A
cidade de Pequim, capital da China, emitiu nesta segunda-feira (7) o primeiro
alerta vermelho de sua história por poluição, o nível mais grave de uma escala
que vai até quatro, segundo anunciou a agência oficial "Xinhua".
O
Escritório de Meio Ambiente de Pequim advertiu que o alerta permanecerá ativo
das 7h locais desta terça-feira (8) (21h de hoje em Brasília) até às 12h da
quinta-feira (10) (2h do mesmo dia em Brasília).
Com
a medida, entrará em vigor um sistema de rodízio de carros e 30% dos veículos
oficiais ficarão na garagem.
As
fábricas poluentes também interromperão sua atividade, assim como as obras de
construção, segundo a secretaria de Proteção do Meio Ambiente. O
governo ainda recomenda que escolas e outros institutos de ensino permaneçam
fechados durante os dias de alerta.
Classificação
A cidade tinha declarado no domingo o alerta laranja, o segundo mais grave abaixo do vermelho, pouco depois do registro, há uma semana, dos piores níveis de qualidade do ar do ano.
Pequim
iniciou um novo programa para medir e reduzir os níveis de poluição no final de
maio, substituindo outro lançado em 2013. O plano manteve os quatro níveis para
indicar a gravidade da situação, sendo o vermelho o mais grave deles, mas
propôs modificações nos requisitos para a emissão de cada alerta.
Dessa
forma, o alerta laranja passou a ser emitido a partir dos 200 microgramas de
concentração por metro cúbico das chamadas partículas PM 2,5 - as mais
prejudiciais à saúde. Já o vermelho é ativado quando os níveis de poluição se
mantiverem acima desse valor por pelo menos três dias.
Por
volta das 18h locais desta segunda (8h em Brasília), a concentração de PM 2,5
estava em torno de 240 microgramas por metro cúbico, muito acima da máxima
recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 25 microgramas
por metro cúbico.
Pequim
nunca tinha ativado o alerta vermelho desde que adotou o sistema de quatro
cores em 2013. O ano de 2015 começou com níveis inéditos de poluição. No início
de janeiro, os medidores chegaram a registrar 900 microgramas de partículas PM
2,5 por metro cúbico.
Em
2014, a capital chinesa emitiu o alerta azul, o mais baixo da escala, em 11
oportunidades. Já o amarelo, o terceiro mais alto, foi ativado cinco vezes e o
laranja duas. Os sistemas de medição de poluição, como o da embaixada dos
Estados Unidos em Pequim, porém, costumam indicar níveis maiores de poluição do
que os divulgados pelas autoridades locais.
O
anúncio de Pequim coincide com o início das negociações políticas dos ministros
do Meio Ambiente na 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para tentar firmar um acordo
universal contra o aquecimento global antes da próxima sexta-feira.
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