Estados Unidos e Rússia prosseguiam nesta segunda-feira em busca de um cessar-fogo na Síria, no dia seguinte aos atentados mais violentos registrados em cinco anos de conflito naquele país.
O presidente Barack Obama e seu colega russo devem conversar nos próximo dias, depois que Washington anunciou ter chegado a um acordo provisório sobre uma trégua iminente.
Na véspera, 120 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas na série de atentados na Síria reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.
Os atentados aconteceram 5 km ao sul de Damasco, em Sayeda Zeina, próximo a um santuário xiita onde está o mausoléu de uma neta de Maomé.
Mais cedo, na cidade de Homs, outros atentados provocaram mais mortes.
Um dos ataques do EI, de confissão sunita, visou a um bairro alauita, uma comunidade surgida do xiismo, à qual pertence o presidente sírio, Bashar al Assad.
O grupo radical Estado Islâmico (EI) reivindicou em diferentes comunicados todos os atentados do domingo.
O emissário da ONU na Síria, Staffan de Mistura, condenou com veemência os atentados cometidos em Homs e perto de Damasco, segundo um comunicado de seu porta-voz.
A chancelaria russa também condenou os atentados com bomba cometidos na Síria durante o fim de semana afirmando pretendem prejudicar as negociações de paz.
"Com seus crimes atrozes, os extremistas procuram assustar a população civil, frustrar as gestões para o fim da violência e do derramamento de sangue, assim como as tentativas encaminhadas de obter uma solução política duradoura da crise em benefício de todos os sírios", afirma um comunicado do governo da Rússia.
Contudo, os Estados Unidos anunciaram um acordo com a Rússia sobre os termos de um cessar-fogo.
O secretário de Estado americano, John Kerry, que conversou por telefone com o contraparte russo, Serguei Lavrov, disse em Amã ter chegado a "um acordo provisório a princípio sobre os termos de uma suspensão das hostilidades, que poderia entrar em vigor nos próximos dias".
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