Título Original: The Fault in Our Stars
Autor: John Green
Editora: IntrínsecaNúmero de Páginas: 288
Neste
livro aclamado pela crítica, o autor cria um enredo ficcional que, na verdade,
se inspira em um evento mais que real. Uma estrela encantadora e irônica,
dotada de forte personalidade e de sólida opinião passou por sua vida, deixou
marcas profundas, legou exemplos memoráveis e se foi, veloz como um cometa,
deixando após sua passagem desencanto, desilusão, tristeza e certa dose de
fúria criadora.
Hazel
Grace – “Só Hazel, por favor!” – tem 16 anos e há 3 luta contra um
câncer terminal que, apesar de encolhendo, não lhe dará mais que alguns anos de
vida. Ela abandonou a escola há algum tempo e passa as tardes assistindo
America’s Next Top Model, o que não quer dizer que ela seja totalmente infeliz.
A verdade é que Hazel há muito tempo aceitou seu destino, e a única coisa que a
deixa preocupada, magoada e, principalmente, culpada, é a forma como seus pais
precisam encarar esse grande desafio. Isso e a chatice de ter que ficar
carregando um cilindro de oxigênio pra todos os lados.
As
coisas começam a mudar em sua vida quando, por insistência da mãe, ela vai à
reunião de um grupo de apoio para jovens com câncer. Não era sua primeira vez,
claro. Já estava acostumada com o ambiente meio esquisito e o discurso
otimista, mesmo para os que não tinham mais chances… Mas era a primeira vez de
Augustus Waters. Gus é lindo e tem sua própria cota de sofrimento, tendo
perdido uma perna por conta do câncer. Ele é amigo de Isaac, um menino cego com
quem Hazel dividia suspiros irônicos durantes as reuniões, e acaba se
aproximando da menina. E é claro que daí nasce um relacionamento bastante real,
com aspectos dramáticos e muitos momentos fofos.
Uma
das coisas que a menina mais ama na vida é um livro chamado “Uma Aflição
Imperial”, que termina no meio de uma frase, deixando muitas questões em
aberto. Fã incondicional do autor, Hazel sonha em descobrir o que aconteceu –
só assim sua vida poderia seguir completa. Mas o autor nunca respondeu nenhuma
de suas cartas. Com um empurrãozinho da doença, Gus e Hazel acabam em uma
aventura meio surpreendente para encontrar Peter Van Houten, o autor do livro.
E essa é só uma das várias reviravoltas da história, que acabou me prendendo
durante cada página, até o fim.
John Green |
O
livro é emocionante. Não é exagerado, mas acho que justamente o contrário – uma
vez ou outra sinto que faltou uma profundidade nos sentimentos, talvez culpa da
narrativa em primeira pessoa. Diferente da caricatura que poderíamos encontrar,
os personagens são bem construídos. O livro nos envolve de uma forma
despretensiosa. Não é algo extremamente arrebatador, mas consegue mexer não só
pela situação que aqueles jovens – Gus, Hazel, Isaac e todos os outros –
viviam, mas pelas famílias e todos ao redor.
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