A
próxima novela das nove da Globo será uma trama rural sobre o amor impossível
entre membros de duas famílias rivais que vivem às margens do rio São
Francisco, na Bahia. Diretor de Dramaturgia diária da Globo, Silvio de Abreu
bateu o martelo: a substituta de A Regra do Jogo, em março do ano que vem, será
Velho Chico, de Edmara e Bruno Barbosa, com supervisão de Benedito Ruy Barbosa
e direção-geral de Luiz Fernando Carvalho. Antonio Fagundes, Letícia Sabatella
e Marcelo Serrado devem encabeçar o elenco.
A
decisão foi tomada ontem (28). Na semana passada, a Globo decidiu adiar a
produção de Sagrada Família (nome provisório), de Maria Adelaide Amaral e
Vincent Villari, que começaria a ser gravada em novembro. Oficialmente, a
novela perdeu a vez porque sua trama central gira em torno de uma família de
políticos, e a emissora poderia ter problemas com as restrições da
legislação brasileira durante a campanha eleitoral de 2016.
Extraoficialmente,
um outro motivo para o adiamento de Sagrada Família foi a busca de tramas menos
focadas na realidade nacional, como foi o caso de Babilônia e tem sido o de A
Regra do Jogo, que não decolou no Ibope e vem sofrendo derrotas pontuais para
Os Dez Mandamentos, da Record.
Inicialmente
programada para ser uma novela das seis no segundo semestre do ano que vem,
Velho Chico era a favorita a substituir A Regra do Jogo desde que Sagrada
Família foi adiada. Mas
Gloria Perez e a dupla Thelma Guedes e Duca Rachid chegaram a entregar sinopses
de novos projetos.
Além
de ter uma temática que há 15 anos não frequenta a faixa das 21h e de envolver
o mesmo autor e diretor de O Rei do Gado (1996), que fez sucesso neste ano na
sessão Vale a Pena Ver de Novo, Velho Chico foi a escolhida por estar mais
"adiantada". A produção já conta com sinopse aprovada e tem 20
capítulos escritos. Mas terá de ser acelerada. A maior parte do elenco ainda
não foi escolhida.
Apesar
de se basear em um Romeu e Julieta do campo, Velho Chico não será uma novela
alienada da realidade nacional. A trama abordará questões ecológicas e
econômicas, como a transposição do rio São Francisco, e terá confrontos entre
jovens que lutam contra a poluição do rio e políticos corruptos. A trama
central começará em 1968 e seguirá até os dias atuais, com um amor impossível entre
a filha de um coronel e o filho de um capataz.
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