O
grupo Estado Islâmico (EI) realiza na Síria um saque
arqueológico em escala industrial, denunciou nesta quarta-feira (16) a Unesco.
A organização ressalta a necessidade de lutar contra o tráfico de objetos de arte
que servem para financiar o jihadismo.
As
imagens de satélite e o fluxo de objetos antigos observado nos mercados
clandestinos são a prova de um "saque em escala industrial", através
de "milhares de escavações arqueológicas ilegais", ressaltou a diretora-geral
da Unesco, Irina Bokova, em uma coletiva de imprensa em Sofía.
"Limitar
o tráfico de objetos de arte é neste momento a prioridade número um",
especialmente porque "serve para o financiamento dos extremistas",
disse Bokova, convocando os países da UE, em particular, a "consolidar sua
legislação para frear" este fenômeno.
Paralelamente
às destruições de caráter ideológico dos sítios antigos, o EI trava um
importante tráfico de objetos antigos, escavados sem cerimônia neste país que é
rico em patrimônio histórico.
Os
jihadistas do grupo Estado Islâmico explodiram
o templo de Baalshamin em agosto. Dias depois, imagens de satélites da
ONU mostraram no dia 1 de setembro a destruição
pelos jihadistas do Templo de Bel, tesouro da cidade antiga de Palmira, um
"crime intolerável contra a civilização", segundo a Unesco.
A construção do templo teve início no ano 32 d.C e levou mais de um século. Foi conquistado em maio pelo EI, um grupo que já destruiu várias joias arqueológicas no Iraque. Antes da guerra na Síria, milhares de turistas visitavam este templo todos os anos.
A construção do templo teve início no ano 32 d.C e levou mais de um século. Foi conquistado em maio pelo EI, um grupo que já destruiu várias joias arqueológicas no Iraque. Antes da guerra na Síria, milhares de turistas visitavam este templo todos os anos.
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