domingo, 25 de novembro de 2012

Saúde - Se você sofre com gases, entenda o problema e veja dicas para se livrar deste incômodo

O tema é delicado, pois provoca vergonha em muitas pessoas. Estamos falando dos gases intestinais, originários do ar que engolimos (aerofagia) ou da fermentação de restos alimentares, no intestino, pelas bactérias que normalmente o habitam. “O problema aparece, na maioria das vezes, por causa dos carboidratos não digeridos, que acabam fermentados pelas bactérias”, explica o médico gastroenterologista José Antonio Flores da Cunha, da Clínica São Vicente (Gastro Gávea), no Rio de Janeiro. Ele ressalta que a presença de gases no intestino, assim como sua eliminação por meio de ‘flatos’, é considerada normal – embora fonte de tanto desconforto e embaraço. Algumas medicações, como antibióticos que alteram a flora intestinal ou remédios para diabetes, ou mesmo o estresse favorecem o surgimento do problema.

Alimento determina odor
A pergunta que não quer calar: e o que dizer do cheirinho nada agradável desses indesejados gases? A diferença no "aroma", que pode variar de alguns praticamente inodoros a outros super malcheirosos, se deve basicamente ao tipo de alimento ingerido. “Os mais fortes são oriundos da ingestão de itens que contêm enxofre, como algumas comidas em conserva, ovos e rabanete. Mas, é bom destacar, cada caso é um caso, e há variação de resultados de acordo com o indivíduo. Vegetais como repolho, nabo e couves também costumam liberar enxofre, assim como os grãos apresentam muitos compostos sulfurosos. Importante: quando a ocorrência exagerada causa sintomas persistentes – como dor abdominal – ou coloca o sujeito em situação embaraçosa frequentemente, é bom consultar um especialista: clínico geral, gastroenterologista, nutrólogo ou nutricionista.

Intestino lento é problema
Até o metabolismo pode ter a ver com o distúrbio. Indivíduos com ritmo intestinal vagaroso e constipação tendem a permanecer mais tempo com restos alimentares no interior do órgão. Consequentemente, há maior exposição às bactérias e fermentação. O ideal é manter uma dieta balanceada, sem exagero de carboidratos e leguminosas, e com muitos itens ricos em fibras.

Alimentos que devem ser evitados:

Leite e creme de leite, Café, chá preto, chá verde e chá mate, Pães com miolo, pães muito fermentados (como panetone, caseiros e croissants), bolachas e biscoitos doces recheados, biscoitos amanteigados, Verduras e legumes fermentativos: acelga, alho cru, batata-doce, beterraba, brócolis, cebola, couve-flor, couve-manteiga, pepino, pimentão, rabanete e repolho, Frutas fermentativas: ameixa, banana nanica ou ouro, caju, caqui, goiaba com semente, jabuticaba, jaca, melancia, melão, morango e uva, Tortas e massas com muito fermento ou gordurosas, Feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico, milho e soja, Carnes gordas: acém, carneiro, costela, músculo, porco e vitela, Bebidas alcoólicas e gasosas, como água com gás, cerveja e refrigerantes, Chicletes, Condimentos: catchup, molho shoyo, molho inglês, mostarda, picles, pimenta-do-reino e pimenta-vermelha e Frituras, itens à milanesa, banha e gorduras em geral.

Alimentos que produzem menos gases:

Leite de soja, suco de soja e iogurte, Café descafeinado, Torradas, biscoitos salgados com pouca gordura, biscoito de polvilho, Pães: integral, sírio, sueco e francês sem miolo, Queijos magros (minas, ricota, cottage, mussarela), Sopas caseiras à base de carnes e legumes, Carnes magras, cozidas, assadas ou grelhadas, Verduras cozidas (agrião, almeirão, chicória, escarola, espinafre), Legumes cozidos, Frutas cruas ou cozidas, Gelatina e Temperos como azeite, limão, salsa, sal, vinagre e óleo vegetal

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Blog do Programa Atualize

Blog do Programa Atualize