Uma
multidão vermelha já lotava as imediações do monumental Estádio Azteca, na
Cidade do México, na manhã desde domingo (30). A despedida a Roberto Gómez
Bolaños, o Chaves, morto na sexta-feira aos 85 anos, foi uma festa bem à
mexicana, com coro de gritos de torcida e aplausos. Para um dos ícones máximos
do país e da América Latina, o estádio do América trocou o tradicional amarelo
das Águilas, símbolo do time local, pela cor de seu atrapalhado herói,
Chapolim.
Se
os mexicanos são conhecidos por fazer piada com a morte, o tributo a Bolaños
começou alegre, com ares de prévia de clássico de futebol. "Arriba, abajo,
arri-ba-ba. Bolaños, Chespirito, rá-rá-rá!" Era entoado com força dentro
do estádio.
Às
13:20, a chegada de Florinda Meza, viúva do comediante, deu início a cerimônia.
Fortemente aplaudida, ela chegou vestida de negro ao lado dos seis filhos. Ao
centro, uma estrutura metálica foi erguida e decorada com flores e fotos
grandes de um Bolaños jovem e em preto e branco. Um carro aberto vermelho levou
o caixão de madeira ao estádio. Fechado, protegido por uma caixa de vidro, foi
levado por todo o contorno interno do estádio, como uma volta olímpica, aos
gritos de "Chavo, Chavo, rá-rá-rá" e finalmente disposto no centro.
A
missa
Tapetes vermelhos atravessados pelo gramado levavam ao centro, e ali foi improvisado um púlpito com uma grande cruz e uma imagem de Nossa Senhora, de onde um padre deu início a uma missa em memória de Roberto Gómez Bolaños às 14h45, para cerca de 100 pessoas que tinham cadeiras dispostas ao lado da cúpula com o caixão. As arquibancadas do Azteca estavam bem esvaziadas para o sermão católico que falou da morte como um rito de passagem e que não deve ser temido. Quem ficou, rezou o Pai Nosso em voz alta.
Tapetes vermelhos atravessados pelo gramado levavam ao centro, e ali foi improvisado um púlpito com uma grande cruz e uma imagem de Nossa Senhora, de onde um padre deu início a uma missa em memória de Roberto Gómez Bolaños às 14h45, para cerca de 100 pessoas que tinham cadeiras dispostas ao lado da cúpula com o caixão. As arquibancadas do Azteca estavam bem esvaziadas para o sermão católico que falou da morte como um rito de passagem e que não deve ser temido. Quem ficou, rezou o Pai Nosso em voz alta.
Ao
final da missa, às 15:35, cerca de 100 crianças vestidas de Chaves e Chapolim e
com caixas brancas nas mãos se aproximaram do caixão. Ao som da mesma canção
melosa que repetia frases como "Chespirito gracias por siempre",
fizeram coreografias. Quando terminou a canção, soltaram pombas de dentro das
caixas. Infelizmente para Televisa, que transmitiu o evento ao vivo, a maioria
delas desistiu de voar e posou no gramado mesmo.
Para
encerrar no melhor estilo mexicano, um grupo de mariachis entrou. "Las
golondrinas", tradicional canção mexicana, foi a escolhida para acompanhar
a saída do caixão. Ele seria levado, ainda, a ombro por seis homens por uma
volta no campo, seguido das crianças, atropelando as pombas.
Mas
o público gostou do exagero, e os aplaudiu com gritos de "Chavo" mais
uma vez. No telão, o rosto em close da viúva, Florinda Meza, completou o evento
com outra marca absolutamente mexicana: o exagero melodramático. Ela
tomou uma pomba nas mãos e pela primeira vez saiu da área reservada. Atravessou
o gramado e a soltou no ar. Ainda deu tempo para brigar com os câmeras que a
seguiam muito de perto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário