A novela, inspirada em peça homônima de Pedro Bloch, narra o cotidiano de Dona Xepa (Yara Cortes), uma feirante que cria sozinha os filhos Edson (Reinaldo Gonzaga) e Rosália (Nívea Maria). Apesar das dificuldades financeiras, Xepa faz de tudo para educar os filhos da melhor maneira possível. Os dois ascendem socialmente e passam a ter vergonha da mãe. Edson quer ser escritor, mas encontra dificuldades para entrar no mercado de trabalho. Rosália tem como meta de vida se casar com um homem rico e bem-sucedido e rejeita a paixão que sente por seu vizinho Daniel (Edwin Luisi). Ela se casa com Heitor (Rubens de Falco), cuja madrasta, a socialite falida Glorita (Ana Lúcia Torre), humilha Xepa sempre que pode.
O conflito básico desta história é o de uma mulher, que depois de sacrificar toda a sua vida pelos filhos, se vê afastada deles pelo nível social que estes atingiram. Dona Xepa é uma humilde feirante que tem o sonho das pessoas simples que desejam que os seus filhos sejam doutores e tudo faz ao longo da para sua vida para o conseguir. É a mãe que se realiza com a ascensão dos filhos, mas quando eles crescem e é rejeitada por eles, quer alcançá-los sem saber como, metendo os pés pelas mãos.
Dona Xepa trabalha há trinta anos com uma barraca de legumes nas feiras da zona sul carioca. Abandonada há anos pelo marido, continua cultuando sua memória e não admite que falem mal dele. Tem na amizade com o vizinho Agenor (Dionísio Azevedo), o seu porto seguro. A feirante se levanta todos os dias às duas da madrugada para comprar a mercadoria e armar a barraca bem cedo. Tudo isso para que os filhos tenham as oportunidades de vida que a mãe não teve.
Edson aproveitou bem o sacrifício da mãe: estudou, frequentou ambientes intelectualizados e pretende ingressar numa faculdade de comunicação. Não aceita ser sustentado pela mãe, apesar do grande amor que sente por ela. Namora Helena (Ísis Koschdoski), uma vizinha na vila onde vivem, mas tem medo de casar e perder a liberdade.
Rosália é bem diferente do irmão. Aparentemente sensível e revoltada, é ambiciosa e interesseira e só tem um objetivo: a ascensão social para sair da vida pobre que leva. É amada pelo vizinho Daniel (Edwin Luisi), um fotógrafo amigo de seu irmão. Porém ela não aceita a ideia de unir-se a um homem pobre. Por meio de Regina (Ângela Leal), também vizinha, que trabalha na loja de Glorita (Ana Lucia Torre), gran-fina casada com o milionário Raul Pires Camargo (Antônio Patiño), que Rosália conhece Heitor (Rubens de Falco) e os dois acabam se casando.
Glorita, obcecada pela ideia de aparecer nas colunas sociais, tem como maior sonho de sua vida se tornar amiga da socialite Isabel Becker (Ida Gomes), casada com Henrique Becker (Ênio Santos), proprietário de uma das mais importantes editoras do país. Para isso, empurra a filha Gisa (Patrícia Bueno), interesseira como a mãe, para cima do filho do casal, Otávio (Cláudio Cavalcanti).
Outros personagens de destaque na história são Corina (Zeny Pereira), grande amiga de Xepa, e Otávio (Cláudio Cavalcanti), filho do proprietário de uma importante cadeia de revistas do país.
Produção:
As cenas externas de Dona Xepa foram gravadas no antigo Mercado de São Cristóvão, na Estrada Velha da Tijuca e no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Os planos gerais do movimento da feira foram feitos na Praça General Osório, em Ipanema, Rio de Janeiro. Para imprimir maior realismo aos personagens e às suas histórias, a TV Globo fez uma pesquisa minuciosa sobre o dia a dia dos feirantes e as tradições que envolvem as feiras livres.
Dona Xepa alcançou excelentes índices de audiência no Rio de Janeiro e em São Paulo, conquistando a melhor média das novelas exibidas nesse horário até então. O sucesso da trama fez com que o autor Gilberto Braga – que já havia assinado Escrava Isaura (1976), outro grande sucesso das 18h – fosse convidado para escrever uma novela no horário das 20h. No ano seguinte, estreou Dancin’Days.
A novela foi vendida para cerca de dez países, entre eles Chile, Canadá e Suíça. A novela obteve grande audiência em Portugal e, em janeiro de 1980, recebeu o Grande Prêmio Teleguia de Ouro, concedido pela crítica mexicana. Foi reapresentada de 5 de maio a 14 de novembro de 1980, às 16h, em Vale a Pena Ver de Novo, sendo a primeira trama na faixa.
Elenco:
Yara Cortes – Dona Xepa (Carlota Soares da Costa)
Ana Lúcia Torre – Glorita Camargo
Rubens de Falco – Heitor Camargo
Nívea Maria – Rosália
Cláudio Cavalcanti – Otávio Becker
Edwin Luisi – Daniel
Reinaldo Gonzaga – Edson
Joyce de Oliveira – Laís
Ângela Leal - Regina
Ida Gomes – Isabel Becker
Dionísio Azevedo – Agenor
Ênio Santos – Henrique Becker
Patrícia Bueno - Gisa
Fátima Freire – Heloísa Becker
Antônio Patiño – Raul Camargo
Ísis Koschdoski – Helena
Francisco Dantas – Alamiro
João Paulo Adour – Ivan
Agnes Fontoura – Arlete
Renato Pedrosa – Raimundo
Marina Miranda – Sarita
Clementino Kelé – Uóston
Neuza Borges – Rosemary
Zeny Pereira – Corina
Fregolente – Seu Saraiva
Castro Gonzaga – Osmar
Trilha Sonora:
"Pensando Nela" - Dom Beto
"Opus Dois" - Antônio Carlos e Jocafi
"Pra Que Vou Recordar o Que Chorei" – Dafé
"Feira Livre" - Ataulfo Jr.
"Dom de Iludir" - Maria Creusa
"Tema da Vila" - Orquestra Som Livre
"A xepa" - Ruy Maurity
"Pela Luz dos Olhos Teus" - Miúcha e Tom Jobim
"Tudo Menos Amor" - Martinho da Vila
"Um Caso Meu" – Rosemary
"Dona Xepa" - Elizeth Cardoso
"Eu Gosto de Você" - Ricardo Coração de Leão
"Tema do Assoviador" - Sá & Guarabira
"Chorei" - Márcia
Revista:
Abertura da Novela:
Cenas do Primeiro Capítulo:
Cena com Ana Lúcia Torre
Yara Cortes e Reynaldo Gonzaga em Dona Xepa
Nívea Maria em Dona Xepa
Último Capítulo da Novela
Chamada de Dona Xepa
eu quero assistir todos os capitulos
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