O
programa tem mais de 40 anos e muitos se perguntam: Por onde andam os
personagens Chaves, Seu Madruga, Bruxa do 71, Quico, Chiquinha, Dona Florinda,
Seu Barriga e o Professor Girafales? O Blog do Programa Atualize buscou esta
resposta no nosso quadro “Por Onde Andam?”.
Roberto Gómez
Bolaños, o Chaves: Com o fim do programa, o ator voltou a
trabalhar como produtor e roteirista. Com a peça “11 y 12”, de sua autoria e
com a participação de sua mulher, Florinda Mezza, a d. Florinda, ficou em
cartaz no teatro durante oito anos. No cinema, foi produtor dos longas “La
Ultima Llamada” e “La Primera Noche”. Ele também escreveu três livros: “O
Diário de Chaves”, “...E também poemas” e sua biografia “Sem querer querendo:
Memórias”. Além disso, são dele as histórias da animação baseada em “Chaves”.
Ramón
Valdés, o Seu Madruga: No seriado original, seu personagem se chamava Don Ramón, mas no Brasil, a
tradução foi Seu Madruga. Sua carreira teve início na Era de Ouro do
Cinema Mexicano, junto com seus irmãos Manuel "El Loco" Valdés e Germán
ValdésTin Tán. Seu personagem alcançou o status de ícone da cultura
popular em grande parte da América Latina. Ramón foi um veterano no
cinema, trabalhou em mais de 50 filmes, nos quais destacam-se "Calabacitas
tiernas" (1948), "El rey del barrio" (1949), "Soy Charro de
Levita" (1949), "La marca del Zorrillo" (1950), "Fuerte,
audaz y valiente" (1960) e "El capitán Mantarraya" (1969). Embora
tenha dedicado a maior parte de seu trabalho ao cinema, a carreira de Ramón
atingiu seu ápice na TV, com El Chavo del Ocho. As pessoas que conviveram
com Ramón Valdés afirmam que ele era, além de muito talentoso, uma pessoa de
personalidade forte, mas divertida e atenciosa. Roberto Bolaños chegou a dizer
que ele foi o único comediante que já o fez “morrer de rir”. Apesar da fama e
reconhecimento também, em 1979, Valdés se retirou dos programas de
Chespirito. Há rumores de que isto foi produto de divergências sobre os
salários, enquanto outros afirmam que as diferenças pessoais entre colegas de
trabalho foram ficando mais fortes. Em uma entrevista, Esteban Valdés, filho do
ator, declarou que a saída de seu pai foi porque Florinda Meza ―mulher de Gómez
Bolaños― queria o controle total sobre o programa. No início da década
de 1980, um tumor maligno foi descoberto em seu estômago, Ramón
Valdés era um fumante muito ativo, não largando o vício nem mesmo quando
permaneceu internado. No dia 9 de agosto de 1988,
faleceu aos 64 anos de idade, devido a um câncer de estômago que se
espalhou pelo corpo e atingiu a sua coluna vertebral.
Carlos
Villagrán, o Quico: Carlos deixou o programa em 1978 por causa de desavenças com
Bolaños e se estabeleceu na Venezuela, onde podia atuar como Quico sem ter
problemas com direitos autorais- Bolaños detém os direitos do personagem no
México. No país, continuou a dar vida ao personagem protagonizando os
programas “Federrico” e “Las nuevas aventuras de Federrico”. De volta ao
México, ele mudou a grafia do nome de seu personagem e estrelou “Ah, que Kiko!”
e “El circo de Monsieur Cachetón”. Sem muito sucesso na TV, Carlos criou um
circo e rodou a América Latina fazendo esquetes. Em 2010, resolveu aposentar o
personagem: “Não voltarei mais a fazer show porque tenho outras coisas e
projetos em mente. E planejo me dedicar mais a minha família".
Maria
Antonieta de Las Nieves, a Chiquinha:Depois do fim de
“Chaves”, ela continuou fazendo sucesso como Chiquinha no programa “Aqui está
la Chilindrina”, que apesar ter tido apenas 20 episódios ficou no ar com
reprises durante cinco anos. Ainda na onda do sucesso do programa, Antonieta
lançou um filme com Chiquinha como estrela. Em 1995, ela adquiriu os direitos
da personagem quando Bolaños esqueceu de renová-los. Por causa disso, os
dois iniciaram uma disputa judicial por Chiquinha, que teria sido retomada
em 2010. O filho de Bolaños nega, apesar de Antonieta ter declarado que as
disputam continuam. Em 2006, depois de atuar na novela infantil “Sonhos e
Caramelos”, encerrou as atividades de seu circo, que rodava a América Latina
desde 1976. Voltou às novelas em “Amar de Nuevo” em abril de 2011.
