O
doleiro Leonardo Meirelles, colaborador (delator) na Operação Lava Jato, disse
que não tem como afirmar se fez operações financeiras com Eduardo Cunha na
Suíça, mas que ouviu o nome do presidente da Câmara dos Deputados em uma
conversa com o doleiro Alberto Youssef. Meirelles fazia operações ilegais de
remessa de dinheiro a pedido de Youssef. A afirmação foi feita diante do
Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, onde Cunha é investigado e pode ter
até o mandato cassado.
Meirelles
disse que foram dezenas de empresas que ele fez transferências e que são os
investigadores da Operação Lava Jato quem estão averiguando a quem pertence
essas empresas. Meirelles e Youssef estão sob investigação da Operação Lava
Jato. Youssef permanece preso pela Polícia Federal.
Meirelles
deu alguns detalhes das operações financeiras envolvendo a origem e a
internalização no país dos US$ 5 milhões que Cunha é acusado de ter recebido
como propina no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação
Lava Jato.
O
doleiro afirmou que fez um contrato fictício com uma empresa do lobista Júlio
Camargo, também delator na Lava Jato, para justificar transferências que
somavam cerca de US$ 5 milhões, numa operação que buscou disfarçar a origem dos
recursos, depois remetidos ao Brasil.
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