Guerra dos Sexos tem como personagens principais Charlô (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran), primos que cresceram juntos e tiveram um romance durante a adolescência. A paixão juvenil, no entanto, acabou se transformando em ódio mortal. Charlô e Otávio se detestam e fazem tudo para manter distância um do outro. Mas o destino lhes prega uma peça: um tio milionário morre, deixando uma herança incalculável para seus queridos sobrinhos. Sabendo das desavenças entre eles, o tio impõe uma condição: para ficarem com a fortuna, os dois terão que morar na mesma casa e trabalhar na mesma empresa. Eles aceitam o desafio, para tormento de todos que os cercam. Charlô e Otávio passam a conviver diariamente, irritando ao máximo um ao outro, numa cômica batalha que rendeu cenas hilárias à novela. Ele a chama de Cumbuca, apelido que ela abomina. Ela revida, chamando-o de Bimbo, o que o deixa enfurecido.
Charlô propõe a Otávio uma aposta: ela e sua equipe, essencialmente feminina, têm 100 dias para elevar os lucros da rede de lojas de roupas herdada, a Charlô’s. Se não conseguir alcançar a meta, Otávio passa a ser o único proprietário dos bens. Os dados são jogados, e a guerra dos sexos, iniciada. Otávio tem como aliado Felipe (Tarcísio Meira), filho adotivo de Charlô. Ardilosos e trapaceiros, os dois tentam de todo modo impedir o sucesso da loja. Charlô, por sua vez, conta com o apoio de Vânia (Maria Zilda Bethlem), seu braço direito na loja, e Roberta Leone (Glória Menezes), viúva do empresário Vitório Leone (Carlos Zara), que deixara a mulher sozinha no comando da fábrica do casal, a Ravello Sports, fornecedora de peças de roupas para as lojas Charlô’s.
As mulheres unem suas forças contra o sexo oposto
e estabelecem uma regra importantíssima para a disputa: estão terminantemente proibidas de se envolverem com homens durante os 100 dias da aposta. Elas não contavam, no entanto, com a traição de Carolina (Lucélia Santos), a ambiciosa sobrinha de Roberta, que se envolve com Felipe, obrigando-o a romper com Vânia, com quem ele mantinha um romance secreto. Vânia descobre as más intenções de Carolina e luta para desmascará-la. Com sabotagens, intrigas e muita sedução barata, Otávio e Felipe conseguem derrotar as mulheres. Charlô não se conforma e leva a disputa aos tribunais. Nesse momento, Otávio desaparece misteriosamente, entrando em cena Dominguinhos (também Paulo Autran), um primo português de Charlô, que ela desconfia ser Otávio querendo lhe pregar mais uma peça.
Romances
Paralelamente à animada disputa entre os primos Charlô (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran), outras tramas merecem destaque na novela. A personagem Juliana (Maitê Proença), filha de Felipe, apaixona-se por Nando (Mário Gomes), o motorista da família, mas tem de disputá-lo com a irmã, Analu (Ângela Figueiredo), que faz loucuras para conquistar o rapaz, chegando a mantê-lo sequestrado numa ilha deserta. Juliana sofre ainda mais quando descobre que Roberta (Glória Menezes) também está apaixonada pelo motorista. Apesar da diferença de idade, Roberta luta com todas as suas armas para conquistar Nando. Ela fica encantada por aquele jovem de olhos azuis, corpo escultural e tatuagem no peito. No final da novela, é com Roberta que Nando decide ficar.
Paralelamente à animada disputa entre os primos Charlô (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran), outras tramas merecem destaque na novela. A personagem Juliana (Maitê Proença), filha de Felipe, apaixona-se por Nando (Mário Gomes), o motorista da família, mas tem de disputá-lo com a irmã, Analu (Ângela Figueiredo), que faz loucuras para conquistar o rapaz, chegando a mantê-lo sequestrado numa ilha deserta. Juliana sofre ainda mais quando descobre que Roberta (Glória Menezes) também está apaixonada pelo motorista. Apesar da diferença de idade, Roberta luta com todas as suas armas para conquistar Nando. Ela fica encantada por aquele jovem de olhos azuis, corpo escultural e tatuagem no peito. No final da novela, é com Roberta que Nando decide ficar.
Frô, a feiosa
- A personagem Frô, interpretada pela atriz Cristina Pereira, foi outra boa surpresa da trama. Feiosa funcionária de uma lanchonete, ela se achava irresistível, proporcionando muitas cenas engraçadas.
Realidade e ficção
- Silvio de Abreu misturou ficção e realidade por meio da personagem Nieta (Yara Amaral), que era apaixonada por novelas e achava Felipe (Tarcísio Meira) muito parecido com o galã Tarcísio Meira. Ao longo da trama, ela fez inúmeras referências a novelas que estavam no ar ou seriam exibidas em breve na TV Globo. Em uma das cenas, Otávio (Paulo Autran) aparece na casa de Nieta para assistir ao primeiro capítulo da novela Eu Prometo, e pergunta se ela gosta das novelas de Janete Clair, autora do folhetim. Ela responde animada: “Muitíssimo.” Em outra cena, Nieta comenta sobre a estreia de Champagne, de Cassiano Gabus Mendes.
- A personagem Frô, interpretada pela atriz Cristina Pereira, foi outra boa surpresa da trama. Feiosa funcionária de uma lanchonete, ela se achava irresistível, proporcionando muitas cenas engraçadas.
