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A Sombra de Rebecca |
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Amor com Amor se Paga |
Atriz
do mítico Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Yoná Magalhães, quem
diria?, entrou para a vida artística por acaso, apenas para ajudar a família
quando o pai ficou desempregado. “Eu tinha que ajudar de alguma maneira, não
sabia muito como, queria continuar os meus estudos. Gostava de brincar de
teatro, essas coisas que todo mundo faz. Então eu digo: ‘Quem sabe não é por
aí, né?’ Fui fazendo pequenas pontas, pequenos papéis, isso em meados da década
de 1950, até que consegui um contrato com a Rádio Tupi”. Yoná Magalhães
Gonçalves nasceu no dia 7 de agosto de 1935, no Lins de Vasconcelos, subúrbio
do Rio de Janeiro. Depois de sua passagem pelo rádio, teve a primeira chance de
estrelar uma telenovela, convidada por Antônio Leite – ainda antes do advento
do videoteipe. Em seguida, participou de novelas e do Grande Teatro da
TV Tupi e excursionou pelo Brasil com as peças O Amor é Rosa Bombom e Society
em Baby-Doll, em 1962, com a companhia de André Villon e Ciro Costa.
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Roque Santeiro |
Durante a turnê teatral, conheceu e se casou com o produtor Luis Augusto Mendes
e foi morar na Bahia. Em Salvador, participou com o grupo A Barca, formado por
ex-alunos da Escola de Teatro, doGrande Teatro, na TV Itapoã, sob a direção de
Luiz Carlos Maciel. Também atuou no filme de Glauber Rocha, um marco do Cinema
Novo: “Eu não estava engajada em nada, eu não consegui perceber a grandeza
daquela obra, não consegui perceber o significado. Também ninguém esperava que
fosse o que foi”. De volta ao Rio em 1964, continuou trabalhando em teatro,
chegando a montar sua própria companhia, com a qual encenou O Pecado
Imortal e Os Inimigos Não Mandam Flores, de Pedro Bloch.
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Tieta |
Yoná
Magalhães fez parte do primeiro elenco da TV Globo. Contratada em 1965,
protagonizou a novela Eu
Compro Esta Mulher (1966), de Glória Magadan, onde formou o primeiro
par romântico de sucesso da emissora com o ator Carlos Alberto. “A audiência
deu um pulo astronômico. Eu não sei bem esse mistério da dupla romântica, mas
na época causava grande frisson. A identificação era muito grande, porque
aquela dupla continuava, então aquilo era de verdade”. A atriz trabalhou ainda
em outras novelas da mesma autora, como O
Sheik de Agadir (1966), A
Sombra de Rebecca (1967), O
Homem Proibido (1968), A
Gata de Vison (1968/1969), quando contracenou com Tarcísio Meira, e A
Ponte dos Suspiros (1969).
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Meu Bem Meu Mal |
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A Próxima Vítima |
Ela
e Carlos Alberto se transferiram para a Tupi de São Paulo, em 1971, para
participar de Simplesmente Maria, dirigida por Walter Avancini. No ano seguinte,
já de volta à Globo, atuou em Uma
Rosa com Amor, de Vicente Sesso, em que disputava com Marília Pêra as
atenções de Paulo Goulart. Depois, juntou-se a Tarcísio Meira, Glória Menezes,
Francisco Cuoco em O
Semideus (1973), de Janete Clair, sob a direção de Daniel Filho e
Walter Avancini. Em Espelho
Mágico (1977), de Lauro César Muniz, interpretou Nora Pelegrini, uma ex-estrela
que amargava papéis coadjuvantes; e em Sinal
de Alerta (1978), de foi a jornalista Talita, proprietária da Folha do
Rio, jornal que lidera uma campanha contra a deterioração do meio ambiente. No
final da década de 1970, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou na TV Tupi,
atuando na novela Gaivotas (1979), de Jorge Andrade, e na
Bandeirantes, participando das novelas Cavalo Amarelo (1980), de
Ivani Ribeiro, Os Imigrantes (1981), de Benedito Ruy Barbosa, Wilson
Aguiar Filho e Renata Palottini, e Maçã do Amor (1983), de Wilson
Aguiar Filho. De volta ao Rio e à Globo em 1984, viveu a americanófila Maria
das Graças – ou Grace –, em Amor
com Amor se Paga, de Ivani Ribeiro.
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A Padroeira |
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Vila Madalena |
No
ano seguinte, esteve no elenco de uma das novela de maior sucesso da história
da emissora: Roque
Santeiro, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Nela, interpretou a Matilde,
dona da boate onde trabalham as dançarinas Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Isis
de Oliveira). “Eu falava: ‘Pô, não podia também cantar um pouco? Eu danço um
bocadinho...’. E aí começou aquela coisa: ‘Ih, a Yoná, olha a Yoná está de
malha, olha a perna!’. Enfim, aconteceu o nunca esperado por ninguém, nem por
mim, que foi o convite da Playboy para fotografar. Por causa da Matilde do Roque
Santeiro, você vê? Foi uma coisa espantosa para as pessoas, mas eu já sabia
que eu tinha perna há muito tempo”. A seguir, participou da novela O
Outro (1987), de Aguinaldo Silva, na qual viveu outra personagem
exuberante, a Índia do Brasil.
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Senhora do Destino |
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Paraíso Tropical |
Nos
anos 1990, atuou em quatro novelas de Walther Negrão: Despedida
de Solteiro (1992), Anjo
de Mim (1996), Era
uma Vez... (1998) e Vila
Madalena (1998). Em Senhora
do Destino (2004), de Aguinaldo Silva, foi Flaviana, sogra de Giovanni
Improtta (José Wilker). Em Paraíso
Tropical (2007), de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, deu vida à
ex-vedete Virgínia, mulher do malandro Belisário Cavalcanti (Hugo Carvana), com
quem praticava pequenos golpes. Atuou ainda em Negócio
da China (2008), de Miguel Falabella, e Cama
de Gato (2009), de Thelma Guedes e Duca Rachid. Em 2013, interpretou a
decadente socialite Glória Paisem Sangue
Bom. A
atriz participou também de importantes minisséries da Globo, como Grande
Sertão: Veredas (1985), adaptada da obra de Guimarães Rosa por Walter
George Durst, e Engraçadinha...
Seus Amores e Seus Pecados (1995), adaptada da obra de Nelson
Rodrigues por Leopoldo Serran, e atuou em diversos seriados, entre os quais a
segunda versão de Carga
Pesada e Tapas
& Beijos.
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Sangue Bom |
De
sua carreira no teatro, a atriz destaca as montagens de Terror e Miséria,
de Bertolt Brecth; Os Físicos, de Durremat; Os Inimigos Não
Mandam Flores, de Pedro Bloch; Balbina de Inhansã, de Plínio Marcos; Vestido
de Noiva, de Nelson Rodrigues; Mulher Integral, de Carlos Eduardo Novaes; Falcão
Peregrino, de Vicente Pereira; Vagas para Moças de Fino Trato, de Alcione
Araújo; A Partilha, de Miguel Falabella; e O Milagre da Santa,
Vicente Pereira. No cinema, além de Deus e o Diabo e de uma versão de Society
em Baby-Doll, dirigida por Waldemar Lima e Luiz Carlos Maciel, atuou ainda em Alegria de
Viver (1958), de Watson Macedo, e Pista de Grama (1958), de
Haroldo Costa.
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