segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Especial Novelas: Passione (2010)


Novela contemporânea ambientada em São Paulo, Passione juntou melodrama, comédia e ação policial em uma história cuja trama principal gira em torno de um homem apaixonado traído pela mulher. As subtramas desenvolvidas na novela também abordam a força da paixão na vida das pessoas. A história tem como eixo dois personagens: a empresária Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) e o italiano Antonio Mattoli, o Totó (Tony Ramos), mãe e filho que desconhecem a existência um do outro. Bete é uma mulher forte e generosa, que ajudou o marido Eugênio (Mauro Mendonça) a construir o seu império, a Metalúrgica Gouveia, especializada na fabricação de bicicletas. A “Magrela”, bicicleta popular mais vendida no Brasil, é o principal produto da empresa, que também produz a sofisticada “Skinny”, considerada uma das melhores do mundo. Bete e Eugênio são pais de Saulo (Werner Schünemann), Gerson (Marcello Antony) e Melina (Mayana Moura).


Saulo, o filho mais velho, é diretor da metalúrgica, casado com Stela (Maitê Proença) e pai de Danilo (Cauã Reymond), Sinval (Kayky Brito) e Lorena (Tammy Di Calafiori). Ele almeja a presidência da empresa, mas não tem talento para os negócios, além de tomar atitudes intempestivas, movidas pela emoção e pela falta de sensatez. Saulo guarda rancor do pai, que resiste em colocá-lo no novo cargo. Preocupado apenas com sua carreira, não é bom marido, tampouco bom pai, sendo constantemente rude e agressivo com todos, inclusive com sua família. Gerson, o segundo filho de Bete e Eugênio, nunca se interessou em ocupar uma função de executivo na empresa, tendo se transformado em um campeão de corridas de Stock Car. Por meio da metalúrgica, organiza eventos e campeonatos de ciclismo. O esporte é praticado pelos sobrinhos Danilo e Sinval, que, para dissabor de Saulo, veneram o tio, de quem são muito próximos. Saulo vive criticando Gerson por seu espírito aventureiro e por sua suposta falta de responsabilidade, queixando-se por achar que, embora tenha se dedicado anos a fio à indústria da família, nunca recebeu dos pais o mesmo reconhecimento e o mesmo carinho que o irmão.

A caçula da família é Melina, jovem estilista dos produtos para ciclistas criados com o nome da empresa. Desde criança, ela é apaixonada por Mauro (Rodrigo Lombardi), filho de Diógenes (Elias Gleizer), o chofer da família. Ele, no entanto, gosta dela como de uma irmã. A mãe de Mauro morreu cedo, e ele foi criado como um filho pelos Gouveia, por quem tem enorme gratidão e respeito. Mais equilibrado e inteligente do que os filhos dos patrões, Mauro sempre foi muito esforçado e passou a ocupar um cargo importante na Metalúrgica, adquirindo a confiança de Bete e a inveja de Saulo. No início da trama, ele conhece a jornalista Diana (Carolina Dieckmann) e logo se apaixona. Mas a jovem fica dividida entre ele e Gerson e opta pelo segundo, com quem se casa. Os dois passam a morar juntos na mansão, o que obriga Mauro a fazer um grande esforço para conviver com o novo casal. Na casa da família Gouveia também moram os pais de Eugênio, os idosos Brígida (Cleyde Yáconis) e Antero (Leonardo Villar). Dona Brígida, que vive implicando com a nora, é uma mulher ativa, irônica e muito divertida, que está sempre discutindo com o marido por conta de ciúmes e mágoas antigas. Seu Antero, por sua vez, já começou a dar sinais de caduquice, sendo repreendido o tempo todo pela esposa.

Adamo (Germano Pereira) e Alfredo (Miguel Roncato) trabalham com o pai e a tia Gemma na lavoura. Agnello tem sonhos de grandeza e pensa em morar em uma cidade maior. Agostina, casada e mãe do pequeno Dino, voltou para a casa do pai quando o marido Berilo (Bruno Gagliasso), cansado da vida difícil que levavam e sem querer pedir ajuda ao sogro, resolveu tentar a vida no Brasil. A princípio, ele escrevia todas as semanas, depois as cartas foram deixando de chegar, até não se ter mais notícias dele. Totó acha que o genro arrumou outra mulher no Brasil, mas Agostina espera ansiosa por notícias e tem ímpetos de viajar com o filho em busca do marido. Ninguém desconfia, mas as cartas escritas por Berilo foram interceptadas pelo carteiro Mimi (Marcelo Médici), que é apaixonado por Agostina e tem esperanças de que ela esqueça o marido para ficar com ele. Mimi mora na cidade com o tio, o velho sapateiro Benedetto (Emiliano Queiroz), que vive reclamando do irmão Giovanni por ele ter roubado seu dinheiro e ido embora para o Brasil. Fred consegue conquistar a confiança de Totó com a ajuda de Clara, que se insinua para o italiano, fingindo ser uma boa moça, ingênua e apaixonada. A dupla de vilões faz-se passar por irmãos para enganar Totó, que, cada vez mais apaixonado, dá plenos poderes para que Fred cuide de seus interesses. Totó ainda consente em que Agnello e Agostina viajem ao Brasil junto com Fred, que, a princípio, hospeda os dois na casa de sua mãe, no Tatuapé. Depois, Fred convence Agnello a comprar um carro e um apartamento no nome do pai e passa a usufruir dos benefícios. Paralelamente, ele surpreende os Gouveias apresentando-se como o procurador nomeado por Totó. Gemma é a única da família a não acreditar na dupla de golpistas, desconfiando das reais intenções de Clara em relação ao irmão. Para ela, Clara é um demônio.

