Inspetor
Bugiganga:
O desenho Inspetor Bugiganga estreou no
dia 1983 na LBS como produção da DiC Enterprises. A animação foi uma
co-produção entre a americana DIC Entertainment, França - onde foi exibida
originalmente, passando nos Estados Unidos apenas em 1987 - e Nelvana no
Canadá. O trabalho de animação foi terceirizado em estúdios no Japão e Taiwan. O
desenho ficou no ar por três temporadas perfazendo um total de 86 episódios de
30 minutos. A história do desenho gira em torno do cheio de
truques John Brown, um guarda de segurança que sonhava em tornar-se o
maior policial do mundo. Inepto e ingênuo, ele passou por situações inesperadas
que o levaram a ser o candidato ideal para um projeto supersecreto no qual a
cientista Dra. Brenda Bradford usou seu conhecimento em robótica para
transformá-lo num homem de muitos talentos e acessórios.
No combate ao
crime o inspetor estava sempre com seu inseparável chapéu e sobretudo cinzas,
além de contar com o apoio de sua sobrinha Penny de 12 anos e o seu cão
predileto, o Cérebro. Dirigindo o seu Gadget-móvel ou voando com suas hélices
saídas direto da cabeça, o Inspetor Bugiganga combatia o crime em Metro City
com muito bom humor. O principal vilão da cidade é o terrível e nefasto
Dr. Garra e seu Gato Maluco. Garra acredita que Bugiganga o fez perder a mão e
por isso vive tentando destruí-lo. A Grande sacada é que nunca podemos ver o
corpo do vilão, apenas seu braço mecânico, enquanto sua mão fica batendo em sua
escrivaninha. Bugiganga recebe suas missões do Coronel Bigode, antigo membro da
Legião Estrangeira Francesa, que em quase todo episódio da série termina com
seu grito "Bugigangaaa!". No Brasil o desenho alcançou uma grande
aceitação da criançada quando foi exibido na década de 1980 no SBT em programas
infantis como Oradukapeta e Show Maravilha.
Leão da Montanha:
Criado em 1959 por Joseph Barbera e William
Hanna, o personagem
Leão da Montanha apareceu pela primeira vez em um dos episódios de Pepe Legal(Quick Draw McGraw), no episódio "Snagglepuss"
onde ele bancava uma de vilão ao tentar roubar uma ovelha. Depois tornou-se
figura comum nos desenhos da produtora Hanna-Barbera, aparecendo em um episódio do desenho Bibo Pai e Bóbi Filho (Augie Doggie & Doggie
Daddy) e também do Olho-Vivo & Faro Fino (Snooper & Blabber) no episódio "Big
Cat Caper", num dos segmentos de Pepe Legal. O desenho Leão da Montanha estreou no dia 30 de janeiro de 1961,
juntamente com o segmento do Patinho Duque, dentro do horário reservado ao Zé Colméia (The Yogi Bear Show).
O desenho Leão
da Montanha teve 31 episódios de 7 minutos aproximadamente cada. Para o
desenho, os produtores tiveram que inserir algumas mudanças não só no
comportamento como no visual do personagem. O Leão da Montanha deixou de ser um
coadjuvante "ladrão de ovelhas" para se tornar um amigável bichinho.
Logo a cor da sua pele foi mudada para rosa, para aparentar um personagem mais
amigável e não uma fera selvagem. Para dar um ar mais civilizado ao Leão, lhe
foi dado colarinho, punhos e gravatinha borboleta, bem nos estilo anos 40. No Brasil, os desenhos do Leão da Montanha chegaram
pela Tv Tupi em meados da década de 1960 e desde então são reprisados com
sucesso em várias emissoras.
Manda
Chuva:
O desenho Manda Chuva, grande
sucesso dos estúdios Hanna-Barbera, foi inspirado numa série americana de
sucesso chamada The Phil Silvers Show (1955-1959). Manda
Chuva (Top Cat) estreou no
horário nobre da televisão americana em setembro de 1961, na esteira do sucesso
de Os
Flintstones, a primeira animação a ser exibida à noite. Como era
destinado tanto a adultos quanto crianças, os roteiros do desenho costumavam
ser mais elaborados. A série durou até abril de 1962, quando foi ao ar o
trigésimo e último episódio.
