A
água do Sistema Cantareira, que abastece um terço da população da Grande São
Paulo (6,5 milhões de pessoas), pode acabar em até 50 dias, segundo
cálculos feitos por Antônio Carlos Zuffo, professor do Departamento de Recursos
Hídricos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Segundo
Zuffo, se não chover nos próximos dias e a taxa de consumo for mantida, a água
que resta no sistema deve terminar entre os dias 7 e 12 de novembro. Nesta
terça-feira (23), o índice do Cantareira caiu para 7,8%, o menor da história.
De acordo com o professor, o nível do sistema tem diminuído em média 0,16% por
dia.
Apontado
como medida capaz de evitar o racionamento de água na Grande São Paulo, o
volume morto --água que fica no fundo das represas-- do Cantareira injetou em
maio deste ano mais de 180 bilhões de litros no sistema. Passados pouco
mais de quatro meses, porém, essa quantidade já foi consumida. A Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) informa que obras para
a captação de uma segunda cota do volume morto do Cantareira foram autorizadas
pelos órgãos reguladores e já estão prontas. A empresa reafirmou ontem
(22) que o abastecimento está garantido até março de 2015.
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