A jogadora de vôlei Ana (Cássia Kiss) e seu marido Zeca (Victor Fasano), treinador do time em que ela joga, têm um casamento perfeito, mas não conseguem ter filhos, apesar dos vários tratamentos a que Ana se submete. Para realizar o sonho de serem pais, o casal contrata a jovem Clara (Cláudia Abreu) como mãe de aluguel. Moça pobre que trabalha de dia como balconista e à noite como dançarina, Clara vê na proposta uma chance de melhorar de vida. Ela encara a ideia como um simples negócio, e esconde sua decisão dos amigos e parentes. Mas quando seu segredo é revelado, sua vida se transforma inteiramente: ela termina o namoro com o caminhoneiro João (Humberto Martins) e é expulsa de casa pelo pai, o religioso Ezequiel (Leonardo Villar), que mora com a outra filha, Raquel (Sura Berditchevsky), moça que abdicou de sua vida para cuidar dele. Sem ter onde morar, Clara procura a ajuda da ex-prostituta Yara (Lady Francisco).
Com o avanço da gravidez, as relações entre Clara e Ana se complicam. Ana sofre por não viver as sensações da gestação; Clara, por sua vez, começa a se envolver com o bebê que cresce dentro dela e sofre por saber que terá de abrir mão da criança. Em meio aos conflitos, Zeca se envolve com Clara. Após o nascimento da criança, Ana e Clara passam a disputar a maternidade, e a questão é levada aos tribunais. A polêmica foi amplamente discutida na novela por meio de enquetes com o público, introduzindo a realidade na ficção – característica do trabalho de Gloria Perez.
Os personagens Molina (Mário Lago) e miss Penélope Brown (Beatriz Segall), médicos do Centro de Reprodução Humana – hospital onde se realizam experiências com bebês de proveta –, também incentivam a discussão. Ela é uma pesquisadora com ideias avançadas, dedicada à experimentação genética; ele segue a linha mais tradicional da medicina. Juntamente com Álvaro Baroni (Adriano Reys), um médico ambicioso e inescrupuloso, eles discutem ética e a técnica da inseminação artificial.
Para dar a sentença final sobre quem teria a guarda da criança, Gloria Perez contou com a assessoria de dois juízes e pediu para que eles deixassem uma brecha nas sentenças, para justificar, no texto da novela, o encaminhamento do processo em três instâncias da Justiça. Na primeira instância, Clara ganha a guarda do bebê, mas Ana recorre, e o Superior Tribunal de Justiça reconhece que ela é a mãe biológica da criança. Marca-se um terceiro julgamento, mas a autora optou por terminar a novela sem esse veredicto. Na última cena, as duas mães aparecem de mãos dadas com o filho, dispostas a encontrar uma solução, independentemente da decisão final da Justiça.
TRAMAS PARALELAS
Mentiras e traições
- O Dr. Molina (Mário Lago) e o inescrupuloso Dr. Álvaro Baroni (Adriano Reys) são grandes inimigos. Molina ajuda Tadeu (Jairo Mattos) a manter o namoro com Laura (Tereza Seiblitz), filha de seu desafeto. Baroni é casado com Aída (Renée de Vielmond) – uma mulher que sofre com as infidelidades do marido –, mas tem um caso com a médica Luísa (Nicole Puzzi). No decorrer da novela, Aída acaba se apaixonando por Tadeu e passa a disputar o amor do rapaz com a filha Laura.
CURIOSIDADES
- A sinopse da novela foi escrita em 1985, baseada em pesquisas científicas sobre inseminação artificial. Gloria Perez visitou uma clínica de reprodução em São Paulo que já fazia a experiência muito antes de o assunto virar notícia. Mas, segundo a autora, a trama foi considerada muito fantasiosa, e a história foi engavetada, até ser levada ao ar cinco anos depois. Gloria Perez tentou equilibrar a torcida do público entre Ana (Cássia Kiss) e Clara (Cláudia Abreu) pela guarda da criança fazendo com que, alternadamente, uma e outra personagem agissem com maior ou menor aprovação dos telespectadores. Mas a torcida maior era mesmo por Clara, porque ainda prevalecia o senso comum de que mãe é aquela que carrega a criança no ventre.
- A sinopse da novela foi escrita em 1985, baseada em pesquisas científicas sobre inseminação artificial. Gloria Perez visitou uma clínica de reprodução em São Paulo que já fazia a experiência muito antes de o assunto virar notícia. Mas, segundo a autora, a trama foi considerada muito fantasiosa, e a história foi engavetada, até ser levada ao ar cinco anos depois. Gloria Perez tentou equilibrar a torcida do público entre Ana (Cássia Kiss) e Clara (Cláudia Abreu) pela guarda da criança fazendo com que, alternadamente, uma e outra personagem agissem com maior ou menor aprovação dos telespectadores. Mas a torcida maior era mesmo por Clara, porque ainda prevalecia o senso comum de que mãe é aquela que carrega a criança no ventre.
- Barriga de Aluguel teria inicialmente 189 capítulos, mas ganhou mais 54 devido ao atraso da novela Salomé, que seria exibida em seguida, no mesmo horário. Foi uma das novelas mais longas produzidas pela TV Globo até então, junto com a primeira versão de Selva de Pedra (1972), que teve o mesmo número de capítulos. Irmãos Coragem, exibida em 1970, teve 328 capítulos.
- A novela foi reapresentada entre julho e novembro de 1993, em Vale a Pena Ver de Novo. Barriga de Aluguel foi exibida em mais de 30 países, entre eles Alemanha, Bélgica, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Itália, Moçambique, Peru, Rússia, Suíça e Turquia.
- A novela foi reapresentada entre julho e novembro de 1993, em Vale a Pena Ver de Novo. Barriga de Aluguel foi exibida em mais de 30 países, entre eles Alemanha, Bélgica, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Itália, Moçambique, Peru, Rússia, Suíça e Turquia.
Abertura da novela Barriga de Aluguel (1990)
Chamada da novela Barriga de Aluguel
Cena Final da novela
Primeiro Capítulo - Parte 1
A CLARA PODIA TER FICADO COM O CARLINHOS A ANA PODIA TER ADOTADO.
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