O
número de doentes e de mortos na pior epidemia de ebola da história
não seria o mesmo se existisse uma vacina contra o vírus, que chega a matar 90%
dos infectados. Sem cura, o ebola já atingiu 17 mil pessoas e matou mais
de 6.000 desde que começou na África ocidental em meados de janeiro, até
chegar aos Estados Unidos e à Europa meses depois. Para
evitar uma epidemia mundial, testes iniciais da vacina se mostraram
promissores, mas a previsão é que as doses estejam disponíveis somente no ano
que vem.
A demora
em socorrer os doentes de ebola na África foi criticada mundo afora -- uma
mobilização de peso só ocorreu depois que médicos estrangeiros foram
contaminados por lá e transportados para seus países pela falta de estrutura do
pobre continente. Dada a comoção sobre os casos, os países ricos, o Banco
Mundial, e os gigantes da tecnologia Bill Gates, Google e Facebook resolveram
desembolsar bilhões de dólares e criar campanhas de arrecadação para conter o
avanço da doença, que pode ser contraída pelo simples contato com qualquer
secreção do doente, mas contida com medidas simples de higiene.
Ebola no Brasil
O
medo de contrair o ebola no contato com africanos fez os governos dos EUA, de
alguns países europeus e asiáticos e mesmo do Brasil aumentarem a fiscalização
nos aeroportos no intuito de impedir pessoas infectadas de entrarem em
seus territórios. No
Brasil, um guineano doente em Cascavel (PR) fez o Ministério da Saúde
mobilizar uma equipe de resgate que o levou até o hospital Evandro Chagas, no
Rio de Janeiro, onde ele ficou até ser confirmado o alarme falso. Os imigrantes
africanos que vivem nestes países passaram a ser alvo de preconceito.
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