O
juiz Sergio Moro condenou três ex-dirigentes da Camargo Corrêa por crimes como
corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. E a Polícia Federal
indiciou o presidente da Odebrecht e outros ex-executivos da empreiteira.
O
inquérito que investiga a Odebrecht, a maior empreiteira do país, foi concluído
na tarde desta segunda-feira (20). A Polícia Federal indiciou Marcelo
Odebrecht, presidente da empreiteira e outros quatro ex-executivos.
Marcelo
Odebrecht foi preso em junho na 14ª fase da Operação Lava Jato, e desde então
está na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. As investigações
apontam que há motivos para que os executivos sejam denunciados à Justiça. No
inquérito, a polícia inclui depoimentos e o que seriam provas apresentadas por
delatores da Lava Jato, que comprovariam o pagamento de propina.
O
ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco confessou na delação premiada
que recebeu propina paga pela Odebrecht em contas no exterior.
A
Polícia Federal apontou também a suspeita de superfaturamento em contratos de
construção de navios sonda e concluiu que a Odebrecht pretendia aplicar
sobrepreço nos custos de operação destes contratos.
Um
bilhete de Marcelo Odebrecht para os advogados com o texto “destruir e-mail
sondas” foi considerado pela polícia uma evidência de que o empresário
pretendia criar obstáculos para as investigações. A defesa de Marcelo Odebrecht
nega.
A
PF também atribui ao empresário preso “doações e pagamentos diretos a
ex-diretores da Petrobras e a políticos”. E “influência junto a instituições
inclusive o Judiciário”.
No relatório final, a Polícia Federal também pediu a manutenção da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht e de outros quatro executivos da empreiteira. Para o delegado responsável que conduziu o inquérito, as prisões são necessárias para garantir a ordem pública e o bom andamento das investigações. O Ministério Público Federal tem até sexta-feira (24) para decidir se denuncia ou não os acusados à Justiça.
No relatório final, a Polícia Federal também pediu a manutenção da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht e de outros quatro executivos da empreiteira. Para o delegado responsável que conduziu o inquérito, as prisões são necessárias para garantir a ordem pública e o bom andamento das investigações. O Ministério Público Federal tem até sexta-feira (24) para decidir se denuncia ou não os acusados à Justiça.
Também
nesta segunda-feira (20) a Justiça condenou seis pessoas no processo contra a
construtora Camargo Corrêa. Entre os condenados estão o presidente da construtora
Camargo Corrêa, Dalton Avancini, e o ex-vice-presidente, Eduardo Leite.
Avancini
e Leite foram condenados a 15 anos. Eles vão continuar em prisão domiciliar e,
a partir de março do ano que vem, passarão para o regime semiaberto. Paulo
Roberto Costa segue em prisão domiciliar até outubro e depois passa para o
semiaberto. Alberto Youssef ficará preso em regime fechado por mais um ano e
sete meses.
Já
João Roberto Auler, o ex-presidente do Conselho de Administração da Camargo
Corrêa, foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão. O ex-policial Jaime Alves
de Oliveira pegou 11 anos e 10 meses.
Eles
terão que devolver R$ 50 milhões de indenização à Petrobras.
A
Camargo Corrêa declarou que se pôs à disposição das autoridades e que se
esforça para identificar e sanar irregularidades.
Dalton
Avancini e Eduardo Leite, condenados a 15 anos e nove meses de prisão, disseram
que as condenações estão dentro do esperado no acordo de delação premiada.
A
Odebrecht afirmou que o indiciamento de Marcelo Odebrecht não tem fundamento
sólido, mas que já era esperado.
E
a Polícia Federal apontou no indiciamento dos executivos da Odebrecht que o
presidente da empresa tentou atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.
Os
investigadores analisaram anotações feitas no telefone do próprio Marcelo
Odebrecht. No inquérito, finalizado nesta segunda-feira (20), os policiais
disseram que é clara a tentativa do presidente da Odebrecht S.A de atrapalhar
as investigações.
O
documento diz que anotações feitas por ele citam autoridades públicas, doações
de campanha, pagamentos diretos e influências junto a instituições, inclusive o
Judiciário.
O
delegado da PF, Eduardo Mauat da Silva, considera que a anotação mais grave diz
respeito a utilização de um dissidente da Polícia Federal com o objetivo de
atrapalhar as investigações.
A
defesa de Marcelo Odebrecht, por enquanto, preferiu não comentar sobre essas
anotações.
Texto: Bom Dia Brasil
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