A revelação de Eugênio causa uma grande reviravolta na vida de Bete e de sua família. A matriarca dos Gouveias não consegue acreditar que ficou casada com um homem que, durante 55 anos, mentiu para ela. Todos os anos ela visitava o túmulo do suposto filho morto, cultivando a dor por sua perda, e o marido sempre sustentou a mentira. Bete tenta se aproximar do filho, mas é muito mal recebida por ele e Gemma. Por mais que ela conte sua história, ambos acreditam que ela se desfez propositalmente de Totó e que agora está interessada apenas em sua parte na herança. Tanto Bete quanto Totó são enredados nas intrigas de Fred, que faz tudo para evitar que os dois se encontrem. Fred se infiltra na Metalúrgica como representante de Totó e passa a ocupar um cargo na empresa, despertando a cobiça de Saulo, que não só não passou a ocupar a presidência da companhia após a morte do pai, como foi obrigado a aceitar que Mauro, a pedido de Bete, assumisse o cargo. A matriarca o escolheu para suceder o marido por considerá-lo mais preparado para a função. Ao perceber o caráter de Saulo, Fred se alia a ele, e os dois tramam para tirar Mauro e Bete do comando da Metalúrgica, inclusive boicotando um projeto de Mauro. Saulo, enfim, consegue ocupar a presidência da empresa.

Clara, por sua vez, após ter inventado para Totó que tinha um noivo no Brasil, volta a trabalhar na mansão dos Gouveias, desta vez como enfermeira de Brígida e Antero. Gananciosa, ela rouba joias de Bete e faz a culpa recair sobre a governanta Olga (Débora Duboc), que vai presa. A vilã já havia feito o mesmo com um empregado de uma casa onde trabalhou anteriormente. Não foi à toa que a jornalista Diana ficou preocupada ao ver Clara trabalhando na casa dos Gouveias: a falsa auxiliar de enfermagem trabalhava na casa da mãe de Cris (Gabriela Carneiro da Cunha), amiga com quem Diana divide um apartamento, quando tentou incriminar o jardineiro e a própria Diana pelo roubo de uma carteira. A história se repete na mansão: querendo afastar Diana de seu caminho, Clara arma um flagrante no apartamento das meninas e faz uma denúncia anônima à polícia. Cris e Diana são levadas à delegacia para prestar esclarecimentos. A semelhança dos episódios e a desconfiança em relação à enfermeira fazem com que Diana conclua que Clara continua querendo prejudicá-la, e a jornalista não descansa até provar sua inocência para a família Gouveia, desmascarando a vilã. Ao mesmo tempo, Diana também consegue provar que Olga foi presa injustamente, e a governanta é readmitida na casa, enquanto Bete expulsa Clara da mansão. Por falta de provas, porém, Clara não é presa. Olga, que já havia visto Fred com Clara, conta a todos que a vilã tinha um cúmplice.

Ao tomar conhecimento das atitudes de Clara, Fred fica temeroso de que descubram a relação dos dois e rompe com ela. Mas não consegue evitar que Olga o identifique para a família, levando Bete e Mauro a investigarem sua vida. Abandonada por Fred e sentindo-se acuada, Clara volta à Toscana e, usando todo seu poder de convencimento, faz Totó acreditar que ela o ama, e os dois se casam. Por causa dela, o italiano, pela primeira vez, confronta Gemma, que não se conforma com a união, antevendo desgraças na família.
Casada com Totó e morando no sítio da família Mattoli, Clara, simulando boa vontade, atiça o marido contra Gemma e faz o que pode para desagregar a família, sem que ninguém desconfie de suas intenções. Agnello, Agostina e Dino, a essa altura, já estão no Brasil. O filho mais novo de Totó, Alfredo, não é uma ameaça para Clara, e ela consegue fazer com que Gemma saia de casa. Clara ainda estimula Adamo a reatar o namoro com a jovem garota de programa Francesca (Marcella Valente), sua antiga paixão, que ele renegou por imposição do pai. A determinação de Adamo em ficar com Francesca faz Totó romper temporariamente com o filho mais velho. Francesca, a princípio, aceita participar do plano de Clara, mas apaixona-se realmente por Adamo ao perceber sua pureza. Agindo sempre com dissimulação, Clara consegue a assinatura de Totó e, com a ajuda de um advogado desonesto, forja um falso testamento que passa praticamente todos os bens do italiano para o seu nome. A vilã prepara uma armadilha para matar Totó, colocando fogo no celeiro, mas, na última hora, arrepende-se e o salva. Todos atribuem o incêndio à máfia italiana, com quem Totó se indispôs no início da trama. Adamo resolve denunciar os mafiosos e, tempos depois, ocorre um novo incêndio no sítio, que, dessa vez, destrói-o por completo. Morando sozinho com Francesca no sítio, Adamo sofre as ameaças da máfia, e Francesca, para forçá-lo a ir embora para o Brasil, inventa que nunca deixou de ser garota de programa. Francesca, na verdade, quer salvar o amado e, como não tem como acompanhá-lo porque seus documentos não estão regularizados, faz Adamo pegá-la em fragrante com um ex-cafetão. O filho mais velho de Totó fica arrasado e deixa a Itália para se juntar à família no Brasil. O casal só volta a ficar junto no final da novela, após um enorme esforço de Francesca para convencê-lo de seu amor. A nova convivência de Totó com Clara culmina no reatamento da relação, já que o italiano nunca conseguiu se livrar da paixão que sente pela jovem. Os dois voltam a viver como marido e mulher. Ao mesmo tempo, Clara começa a ser assediada por Diogo (Daniel Boaventura), cantor da cantina, que se mostra interessado na empregada. O que ela não desconfia é que Diogo está mancomunado com Olga e seu namorado, Talarico, para desmascarar a vilã e fazê-la voltar à cadeia. Olga não se conforma por ter ido presa no lugar de Clara no episódio do roubo das joias de Bete e armou um plano para se vingar.