Florinda Meza
Garcia, a Dona Florinda: Nascida e criada na cidade de Juchypila, no
estado de Zacatecas, México, teve uma infância difícil: Com a separação de seus
pais, que não puderam ficar com os filhos por serem muito pobres, teve de ser
criada junto com os irmãos pelos avós, mas eles eram pouco cuidadosos e faziam
ela e os irmãos sofrerem necessidades e humilhações. Isso desencadeou em
Florinda uma personalidade forte e determinada a mudar sua situação de vida.
Ao perceber seu grande talento, professores passaram a mandar o nome dela para
grandes empresas no ramo artístico e eis que em 1971 ela conhece o empresário e ator Roberto Gómez Bolaños,
que lhe fez um inesperado convite: Integrar-se à sua esquipe de atores. No elenco de atores, conheceu Carlos Villagrán e em pouco tempo que entrou para a companhia, passou a
namorar com ele, chegando até a noivar. Após alguns anos juntos, se separaram. Após um tempo, em 1977,
ela e Bolanõs assumiram que estavam juntos e que iam morar juntos. O relato foi
dito numa viagem que fizeram ao Chile com o elenco de atores para participar
de mais uma gravação na tv. Dizem que graças à paixão por Florinda, Roberto
Gómez Bolaños e Carlos Villagrán deixaram de se falar e não mantiveram nenhum
contato por 20 anos. Como produtora, Florinda
Meza produziu na Televisa as novelas: "María de nadie" (1985),
"Milagro y Magia" (1991, também atuou), "La Dueña" (1995) e
"Alguna Vez tendremos alas"(1997). Também atuou por mais de oito anos
consecutivos no sucesso teatral "11 y 12" - mais uma vez ao lado do
marido. Hoje em dia ainda é atriz, cantora, diretora e escritora, porém
se dedica mais à sua vida com Bolaños, já que agora o casal por ter mais idade
se tornou mais reservado.
Angelines
Fernández, a Bruxa do 71: A atriz Angelines Fernández nasceu em Madri, na Espanha, chegou a
lutar nas guerrilhas contra o ditador Francisco Franco, durante a Guerra Civil
Espanhola. Deixando seu passado combatista para trás e fugindo da perseguição
na Espanha, Angelines foi para o México em 1947. Em seu novo país, conheceu o
mundo do teatro e conheceu Roberto Gómez Bolaños, criador e protagonista de
Chaves. Assumindo o papel de Dona Clotilde, ou a famosa Bruxa do 71, se
estabeleceu como grande personagem do seriado cômico, além de esquetes no
programa Chespirito e também em filmes do cinema mexicano. Poucos sabem, mas
Angelines era considerada uma das mulheres mais bonitas do México. Faleceu no
dia de 25 de março de 1994, aos 71 anos de idade, que é uma
grande coincidência, pois sua personagem era a "Bruxa do 71", vítima
de câncer de pulmão. Angelines foi a terceira do elenco do Chaves a
morrer, depois de Ramón Valdez, que interpretava o personagem Seu
Madruga e Raúl Padilla, que interpretava o personagem Jaiminho, o
carteiro. A atriz sofria de depressão. Na década de 1990 fumava 2 maços de
cigarro por dia.
Edgar Vivar, o
Seu Barriga: O ator foi o único que continuou a carreira
atuando em papéis diferentes do vivido no programa que lhe consagrou. Fez
quatro novelas, sendo a mais recente “Para volver a amar” em 2010, dublou um
curta de animação chamado “El show de vampiro” e fez pequenas participações nos
filmes “Bandidas” e “O orfanato”. Em 2008, fez uma cirurgia de redução do
estômago e já perdeu mais de 70kg.
Rubén Aguirre,
o Professor Girafales: Com o fim do programa, o ator continuou trabalhando com Maria
Antonieta de Las Nieves produzindo a série “Aqui está la Chilindrina”.
Continuou como ator trabalhando em novelas até 2004 e se apresenta como
Girafales em seu circo até hoje. Depois de sofrer um acidente grave em 2008,
alguns jornais mexicanos noticiaram que Rubén estaria falido por causa das
despesas médicas, mas o ator desmentiu tudo em entrevista: “Não tenho luxos,
mas não estou falido”.
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