desligamos os aparelhos”, explica Judy em entrevista ao iG. Erik morreu no dia 21 de abril de 2010 e, desde então, sua foto é exibida em um mural de vítimas em sites contra o choking game (jogo da asfixia, em inglês). Praticado há décadas, o jogo consiste em interromper o fluxo de oxigênio ao cérebro em busca de uma suposta euforia. O problema é que alguns acabam provocando a própria morte acidentalmente.

Atualmente, três casos de suicídio entre jovens estão sendo investigados pela Polícia Civil em São Paulo. Em apenas quatro dias, jovens de 13, 14 e 18 anos teriam se enforcado nas cidades de São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo e Aguaí, respectivamente. O intervalo de tempo e as mesmas condições de morte levam os delegados a relacionar os casos com o jogo. 


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