A princípio, Clara continua a fazer o papel de mulher honesta e foge das investidas de Diogo, sustentando que mudou de verdade. Mesmo os telespectadores não têm certeza se a personagem está sendo sincera. Mas depois que ela e Totó finalmente conseguem a guarda de Kelly, a vilã volta a ser o que era. Ela não só passa a se relacionar com Diogo, como arma um plano, com a ajuda do amante, para matar Totó. O cantor se mostra cada vez mais envolvido por Clara, deixando Olga e Talarico convictos de que ele se apaixonou pela vilã e, por isso, o que haviam planejado foi por água abaixo. Uma das cenas que revelam que Clara continua a ser a mesma mostra-a na casa da avó, agredindo a si própria, para depois culpar Valentina. Mais um teatro armado pela impostora para impressionar Gemma que, assim como Bete e Felícia, não se convenceu de sua mudança.

Mauro e Bete descobrem o desvio de dinheiro praticado por Saulo, mas, a essa altura, a conta na Suíça já fora fechada por Fred, e eles não têm como regularizar a situação fiscal da Metalúrgica, que precisa daquela quantia de dinheiro para não ter grandes prejuízos. Ao saber que Noronha (Rodrigo dos Santos), um dos diretores da empresa, era cúmplice de Saulo, Mauro o pressiona e, desesperado, ele invade a sala do presidente da Gouveia com uma arma. Mauro tenta desarmá-lo, os dois se engalfinham, e a arma dispara, matando Noronha. Melina, que assistia a tudo, entra em estado de choque. Mais tarde, ela chantageia Diana no dia do casamento da jornalista com Mauro, mandando-a se afastar dele sob a ameaça de dizer à polícia que a morte de Noronha não foi acidental e que Mauro é culpado. Temerosa pela sorte do amado, que pode ser preso, Diana desiste de se casar com Mauro, que fica arrasado. Durante um bom tempo, ela sustenta a mentira de que não quer mais saber dele.

Clara e Valentina voltam a se encontrar, dessa vez na prisão. A cafetina, com a ajuda de um advogado arranjado por Totó – a pedido de Kelly –, havia conseguido sair da cadeia quando foi presa pela primeira vez. Mas, fazendo-se de arrependida, a avó atraiu a neta mais nova para outra armadilha, tentando vendê-la novamente, e foi pega de novo. Embora não se suportem, Clara e Valentina se unem em um plano de fuga, usando a boa vontade de Kelly. Clara consegue fugir, mas deixa a avó para trás. Em sua fuga, passa na cantina onde trabalhou e, sem que ninguém a veja, sequestra a funcionária Ednéa (Priscila Assum) e tenta fugir do país pela fronteira. O carro em que está capota e explode, e a vilã é dada como morta. No último capítulo, porém, ela aparece viva em uma praia do Pacífico, vestida de enfermeira e cuidando de um idoso. Foi Ednéa quem morreu em seu lugar. A essa altura, Fred já tinha sido condenado pela morte de Saulo, já que a faca usada no assassinato, manchada de sangue, foi encontrada atrás de sua geladeira. Um cartão de Clara endereçado a Fred na prisão e cenas de flashback esclarecem tudo: foi ela quem matou Saulo e deixou a arma do crime no apartamento do ex-cúmplice. Clara conseguira o emprego na casa dos Gouveias por intermédio de Saulo, que fornecia a ela o remédio que ela deveria ministrar ao pai dele e que acabou por matá-lo. Saulo, na realidade, era pedófilo e abusava de Clara quando ela era uma criança, sob a anuência de Valentina, que trabalhava como empregada na mansão. Clara cresceu, e os dois continuaram mantendo uma relação. A vilã o matou por vingança, e Fred, aos olhos de todos os personagens, termina a novela como o assassino de pai e filho. A novela chega ao fim com a família de Bete, Totó e Olavo feliz e unida, no Brasil. O italiano reconstrói sua vida ao lado da brasileira Juliana (Patrícia Pillar), que surge nos últimos capítulos da novela para comprar o sítio que ele colocou à venda na Itália.

Tramas Paralelas

O Passado de Eugênio:
A aparente tranquilidade dos Gouveia é abalada logo no primeiro capítulo da trama. Eugênio (Mauro Mendonça), à beira da morte, faz uma revelação bombástica a Bete (Fernanda Montenegro): o filho que ela teve de outra relação, e que ela pensava ter morrido, na verdade está vivo e é herdeiro de metade dos bens da família. 
Quando Eugênio conheceu Bete, na juventude, ela já estava grávida de outro homem, que a abandonou ao saber da gravidez. Apaixonado, Eugênio a pediu em casamento e prometeu criar a criança como se fosse seu filho. Mas ele não cumpriu com sua palavra e, assim que o bebê nasceu, entregou-o a um casal de italianos, empregados de sua família, para que, em troca de dinheiro, levassem o menino embora. Em seguida, disse à esposa que a criança havia nascido morta. Com o dinheiro, o casal pôde realizar o desejo de voltar à terra natal. Antes de morrer, vítima de enfarte, Eugênio ainda conta a Bete que garantiu em testamento o futuro de Antonio Mattoli (Tony Ramos) e sua família. A única pessoa, além de Bete, a ouvir o relato de Eugênio é a enfermeira dele, Clara (Mariana Ximenes), que promete guardar segredo sobre a história.

