Pouco mais de um quarto dos trabalhadores já voltaram ao
trabalho nesta segunda-feira na mina de platina sul-africana onde 44 homens
foram mortos durante confrontos na semana passada, que fizeram lembrar a
violência da época do apartheid. A paralisação dos operários perdeu força
porque a empresa Lonmin ameaçou demitir cerca de 3.000 grevistas se eles não
encerrassem o movimento. Uma comissão nomeada pelo presidente da África do Sul,
Jacob Zuma, deve chegar à vasta mina Marikana, cerca de 100 quilômetros a
noroeste de Johanesburgo, onde 34 mineiros armados com lanças, facões e
pistolas foram mortos numa saraivada de disparos da polícia. Antes disso, dez
pessoas já haviam sido mortas, inclusive um representante do Sindicato Nacional
dos Mineiros (NUM, na sigla em inglês), espancado até a morte. Conflitos trabalhistas já haviam contribuído para que
a Lonmin reduzisse seus planos de investimentos, e a empresa deve descumprir
sua meta de produzir 750 mil onças de platina no ano.
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