E nesta sexta-feira (28) chega ao final a novela Cheias
de Charme, um grande sucesso do horário das 19h. Quando a Globo aprovou a
sinopse da novela, a direção da emissora carioca sabia que era uma decisão
ousada. A novela seria um sucesso ou um tremendo fracasso. A trama de estreia
dos autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira mostrou a que veio já no
primeiro capítulo, quando marcou a melhor audiência no horário desde “Cobras
& Lagartos”, em 2006.
O ótimo elenco fez com que a novela estourasse, já que
Cláudia Abreu (Chayenne) e as Empreguetes Leandra Leal, Taís Araújo e Isabelle
Drummond viveram grandes personagens que marcaram a novela e a carreira de cada
uma. Embalado pelo último capítulo, o Blog do Programa Atualize listou os
pontos altos e baixos do folhetim.
Taís Araújo, Leandra Leal e Isabelle Drumond deram um show.
Literalmente. O trio arrasou na interpretação na pele das empregadas domésticas
que não desistem da vida mesmo diante das dificuldades. E convenceram na pela
do trio musical Empreguetes. O sucesso das cantoras ultrapassou a ficção e fez
muito telespectador sonhar com a possibilidade de assistir a um show real do
grupo. Leandra deixou de lado a persona chatinha e mostrou seu carisma,
Isabelle elevou seu passe dentro da emissora e Taís provou mais uma vez
ser uma atriz multifacetada.
O carisma de Chayene e o talento de Claudia Abreu fizeram da
cantora paraense mais que uma simples vilã. O público adorava as cenas da
'patroete'. Não teve quem não se pegasse rindo com as tiradas da estrela do
techno brega. Claudia criou um tipo memorável e a personagem entra para a
galeria de seus melhores trabalhos na carreira.
Quem roubou mesmo a cena foi Titina Medeiros. O desempenho da atriz
transformou sua Socorro praticamente na quarta 'Empreguete'. A fiel escudeira
de Chayene protagonizou os melhores momentos do folhetim e deu a Titina a
oportunidade de mostrar todo seu talento em seu primeiro papel na TV.
Ricardo Tozzi conseguiu escapar das armadilhas de interpretar dois
personagens na mesma trama e montou duas pessoas diferentes por meio do gestual
e do tom de voz. Já Marcos Palmeira teve a oportunidade de encarar um papel completamente
diferente dos tipos feito por ele na última década. O malandro Sandro
conquistou o público e garantiu seu final feliz.
A trama de Lígia (Malu Galli) foi um belo oásis de drama em meio a tanto
humor. O núcleo da advogada serviu de contraponto para as loucuras e o show de
animação dos alegres e coloridos personagens do folhetim. A entrada de Marcos
Pasquim deu um gás na história.
Os autores abusaram das participações de celebridades reais no folhetim.
Os cantores da ficção gravaram em quase todos os programas da emissora e levou
para o estúdio os maiores nomes da música nacional. De Ivete Sangalo a Michel
Teló, todo mundo arriscou dar uma de ator ao lado de Chayene, de Fabian e das
Empreguetes.
A produção soube usar como nenhuma outra novela o site do folhetim. O
vídeo das Empreguetes vazou na web na ficção e, antes de ir ao ar, foi postado
na página da trama. O resultado deu super certo: tornou-se viral na internet e
causou burburinho entre os internautas que se sentiram parte da obra ao
assistir o clipe antes de ser exibido no horário das 19h.
Os autores criaram diálogos deliciosos, exploraram a vida das
protagonistas além da cozinha, promoveram viradas sensacionais no roteiro do
começo ao fim e flertaram com inúmeras referências pop. Foram desde a
semelhança de Isabelle com a 'Gossip Girl' Leighton Meester, passando por
Socorro imitando a antiga abertura do 'Fantástico' em Sobradinho, até a paródia
de 'Gabriela' com Chayene. Tudo totalmente dentro do contexto e sem forçar a
barra.
Um dos poucos pecados cometidos pela equipe foi não ter lançado uma
trilha sonora com os sucessos criados para as estrelas da ficção. 'Vida de
Empreguete' caiu na boca do povo e tocou até em boates cariocas. Todo mundo que
assiste à trama já se viu cantando o famoso 'Xote da Brabuleta'.
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