Clara e Fred:
Clara (Mariana Ximenes) é uma linda jovem com cara de anjo e alma demoníaca. Foi criada pela avó, Valentina (Daisy Lúcidi), junto com a adolescente Kelly (Carol Macedo), sua irmã por parte de mãe. Mentirosa e sem escrúpulos, Clara se faz passar por enfermeira sem ter especialização na área. Ela é cúmplice do vigarista Fred (Reynaldo Gianecchini) em suas armações. Os dois usam dos mesmos métodos e safadezas para conseguir o que querem. Assim como Clara, Fred é irresistivelmente bonito e charmoso, mas cínico e calculista o bastante para aprontar várias maldades ao longo da novela. Assim que a namorada lhe conta tudo o que ouviu na casa dos Gouveia, Fred logo arma um plano: antecipar-se a Bete (Fernanda Montenegro) e viajar à Itália para conhecer Antonio Mattoli  (Tony Ramos), e convencê-lo a aceitá-lo como seu procurador no Brasil. Fred, na verdade, quer mais do que simplesmente lucrar com o dinheiro do italiano: ele quer se vingar dos Gouveia.

Fred é filho de Candê (Vera Holtz), conhecida como a Baronesa do Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), onde tem uma banca de legumes e verduras. Irmão mais velho de Felícia (Larissa Maciel) e Fátima (Bianca Bin), ele nunca se conformou com o suicídio do pai, Frederico Lobato. Ex-operário da Metalúrgica Gouveia, Frederico pai se matou, quando Fred ainda era uma criança, por não ter recebido indenização da empresa após sofrer um acidente no qual perdeu uma das mãos. Revoltado, Fred se transformou em um homem egoísta, perigoso e vingativo, e vê na história uma grande oportunidade para atingir sua meta.

A chegada de Fred e Clara à Itália vira a vida dos Mattoli de cabeça para baixo. Totó, como é conhecido o filho de Bete, fica encantado com a brasileira, muito mais jovem do que ele. Viúvo há 15 anos, após a morte da mulher no parto do caçula Alfredo Mattoli (Miguel Roncato), Totó mora com a irmã, Gemma (Aracy Balabanian), quatro filhos – Agnello Mattoli (Daniel de Oliveira), Agostina Mattoli (Leandra Leal), Adamo Mattoli (Germano Pereira) e Alfredo – e um neto, Dino Matolli Rondelli (Edoardo Dell’Aversana), em terras da Toscana, na fictícia Laurenza-in-Chianti. Homem simples, do campo, Totó comanda a família com rédea curta, contando com a ajuda de Gemma, que ainda era uma adolescente quando seus pais o pegaram para criar. Totó e Gemma estiveram juntos em todos os momentos da vida dele, e os dois se amam e se respeitam como mãe e filho, já que os pais morreram cedo. Gemma nunca escondeu que eles nasceram no Brasil, mas, para que Totó não se sentisse rejeitado, jamais lhe contou a verdade sobre sua origem. Ela tem adoração pelo irmão e, além de ajudá-lo a vender os produtos plantados em seu sítio, cuida da casa, das roupas, da comida e dos quatro sobrinhos com uma dedicação abnegada. O tempo passou, e Gemma se esqueceu de si mesma, dedicando sua vida à família. Quase se casou com um homem da terra, mas desistiu na última hora, deixando-o no altar. Nunca mais namorou ninguém.

Felícia e Fátima:
O segredo envolvendo Felícia (Larissa Maciel) e Fátima (Bianca Bin) não termina aqui. O pai de Fátima, a quem Felícia culpava por tê-la abandonado grávida, é ninguém menos do que Gerson (Marcello Antony). Os dois foram muito apaixonados quando jovens, mas uma armação de Eugênio, que não queria ver o filho envolvido com a filha de um operário de sua fábrica, acabou por separá-los. Eugênio (Mauro Mendonça) tramou com o próprio Lobato, pai de Fátima, para afastar o casal. Ele deu dinheiro ao empregado para que Felícia abortasse o bebê. Para Gerson, contou que a criança havia nascido morta e que Felícia estava interessada apenas em seu dinheiro, mandando o jovem estudar no exterior. Felícia não tirou o bebê, mas também foi enganada pelo pai, que contou a ela que o filho dos Gouveias não queria saber da criança. Quando tomam conhecimento do que seus pais fizeram, Felícia e Gerson voltam a namorar, para alegria de Fátima, que faz tudo para que os pais fiquem juntos.

Morte de Saulo:
Enquanto tudo isso acontece, a família Gouveia é surpreendida pela descoberta de que Eugênio (Mauro Mendonça) morreu envenenado, e, portanto, foi assassinado. Esse é o início da trama policial da novela. As suspeitas de Bete (Fernanda Montenegro) logo recaem sobre Fred, que teria tido a cumplicidade de Clara. Mas como ninguém tem provas que possam incriminá-los, a matriarca continua obrigada a conviver com o genro na mesma casa. Tanto Fred quanto Clara negam envolvimento no crime. Algum tempo depois, é a vez de Saulo morrer assassinado. Após tramar contra a própria mãe, desviar uma grande quantia de dinheiro da empresa para uma conta secreta na Suíça, chantagear os irmãos e agir com todos sem nenhum escrúpulo, Saulo é encontrado esfaqueado em um motel.