Realidade e ficção
- Silvio de Abreu misturou ficção e realidade por meio da personagem Nieta (Yara Amaral), que era apaixonada por novelas e achava Felipe (Tarcísio Meira) muito parecido com o galã Tarcísio Meira. Ao longo da trama, ela fez inúmeras referências a novelas que estavam no ar ou seriam exibidas em breve na TV Globo. Em uma das cenas, Otávio (Paulo Autran) aparece na casa de Nieta para assistir ao primeiro capítulo da novela Eu Prometo, e pergunta se ela gosta das novelas de Janete Clair, autora do folhetim. Ela responde animada: “Muitíssimo.” Em outra cena, Nieta comenta sobre a estreia de Champagne, de Cassiano Gabus Mendes.
CENAS MARCANTES
Guerra dos Sexos reuniu dois ícones do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro e Paulo Autran, cujos personagens viviam um antagonismo sem tréguas. Tornaram-se antológicas as cenas das brigas entre os dois, no melhor formato pastelão, com direito até a torta na cara.
Guerra dos Sexos reuniu dois ícones do teatro brasileiro, Fernanda Montenegro e Paulo Autran, cujos personagens viviam um antagonismo sem tréguas. Tornaram-se antológicas as cenas das brigas entre os dois, no melhor formato pastelão, com direito até a torta na cara.
CENSURA
- Guerra dos Sexos sofreu com a Censura Federal, que considerou imorais várias cenas e diálogos. O autor Silvio de Abreu foi diversas vezes a Brasília para discutir os cortes dos censores. O romance de Fábio (Herson Capri) e Juliana (Maitê Proença), por exemplo, desagradou porque ele era um homem casado. A personagem Vânia (Maria Zilda) também não foi bem vista, por ser emancipada. Com o decorrer da novela, Silvio de Abreu foi conseguindo impor seu ponto de vista.
- Guerra dos Sexos sofreu com a Censura Federal, que considerou imorais várias cenas e diálogos. O autor Silvio de Abreu foi diversas vezes a Brasília para discutir os cortes dos censores. O romance de Fábio (Herson Capri) e Juliana (Maitê Proença), por exemplo, desagradou porque ele era um homem casado. A personagem Vânia (Maria Zilda) também não foi bem vista, por ser emancipada. Com o decorrer da novela, Silvio de Abreu foi conseguindo impor seu ponto de vista.
CURIOSIDADES
- Com Guerra dos Sexos, Silvio de Abreu se firmou como autor de farsas que uniam o lúdico escrachado à crítica bem-humorada do cotidiano, lançando mão de cenas típicas das chanchadas nacionais, e buscando inspiração em clássicos do cinema americano. A novela foi pontuada por referências e homenagens, incluindo o capítulo final, em que o autor homenageou explicitamente Carlos Manga, diretor das famosas chanchadas da Atlântida, antiga companhia cinematográfica brasileira. Guerra dos Sexos também inovou ao apresentar o tradicional par romântico Tarcísio Meira e Glória Menezes fazendo comédia. O casal voltou a atuar junto, o que não acontecia desde Espelho Mágico, novela de Lauro César Muniz, exibida em 1977. Na trama de Silvio de Abreu, no entanto, a proposta era outra. Foi a primeira vez que Tarcísio Meira viveu um papel que não correspondia à imagem de galã já conhecida do público.
- Com Guerra dos Sexos, Silvio de Abreu se firmou como autor de farsas que uniam o lúdico escrachado à crítica bem-humorada do cotidiano, lançando mão de cenas típicas das chanchadas nacionais, e buscando inspiração em clássicos do cinema americano. A novela foi pontuada por referências e homenagens, incluindo o capítulo final, em que o autor homenageou explicitamente Carlos Manga, diretor das famosas chanchadas da Atlântida, antiga companhia cinematográfica brasileira. Guerra dos Sexos também inovou ao apresentar o tradicional par romântico Tarcísio Meira e Glória Menezes fazendo comédia. O casal voltou a atuar junto, o que não acontecia desde Espelho Mágico, novela de Lauro César Muniz, exibida em 1977. Na trama de Silvio de Abreu, no entanto, a proposta era outra. Foi a primeira vez que Tarcísio Meira viveu um papel que não correspondia à imagem de galã já conhecida do público.
Ao longo de toda a trama, a personagem Frô (Cristina Pereira) fazia referência à amiga fofoqueira Carlotinha Bimbati. Carlotinha só apareceu no último capítulo da novela, interpretada por Regina Casé. Silvio de Abreu ressuscitou a personagem Carlotinha Bimbati em 1998, na novela Torre de Babel: a atriz Nair Belo, em participação especial, desempenhou o papel da fofoqueira.
Amante da sétima arte, Silvio de Abreu prestou várias homenagens ao cinema. Uma delas foi a sequência em que Charlô deu uma festa à fantasia, na qual os convidados deveriam incorporar personagens famosos das telas: Otávio (Paulo Autran) se vestiu de Rodolfo Valentino; Charlô (Fernanda Montenegro), de Theda Bara; Roberta (Glória Menezes) encarnou Doris Day; Olívia (Marilu Bueno) e Ismael (Wilson Grey) foram de O Gordo e o Magro; e Kico (Diogo Vilela) imitou Elvis Presley.
- Paulo Autran sofreu um enfarte durante a novela
e teve de se afastar das gravações por um tempo.
- Guerra dos Sexos foi reapresentada entre janeiro e junho de 1989, às 17h, numa versão compacta, na faixa de programação Sessão Aventura.