O
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nomeou como coordenador do Arquivo
Público do estado Fernando Padula Novaes, investigado na Operação Alba Branca,
que apura esquema de fraudes e superfaturamento na venda de alimentos para a
merenda escolar. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do estado no último
dia 21 e ele toma posse no cargo na próxima sexta-feira.
Padula
foi citado em escutas da investigação. Luiz Roberto dos Santos, ex-chefe da
Casa Civil de Alckmin, se referia a ele como "nosso homem". Em
fevereiro passado, teve os sigilos fiscal e bancário quebrados pela Justiça a
pedido da Procuradoria Geral de Justiça, ao lado de Santos e do deputado
Fernando Capez (PSDB), que é presidente da Assembleia Legislativa.
O
governo de São Paulo informou, em nota, que Fernando Padula é funcionário de
carreira do estado há 17 anos e que a Corregedoria Geral da Administração, na
primeira etapa de apurações sobre o envolvimento de servidores em fraudes, não
comprovou os fatos atribuídos a ele nas denúncias.
Fernando
Padula era chefe de gabinete da Secretaria da Educação quando surgiram as
denúncias e foi exonerado do cargo, que ocupava desde 2007.
Em
janeiro passado, seis pessoas foram presas no município de Bebedouro, no
interior do estado, na Operação Alba Branca. Segundo as investigações, a
cooperativa Coaf, surgida num assentamento do município, fornecia para 22
prefeituras e para o governo do estado.
Ex-diretores
da cooperativa confirmaram ao Ministério Público que nomes de cooperados eram
usados para desviar recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação,
que exige que pelo menos 30% dos produtos comprados para a merenda escolar
sejam adquiridos da agricultura familiar, em assentamentos de reforma agrária.
Alguns assentados descobriram notas fiscais de produtos que nunca chegaram a
plantar.
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