Vários são os suspeitos do crime. Um deles é Gerson, que estava sendo chantageado pelo irmão, que pretendia adquirir sua parte nas ações da Metalúrgica. Saulo descobrira, por acaso, o grande segredo do piloto, não revelado ao público nesse momento – Gerson é vidrado em imagens que vê no computador, e ninguém sabe do que se trata. Foi após descobrir o que ele tanto via na tela que Diana, que havia voltado para o marido a pedido da sogra, resolveu se separar de vez e pedir o divórcio. O segredo de Gerson foi um dos trunfos da novela, atiçando a curiosidade dos telespectadores por um longo período. O personagem passou a se consultar com um psiquiatra. Seu problema, que já havia afetado seu casamento com Diana, balança o relacionamento com Felícia. No rol de apostas do público constavam pedofilia e necrofilia. A revelação veio próxima do fim da trama: Gerson tinha fixação por práticas sexuais degradantes. Após um tempo novamente separados, Felícia resolve apoiar o pai de sua filha, dando-lhe forças para seguir com o tratamento.

Stela, mulher de Saulo, também figura na lista de suspeitos. Saulo descobrira que ela era amante do sobrinho, Agnello, e dá uma surra na mulher, além de bater no filho de Totó. Agnello, por sua vez, também vira suspeito após ameaçar o tio em uma discussão presenciada pelo porteiro do prédio de Stela. A mãe de Danilo, Sinval e Lorena sempre foi uma mulher frustrada no casamento – sua relação com Saulo era um inferno. Para compensar a falta de atenção e as grosserias e maus-tratos do marido, Stela tinha relações com homens mais jovens que conhecia em shoppings, livrarias ou mesmo no trânsito. Eram encontros de apenas uma tarde. Até que ela conhece Agnello. Sem ter a menor ideia da relação de parentesco que os une, os dois se apaixonam. Mas Stela rompe com o jovem italiano para não botar em risco seu casamento e sua família, e Agnello, coincidentemente, envolve-se com Lorena, sem saber que ela é filha de Stela. Quando os dois descobrem a infeliz coincidência, não revelam nada a ninguém. Agnello, embora ainda apaixonado por Stela, está disposto a manter sua relação com Lorena, mas a mãe da jovem faz tudo para separar os dois, até que, sem saída, conta a verdade à filha. Magoada, Lorena termina o relacionamento com o primo e se volta contra a mãe. Tempos depois, ao ver que Stela não cumpriu a promessa de se manter afastada de Agnello – apesar de todos os esforços, os dois não conseguem controlar a paixão e voltam a se encontrar –, ela revela tudo ao pai.

Outro suspeito é Arthurzinho (Júlio Andrade), copeiro na casa de Stela e Saulo. Constantemente humilhado pelo patrão, ele leva uma surra de Saulo dias antes do assassinato e inventa um álibi falso para o dia do crime. Próximo do fim da trama, é revelado que Arthurzinho é irmão de Laura (Adriana Prado), assessora de imprensa da Gouveia e ex-amante de Saulo. Foi Laura quem apresentou Arthurzinho para Saulo, que logo o contratou para vigiar Stela. Sua intenção era buscar comprovar as traições da esposa para poder se divorciar sem ter que dividir seu patrimônio com ela. Mas o copeiro se afeiçoou à patroa e passou a ser seu confidente, recusando-se a servir de dedo-duro, por isso era frequentemente agredido por Saulo. Laura, como ex-amante do executivo, também figurou na relação de suspeitos. Quando ele morreu, porém, os dois já não tinham mais nenhuma relação a não ser a profissional. As ações suspeitas da personagem, na verdade, eram para proteger o irmão.

Também se levantou a possibilidade de Danilo, o filho mais velho de Saulo e Stela, ser o assassino do vilão. Ao longo da trama, o jovem campeão de ciclismo, idolatrado pelo irmão Sinval, vira um viciado em crack e mergulha em uma fase sombria, sendo expulso de casa pelo pai, após fugir de uma clínica de recuperação e voltar a se drogar. O rapaz, que até chegara a se envolver com Clara, indo atrás dela na Itália, vira mendigo e passa um longo período desaparecido, para desespero dos irmãos e, principalmente, de sua mãe, que não mede esforços para achá-lo. Encontrado por acaso pelo tio Gerson, o personagem retorna à trama, maltrapilho e de muletas. Danilo é novamente internado e começa uma batalha por sua recuperação. Em seus delírios, acha que foi ele quem matou Saulo, já que, certa noite, encontrou o pai na rua e foi novamente agredido por ele. Próximo do fim da trama, Danilo passa a frequentar reuniões do Narcóticos Anônimos e vira treinador do irmão.

Fred, que, aos olhos de outros personagens, já era o responsável pela morte de Eugênio, também vira suspeito de ter matado Saulo. Principalmente porque dá um álibi falso para a noite do crime. Sem ter como comprovar onde estava no momento do assassinato, ele pede à sua mãe, Candê, para confirmar que ele estava na casa dela. Candê teme que Fred esteja envolvido nos assassinatos da família Gouveia, mas o vilão garante ser inocente. Apesar de duvidar do filho, Candê vai contra seus princípios para tentar evitar que o filho seja condenado. Mas Fred vai se enrolando cada vez mais. Sempre sedutor, ele descobre através de Myrna (Kate Lyra), a secretária da diretoria da Metalúrgica, que Saulo tinha uma conta no exterior. Ele apropria-se indevidamente do dinheiro e continua a armar em segredo para tirar Mauro da presidência e neutralizar o poder de Bete.

