Um
primeiro reator nuclear entrou em funcionamento nesta terça-feira (11) no Japão, quatro anos após o
acidente de Fukushima, que provocou o fechamento de todas as usinas nucleares
no país a partir de setembro de 2013.
"O
reator número 1 da central de Sendai (1.000 km a sudoeste de Tóquio) foi
reiniciado às 10h30 local (22h30 de segunda, 10, no Brasil)", anunciou uma
porta-voz da companhia operadora Kyushu Electric Power.
O
reator, de 31 anos, deve atingir sua plena capacidade operacional por volta das
23h00 (11h00 Brasília) e começar a gerar energia elétrica na sexta-feira (14),
com a retomada da exploração comercial no início de setembro, informou a
companhia.
O
primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou na noite de segunda-feira (10)
que a retomada é acompanhada de todas as medidas de segurança, que "devem
ser a principal prioridade".
O
governo conservador defende a reativação do setor nuclear especialmente por
questões econômicas, diante do custo da energia importada. A administração
deseja que a energia nuclear gere 22% da energia elétrica no Japão até 2030, um
porcentual menor que antes de Fukushima.
Mas
a maioria da população questiona a validade da reativação, qualificada de
"erro" por Naoto Kan, primeiro-ministro no momento do acidente de
Fukushima e hoje um dos principais críticos da energia nuclear.
O
reator reativado nesta terça foi colocado em operação em julho de 1984, sendo
paralisado em maio de 2011 para a manutenção regular, mas as autoridades
decidiram deixá-lo fora de operação após a adoção de normas de segurança mais
severas devido ao desastre na central de Fukushima, em março de 2011, provocado
por um tsunami.
O Japão tinha 54 reatores operacionais antes da destruição de seis unidades da central de Fukushima. Dos 48 restantes, pelo menos cinco devem ser desmantelados.
O Japão tinha 54 reatores operacionais antes da destruição de seis unidades da central de Fukushima. Dos 48 restantes, pelo menos cinco devem ser desmantelados.
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