Os objetivos são para o ano de 2022, mas há metas parciais, monitoradas anualmente. Na primeira, que prevê que toda criança e jovem de 4 a 17 anos esteja na escola, o país está próximo de seu objetivo: o Brasil registrou em 2013 93,6% da população de 4 a 17 anos matriculada na educação básica. A meta para o mesmo ano era de 95,4%.
A
meta 2 (“toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos”) não foi avaliada
pois os indicadores de 2013 sobre a qualidade da alfabetização das crianças nos
primeiros anos do ensino fundamental ainda não foram divulgados. Levantamento
de 2012, entretanto, deixou o país bem longe do objetivo.
O
TPE também aponta que o Brasil tem dificuldades em cumprir as metas 3 e 4. Em
2013, somente 9,3% dos alunos do 3º ano do ensino médio aprenderam o
considerado adequado pelo movimento em matemática, e 27,2% em português,
valores abaixo das metas intermediárias definidas pela instituição para o ano,
que eram, respectivamente, de 28,3% e 39%.
No
9º ano do educação fundamental, o percentual de alunos com aprendizado adequado
em 2013 foi 16,4% em matemática e de 28,7% em língua portuguesa. As metas
intermediárias para essa etapa eram de, respectivamente, 37,1% e 42,9%. Já o 5º
ano apresentou 39,5% de alunos com aprendizado adequado em matemática, e 45,1%
em língua portuguesa. As metas intermediárias eram, respectivamente, de 42,3% e
de 47,9%.
A
meta 4 não foi atingida porque pouco mais da metade dos jovens, 54,3%,
conseguiu concluir em 2013 a etapa final da educação básica na idade
considerada adequada. No ensino fundamental, a conclusão até os 16 anos foi
alcançada por 71,7% dos jovens. As metas definidas pelo movimento para 2013
eram de, respectivamente, 63,7% e 84%.
Já
a meta 5, que estipula ampliação do investimento em educação e boa gestão dos
recursos, foi parcialmente alcançada: em 2013, o investimento público direto na
área foi de 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Os dados de investimento
específico em educação básica, hoje no patamar de 4,7%, mostram uma tendência
de crescimento desde 2000, quando era de somente 3,2%. Até 2022, a meta é
chegar a 5% nesse setor. No entanto, ainda há dificuldades com execução e
gestão do orçamento. Pesquisa que será divulgada hoje mostra que há problemas,
por exemplo, na cotação e contratação de fornecedores com utilização dos
recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola.
Outra
pesquisa inédita, que será divulgada hoje e aponta para avanços no setor,
mostra que o acréscimo de um ano no ensino fundamental garantiu maior
aprendizado. Estudo promovido pelo TPE indica que de 11% a 14% do incremento
observado na proficiência média dos alunos do 5º ano do ensino fundamental na
Prova Brasil é atribuível à ampliação de oito para nove anos na duração do
ensino fundamental.
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