Os Reis do Lixo:
Olavo (Francisco Cuoco), o “Rei do Lixo”, integra um dos núcleos mais bem-humorados da novela. Ele é casado com Clô (Irene Ravache), com quem tem uma relação apimentada sexualmente, e faz tudo o que a mulher quer. Vaidosa e extravagante, Clô é apaixonada pelo marido, mas não esconde certa vergonha por ser conhecida como “A Rainha do Lixo”. O que ela quer mesmo é entrar para a alta sociedade paulista, o que inclui trocar o casarão onde eles moram, na zona leste de São Paulo, por uma mansão no Jardim América, bairro nobre da Zona Oeste. Clô vive implicando com Fortunato (Flávio Migliaccio), tio de Olavo, que mora de favor na casa do sobrinho, mas faz o tipo abusado, que fala o que quer, e não é nem um pouco refinado. A família é formada ainda por Jéssica (Gabriela Duarte), filha de Olavo e enteada de Clô, e seu marido italiano, Berilo (Bruno Gagliasso). 
Ninguém desconfia de que Berilo deixou mulher, Agostina (Leandra Leal), e filho, Dino (Edoardo Dell’Aversana), na Itália e, portanto, é bígamo. Frustrado por não ter mais notícias de Agostina – já que Mimi (Marcelo Médici) interceptava as cartas dos dois –, Berilo se envolveu com Jéssica, que casou prestes a dar à luz. Embora não goste do genro, Olavo fica radiante com a chegada de seu suposto primeiro neto – ele nem desconfia que já tem quatro netos e um bisneto italianos, herdeiros de Totó (Tony Ramos). A relação entre Jéssica e Berilo é tão apimentada quanto a de Olavo e Clô: ninfomaníaca, Jéssica não dá uma trégua ao marido, que chama de “Fragolone”. Para ele, ela é sua “Fragolina”.


O triângulo amoroso formado por Berilo, Agostina e Jéssica, tratado com comicidade, foi uma das tramas que conquistaram o público. Quando Agostina consegue localizar o marido no Brasil, Berilo tem de se desdobrar para esconder a bigamia. Ainda apaixonado pela primeira mulher, ele chega a alugar uma quitinete para Agostina viver com o filho Dino e inventa que trabalha como motorista para um milionário, tendo a maior parte do tempo dedicada ao emprego. Berilo engana Jéssica para se encontrar com Agostina e passa a ter vida dupla, até que as duas descobrem a existência uma da outra e obrigam o italiano a fazer sua escolha. Para seu desespero, porém, Berilo só consegue ter um bom desempenho sexual se continua com as duas mulheres, e muitas idas e vindas acontecem ao longo da trama. Ora ele fica sem Agostina, ora sem Jéssica, e inventa várias mentiras para manter as esposas, já que sofre verdadeiramente se é obrigado a se manter longe de uma delas. No final da novela, ambas engravidam, e Berilo fica com as duas, que dão à luz ao mesmo tempo. Elas fazem um acordo e revezam a companhia do italiano ao longo dos dias da semana.

Os mais Velhos:
Também ganhou destaque na novela uma trama envolvendo os personagens da terceira idade Brígida (Cleyde Yáconis), Antero (Leonardo Villar), Diógenes (Elias Gleizer) e, depois, Benedetto. Ao longo da história, a ex-sogra de Bete Gouveia mostrou ser uma mulher cheia de vitalidade, que mantinha encontros secretos com o motorista Diógenes, mesmo casada com Antero, seu segundo marido. Mais tarde, quando Benedetto é obrigado a vir para o Brasil com o sobrinho Mimi, depois de o ex-carteiro vender sua casa em Laurenza-in-Chianti, Brígida também se aproxima do italiano, que passa a trabalhar como jardineiro na mansão dos Gouveias. Benedetto é irmão de Antero, cuja real identidade só era conhecida por Brígida. Ex-imigrante italiano, Antero, na verdade, chama-se Giovani. Ele deu um golpe no irmão e nunca mais voltou a seu país. Quando se casou com Brígida, ela fez todos pensarem que ele era de uma tradicional família paulista, com receio de provocar um escândalo por se unir a um imigrante. Giovani, coincidentemente, é o homem que Gemma deixou no altar, e a paixão dos dois reacende quando se reencontram. Ele, então, se divorcia de Brígida e, após muita insistência, é aceito por Gemma. Brígida termina a história ao lado de Diógenes e Benedetto. 

Curiosidades:
O filme inglês O Escocês Voador (2006), de Douglas Mackinnon, serviu de inspiração para a captação de planos ousados nas cenas de Stock Car e competições de ciclismo.

Cauã Reymond (Danilo), Kayky Brito (Sinval) e Gabriel Wainer (Chulepa) fizeram aulas de ciclismo por conta de seus personagens.

Marcello Antony teve aulas de Stock Car e tirou licença para dirigir na categoria.

Carolina Dieckmann acompanhou um dia da rotina das equipes do Globo Esporte para viver Diana, estudante de pós-graduação em Jornalismo.

Mayana Moura fez laboratório com a estilista Glória Coelho para dar vida à personagem Melina.

