segunda-feira, 15 de julho de 2013

Entrevista: José Augusto


José Augusto nasceu no Rio de Janeiro no dia 16 de agosto de 1953. Aos 8 anos começou a estudar piano, harmonia e solfejo no conservatório nacional de música do Rio de Janeiro. A carreira do cantor e compositor começou em 1972, quando ele levou uma fita de suas músicas à então gravadora EMI. De lá pra cá foram grandes sucessos, e José Augusto é hoje um dos maiores cantores da música brasileira.

E gentilmente, ele parou para bater um papo com o Blog do Programa Atualize:

Programa Atualize: Quando e como a música entrou na sua vida?
José Augusto: Aos oito anos, ouvia minha mãe  tocando piano. Toda a minha a minha influencia veio dela.

PA: Quando você começou na carreira de cantor, algumas gravadoras rejeitaram o seu projeto. Em algum momento pensou em desistir?
J.A -  Pensei em desistir toda vez que voltava para a casa com uma resposta  negativa. No dia seguinte estava tudo esquecido, e o meu sonho continuava. 

PA: Em 1973, você lançou seu primeiro disco que tinha as músicas "De Que Vale Ter Tudo Na Vida" e "Eu Quero Apenas Carinho". Em seguida, você lançou "Luzes da Ribalta", sucesso que alcançou a marca de cinco milhões de cópias em diversos países. Como foi essa época?
J.A:  Época feliz e complicada. Feliz pela conquista. Complicada, porque eu sabia que nada seria como antes. Eu acabava de me tornar um  artista, que precisava me preocupar com a carreira no Brasil, e em outros países com o idioma espanhol.            

PA: Você compôs algumas músicas para diversos cantores brasileiros, como por exemplo, Alcione, Simone e Chitãozinho e Xororó. Como que você compõe as suas músicas?
J.A: Faço música pensando em como seria se eu fosse gravar. Quando eu gosto quando canto, neste momento, está pronta para quem me pediu canção.

PA: Você sofreu alguma influência, seja familiar ou de amigos, para seguir essa carreira musical?
J.A: As influências vieram da minha família inteira, dos meus amigos de escola, inclusive do Paulinho do grupo Roupa Nova. Estudamos na mesma sala durante cinco anos. Vieram também dos Beatles, e da jovem guarda, com Roberto, Erasmo, Renato e seus Blue Caps,  entre vários outros.  
  
PA: Com mais de 20 anos de carreira, tendo conquistador diversos prêmios, ainda falta realizar algum sonho?
J.A: Me sinto satisfeito e agradecido, mas não realizado. Ainda tenho muito para sonhar, todos os sonhos  que eu puder ter. E são eles, os sonhos, que nos motivam e ajudam a seguir para qualquer coisa na vida.

PA: Você percebe uma diferença da música dos anos 80 e 90, época em que você fez sucesso, para a música dos dias de hoje?
J.A: Existe diferença na forma de cantar e compor. Na de cantar, ficou mais aguda, e na forma de compor, tem mais ritmo. O resto é quase o que eu, e muitos outros já fez. 

PA: Qual o momento mais marcante da sua carreira?
J.A: O dia que eu recebi da gravadora o meu primeiro disco em 1973. Esse vai ser sempre o dia mais marcante da minha carreira. Pois foi nesse dia, que um sonho se realizou.                      

PA: Eu gostaria de saber qual é o seu ídolo na música?
J.A: Billy Joe Thomas, ou melhor, BJ.THOMAS, Roberto Carlos,  e o movimento da jovem guarda com Wanderleia, Erasmo,  e Beatles.  

PA: Como que é para você, lidar com o mundo digital, já que hoje a internet é um dos principais campos de divulgação dos cantores?
J.A: Tenho tentado ficar sempre “antenado” no que acontece nas redes sociais, e etc. A tecnologia hoje me ajuda muito, inclusive a compor. No mais, tenho pessoas capacitadas que sabem e entendem melhor do que eu do assunto, inclusive na divulgação do meu trabalho  utilizando essa ferramenta. Pessoalmente, utilizo pouco. Mais esse pouco, sempre me ajuda muito.  

PA: Você já fez aulas de canto ou de instrumentos?
J.A: Não. Fiz aulas de musica solfejo, teoria piano, e dicção.   

PA: Quais são os seus planos para o futuro?
J.A: Já começaram. Estou compondo músicas novas e pretendo gravar um disco inédito ainda esse ano, se houver tempo.

PA: Consagrado no mercado latino e no cenário nacional, você lançou no início da década de 90 a música “Aguenta Coração”, que foi tema de abertura da novela Barriga Aluguel. Como que foi o sucesso dessa música? E muita gente, te conhece por causa dela também, não é?
J.A: Pode ser que muita gente lembre-se de mim pela canção “Aguenta Coração”, ela permaneceu quase 1 ano em primeiro lugar. Mas existem outras tão importantes quanto como, “Sábado”,  “Fantasia”, “Chuvas de Verão”,  “De Igual Para Igual”, “Fui Eu”, “Minha História”, “Sonho por Sonho”,  entre outras.

PA: Você também teve outras músicas como tema de novela: Querer É Poder (gravada com a Xuxa para Sonho Meu), "A noite mais linda" (Tema da novela O Mapa da Mina), "Bate coração" (Tema da novela De Corpo e Alma), "Te Amo" (Tema da novela Torre de Babel), “Por eu ter me machucado" (Tema da novela A Indomada) e “Estória de Nós Dois” (em Avenida Brasil). Como é para você ter vários sucessos em novelas?
J.A: Eu sempre gostei de associar a minha música, e minha carreira a pessoas ou fatos importantes, e as telenovelas são muito importantes no Brasil. Que bom poder estar em tantas mostrando a minha música. 

PA: Em 2001, você lançou o projeto "De Volta Para o Interior" com gravações de sucessos da música regional. Como surgiu esse projeto?
J.A: Foi uma ideia do Claudio Rabelo que é produtor e um grande compositor, junto com Marcos Maynard, na época diretor da gravadora. Achei muito bom poder cantar outro tipo de melodia colocando a minha marca. 

PA: Você, depois do rei Roberto Carlos, é o artista brasileiro que mais vendeu discos na América Latina. Como você vê isso?
J.A: São muitas emoções (risos)

PA: Você se arrepende de alguma coisa na sua carreira? Faria algo diferente?
J.A: Sim, mudaria muita coisa. Não na música, mas na organização da minha carreira, que hoje tem um rumo bem diferente. Tenho uma estrutura bem montada, e tudo coordenado por uma equipe competente, dirigida pelo meu manager Luciano Cougil. 

PA: O que significa a música para você? Qual a sua motivação para cantar?
J.A: Eu já disse muitas vezes, que o palco é minha casa, e a musica, a minha vida.

PA: Como você lida com o assédio dos fãs? Já aconteceu alguma coisa fora do comum?
J.A: Normal. Respeitando pra ser respeitado, tratando com carinho e dando atenção, sempre.


Obrigado pela Entrevista!

Aguenta Coração

A Minha História

Fantasias e Sábado

Sonho Meu (com Xuxa)

Luzes da Ribalta

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Blog do Programa Atualize

Blog do Programa Atualize