Líderes
de PSDB, PPS e DEM cobraram nesta sexta-feira (12) a demissão da presidente da
Petrobras, Graça Foster, e dos demais integrantes da diretoria da estatal após
vir à tona que a cúpula da petroleira foi alertada diversas vezes sobre a
ocorrência de irregularidades em contratos da estatal. Segundo reportagem
publicada nesta sexta pelo jornal “Valor Econômico”, a ex-gerente
executiva da Diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras Venina Velosa da
Fonseca denunciou aos diretores da empresa que havia ilegalidades em contratos
e licitações.
O
jornal relata que, apesar das advertências, a direção da empresa não agiu para
conter os desvios bilionários e ainda destituiu de seus cargos os executivos
que tentaram barrar o esquema de corrupção.
“Demitir
toda a diretoria é o mínimo que se tem que fazer. Onde se mexe vem denúncia de
todo tipo, não só de [a cúpula da estatal] não ter mandado apurar, mas
perseguir e transferir quem denuncia irregularidades”, afirmou o deputado
federal Rubens Bueno (PR), líder do PPS.
Venina
Velosa da Fonseca era subordinada ao ex-diretor Paulo Roberto Costa, um dos
presos pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Após fazer as denúncias,
ela foi transferida para Cingapura, na Ásia, e, posteriormente, acabou afastada
da estatal.
“A
demissão seria a resposta mínima para esse momento independentemente se a
pessoa teve relação direta com os atos praticados. No mínimo, houve
negligência. É uma resposta moral para a sociedade”, reforçou o líder do DEM,
Mendonça Filho (PE).
Para
o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), a presidente da
Petrobras não tem mais “credibilidade” para permanecer no cargo. “Ela perdeu
completamente as condições éticas e morais [para continuar na função],
incluindo a confiabilidade interna e a credibilidade externa”, enfatizou.
Na
visão do tucano, Graça não tomou nenhuma ação efetiva para interromper
"falcatruas" na empresa. “Ela entrou [na presidência] de um tamanho e
saiu menor, porque foi omissa.”
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