Por sugestão do cinéfilo Silvio de Abreu, Mariana Ximenes assistiu a filmes estrelados por Betty Davis e Brigitte Bardot para interpretar a vilã Clara. Reynaldo Gianecchini assistiu, entre outros, a Os Imorais (1990), de Stephen Frears, Gigolô Americano (1980), de Paul Schrader, e clássicos de Alfred Hitchcock para interpretar o mau-caráter Fred.

O núcleo composto por Tony Ramos (Totó), Aracy Balabanian (Gemma), Leandra Leal (Agostina), Daniel de Oliveira (Agnello), Germano Pereira (Adamo), Miguel Roncato (Alfredo), Marcelo Médici (Mimi) e Emiliano Queiroz (Benedetto) teve aulas com a professora da USP Cecília Casini para aprender o italiano. Os mesmos atores também passaram um período no sítio do ator Marcos Palmeira para se familiarizar com atividades típicas do meio rural, como ordenha e plantio de verduras.

Tony Ramos chegou à Itália antes do início das gravações para melhor incorporar seu personagem: procurou pequenos produtores, colheu azeitonas, conheceu o processo de fabricação do azeite de oliva e até dirigiu um trator.
Cauã Reymond frequentou o Narcóticos Anônimos e clínicas de reabilitação para dar mais veracidade ao ex-atleta Danilo. Depois que o personagem virou morador de rua, o ator tinha os dentes pintados antes de gravar suas cenas.

A novela contou com algumas participações especiais. Ana Maria Braga contracenou com Irene Ravache nas cenas em que Clô toma café da manhã com a apresentadora no programa Mais Você.Claudia Raia, a filha Sophia e o diretor Jorge Fernando aparecem nas cenas em que Clô passeia pelo Projac. 

O jornalista Tiago Leifert, apresentador da edição paulista do Globo Esporte, cobriu a corrida de ciclismo exibida no primeiro capítulo da novela. O compositor Zeca Pagodinho cantou duas músicas em cenas protagonizadas pelos personagens Fortunato (Flávio Migliaccio) e Jaqueline (Alexandra Richter).

O site de Passione inaugurou uma nova plataforma tecnológica na web, ampliando a interação do público com as tramas por meio de enquetes e conteúdos colaborativos. A novela foi uma das pioneiras em desenvolver conteúdo exclusivo para o site, antes restrito a reproduzir os capítulos veiculados pela televisão. Os atores de Passione gravavam textos exclusivamente para a internet, olhando para a câmera.

Em junho de 2010, a Rede Globo encaminhou ao Ministério da Justiça alteração de autoclassificação da novela, de 10 para 12 anos. A avaliação inicial da emissora fora feita a partir da sinopse. Com o desenvolvimento dos capítulos, decidiu-se pela adequação de faixa etária.

Cleyde Yáconis, intérprete da personagem Brígida, ficou afastada por quase duas semanas das gravações da novela. A atriz sofreu uma queda, que provocou uma fratura no fêmur, e teve de ser submetida a uma cirurgia para a colocação de uma prótese no quadril. No retorno às gravações, aparecia em cena em uma cadeira de rodas. Para driblar a ausência da atriz, o autor fez a personagem quebrar a perna durante um de seus encontros misteriosos com Diógenes (Elias Gleizer).

Fernanda Montenegro e Cleyde Yáconis, que haviam trabalhado juntas nos anos 1950, em teleteatros dirigidos por Antunes Filho na TV Tupi, voltaram a dividir a cena 50 anos depois, como intérpretes de nora e sogra. Suas atuações foram muito elogiadas. Cleyde Yáconis estreou na TV Globo em 1990, na novela Rainha da Sucata, também de Silvio de Abreu.

O personagem Frederico Lobato foi o primeiro vilão vivido pelo ator Reynaldo Gianecchini em dez anos de carreira na TV.

Passione foi a primeira novela dos atores Mayana Moura (Melina), Germano Pereira (Adamo), Miguel Roncato (Alfredo) e Débora Duboc (Olga).

Como bom cinéfilo, Silvio de Abreu fez questão de incluir, logo no primeiro capítulo da novela, imagens do filme Os Girassóis da Rússia (1970), de Vittorio de Sica, estrelado por Sophia Loren e Marcello Mastroianni. O filme estava sendo exibido na cidade italiana de Totó (Tony Ramos).

Ficção e vida real se misturaram em Passione, uma das novelas recordistas em merchandisings comerciais. A Houston, fabricante de bicicletas, fechou com a TV Globo um pacote com participação efetiva na trama. Sua sede em Teresina, no Piauí, foi utilizada como cenário, e a empresa ainda foi citada na novela como parceira da fictícia Metalúrgica Gouveia. Em outra passagem da história, após ter seu projeto boicotado na Gouveia, Mauro (Rodrigo Lombardi) o oferece à Houston. Além disso, o piloto Gerson Gouveia (Marcello Antony) era patrocinado pela Goodyear, fornecedora oficial de pneus da Stock Car, e usava carro e uniforme da empresa. Quando o personagem sofreu um acidente, teve depressão e tentou se matar, a Goodyear entrou na história para apoiá-lo por meio de seu programa de saúde.

Neto de italianos, Silvio de Abreu escrevia os diálogos da família Mattoli na língua dos avós. O texto era submetido à tradutora Cecilia Casini, que trocava expressões mais complicadas por equivalentes em português.

Ex-deputada estadual do Rio de Janeiro, com quatro mandatos, e radialista há mais de 60 anos, Daisy Lúcidi, a intérprete de Valentina, foi elogiada por sua atuação na trama de Silvio de Abreu. Casada com o radialista Luiz Mendes, Daisy foi atriz de radionovelas e ainda comandava um programa assistencialista à época de exibição de Passione. Valentina foi a primeira vilã de sua carreira.

O psiquiatra Flávio Gikovate interpretou a si próprio na novela, como o especialista procurado por Gerson em busca de ajuda para o seu problema. Com o aval do autor, Gikovate tinha liberdade para improvisar no texto.

Para manter o mistério a respeito do suposto primeiro assassinato da trama, a morte de Saulo (Werner Schünemann), foram escritas e gravadas cinco cenas envolvendo cinco diferentes personagens. As possíveis vítimas, além de Saulo, seriam Diana (Carolina Dieckmann), Melina (Mayana Moura), Fred (Reynaldo Gianecchini) e Gerson.

Cauã Reymond teve de se afastar da novela para se recuperar de uma cirurgia no quadril. Na ficção, Danilo, seu personagem, mergulha no crack e é expulso de casa, passando um bom tempo desaparecido. As muletas usadas pelo ator foram incorporadas ao personagem em seu retorno à trama.

Passione foi a 14º novela de Silvio de Abreu e mais uma parceria com a diretora de núcleo Denise Saraceni, com quem já havia feito Torre de Babel (1998) e Belíssima (2005).

Irene Ravache foi eleita, pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), a melhor atriz de televisão do ano de 2010, por sua atuação como Clô. Gabriela Duarte ganhou o prêmio Arte Qualidade Brasil na categoria melhor atriz coadjuvante, resultado de sua atuação como Jéssica.

Passione foi premiada com o Prêmio Extra de Televisão 2010 nas categorias melhor figurino, melhor ator coadjuvante (Cauã Reymond) e melhor novela. 

Elenco:

Tony Ramos – Antonio Mattoli (Totó)

Fernanda Montenegro – Bete Gouveia
Reynaldo Gianecchini – Fred
Mariana Ximenes – Clara
Werner Schunermann – Saulo Gouveia
Carolina Dieckmann – Diana
Rodrigo Lombardi – Mauro
Aracy Balabanian – Gemma
Maitê Proença – Stela Gouveia
Francisco Cuoco – Olavo
Irene Ravache - Clô
Marcello Antony – Gerson Gouveia
Mayana Moura – Melina Gouveia
Vera Holtz – Candê
Daisy Lucidi – Valentina
Cauã Reymond – Danilo
Gabriela Duarte – Jéssica
Bruno Gagliasso - Berilo
Leandra Leal – Agostina
Daniel de Oliveira – Agnello
Bianca Bin – Fátima
Miguel Roncato - Alfredo
Carol Macedo – Kelly
Germano Pereira – Adamo
Tammy di Calafiori – Lorena
Adriana Prado – Laura
Daniel Boaventura – Diogo
Larissa Maciel – Felícia
Alexandra Richter – Jaqueline
Leonardo Villar – Antero
Cleyde Yáconis - Brígida
Elias Gleizer – Diógenes
Flávio Migliaccio – Fortunato
Kayky Britto – Sinval
Marcella Valente – Francesca
Júlio Andrade – Arthurzinho
Guta Ruiz – Roberta
Débora Duboc – Olga
Simone Gutierrez – Lurdinha
Marcelo Médici – Mimi
Gabriela Carneiro da Cunha – Cris
Gabriel Wainer – Chulepa
Emiliano Queiroz – Benedeto
Luiz Serra – Talarico
Giulio Lopes – Dr. Cavarzere
Andréa Bassit – Guida
Kate Lyra - Myrna

Trilha Sonora


Nacional

Capa: Tony Ramos
Aquilo Que Dá no Coração – Lenine

Crua – Otto
Gatinha Manhosa – Adriana Partimpim
Sabes Mentir – Djavan
Até Você Passar – Greice Ive
A Gente Merece Ser Feliz – Ivan Lins
Fogo e Gasolina – Roberta Sá
Canção de Novela – Adriana Calcanhoto
Contigo Aprendi – Ângela Maria
Vidas Inteiras – Célia
Paixão e Passione – Thaís Gullin
Cama Vazia – Rita de Cássia
Animal – Pedro Luís e a Parede
Samba Italiano – Demônios da Garoa

Internacional
Capa: Mariana Ximenes e Reynaldo Gianecchini

Half of My Heart – John Mayer
Gotta Keep Going On – Jozi
Adjustable - John Kip
Push Me to the Floor - The Parlotones
Low Rising - The Swell Season
It Hurts Me Too – Diesel
Lonely Soul – Lowrider
One More Take – Alma
When I Fall In Love – Maysa Leak
Don't Explain – Nina Simone
Fantasize – Claudia Albuquerque
Say - Zach Ashton
Up Late - Custom King
Tonight Is the Night - House Liberty
Just Can't Stop the Party – Ramada
On an Evening in Roma – Daniel Boaventura

Italiano
Capa: Daniel de Oliveira

Questa Vita Loca – Mina
Malafemmena – Paolo
Il Mondo - Jimmy Fontana
Ecco Il Che Io Cercavo – Wilson Simonal
Notizia De Te – Bungaro
Resta – Ana Carolina
Quando - Neri Per Caso
Estate – João Gilberto
That's Amore – Dean Martin
Via Con Me – Paolo Conti
Che Cosse Lamor - Vinicio Capossela
La Vita Mia - Amedeo Minghi
Io Che Non Vivo - Pino Donaggio

Abertura

Chamada de Elenco

Último Capítulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Blog do Programa Atualize

Blog do Programa Atualize