Ainda hoje é um dos personagens mais marcantes de
Hanna-Barbera em todo mundo. Próximo do Brooklyn, Queens e Bronx fica o beco
Hoagie, enterrado num complicado sistema de avenidas e pequenas ruas de Nova
Iorque, bem próximo as docas, é lá que mora o gato Manda Chuva e sua turma de
cinco amigos felinos. O lugar é um labirinto de vielas cheio de sucatas, mas
para a Turma do Manda Chuva é como morar num hotel 5 estrelas. O principal
problema da turma era o Guarda Belo, o homem responsável por cuidar da ordem na
região onde vive a gangue de felinos. Belo estava sempre de olho nos truques
dos gatos e não gostava da turma do Manda Chuva e de suas malandragens,
principalmente quando eles usavam o telefone exclusivo da polícia para fazer
ligações particulares.
A
Pantera Cor de Rosa:
Lançada
em 1969, The Pink Panther Show, mostra a divertida e carismática Pantera
Cor-de-Rosa, com aquele seu andar elegante e sem dar uma só palavra sequer,
fugindo do Inspetor Closeau. O baixinho inspetor se utiliza das mais
diversas técnicas para correr atrás da magérrima pantera, mas ela sempre
consegue escapar com muita inteligência. No fim dos anos 70, o desenho animado
da pantera já tinha transformado a personagem felina, o Inspetor Clouseau e a
música-tema, composta por Henry Mancini, em um fenômeno de massa mundial. Com
cenários e traços dos personagens extremamente simples e cenas muito
engraçadas, o desenho chegou a ganhar um Oscar da Academia de Hollywood.
Pepe
Legal:
Pepe Legal (Quick Draw McGraw) foi
a terceira produção de desenhos animados produzidos e criados pela
Hanna-Barbera, depois de outros dois sucessos Jambo e Ruivão e Dom Pixote. O desenho foi exibido originalmente
nos Estados Unidos, entre 15 de setembro de 1959 a 3 de setembro de 1966, na
emissora CBS até 1964 e depois na ABC entre 1964 a 1966. Pepe Legal era
uma satiriza aos westerns, que naquela época faziam muito sucesso,
principalmente entre o público norte-americano. Pepe Legal era um xerife do
Novo México que usava um distintivo de agente federal e demonstrava ser
totalmente incapaz. Ele falava devagar, porque pensava devagar, e quando
finalmente conseguia tirar o revólver do coldre, geralmente atirava no homem
errado. O herói tinha ao seu lado o parceiro Babalú, um burrinho mexicano, que
muitas vezes conseguia resolver os casos para o xerife.
O sotaque mexicano de
Babalú era divertidíssimo e com ele vivia dando os melhores conselhos ao seu
companheiro Pepe, mas eles não eram suficientes para manter este estúpido
cavalo da lei longe do desastre a cada hilariante episódio. O
burrinho sempre falava sobre seu amigo xerife: "Pepe Legal é inteligente,
o que lhe falta é pensamento", justificando as confusões que Pepe Legal
arrumava. A dupla ainda contava com ajuda do
cãozinho Rafeiro, que fazia qualquer coisa para ajudar Pepe Legal, desde que
recebesse alguns biscoitos caninos. Pepe
Legal deve muito de seu grande sucesso no Brasil à dublagem especialmente bem
feita da AIC - São Paulo. O sotaque mexicano de Babalu muito bem interpretado
por Roberto Barreiros, além do jeitão exagerado do Pepe Legal feito por Lima
Duarte e depois por Amaury Costa, ficaram guardados para sempre na memória de
quem já viu a série.
Pica-Pau:
Um dos personagens mais marcantes
dos desenhos animados, o Pica-pau foi criado por Walter Lantz na década de
1940. Em 1941, era lançado Woody
Woodpecker, o clássico episódio em que os animais da floresta diziam que o
Pica-pau estava maluco e ele decidia ir ver um doutor. A primeira versão do
Pica-pau, a de 1941, era muito mais perversa e psicótica que as posteriores
ficando conhecida como o Pica-pau louco. Nesta ele aparece com listras nas
pernas, barriga com penas vermelhas, grandes olhos verdes e dentes salientes.
Aos poucos o personagem foi ganhando traços mais simpáticos e seu temperamento
foi ficando mais civilizado. O Pica-pau é um personagem esperto, falante e
atrevido e que tem como principal marca uma gritante gargalhada, obra do
excepcional dublador Mel Blanc e que anos mais tarde teve que ser adaptada por
outros atores.
Dificilmente ele inicia algum problema de caso pensado, a única intenção do personagem é levar a sua vida numa boa, em sua casinha num tronco de árvore, ou voando por aí picando madeira, o que geralmente perturba alguém que irritado tenta se ver livre do pássaro, é nessa hora que o Pica-pau não fica por baixo fazendo de tudo para sacanear o seu opositor, transformando-se num ser sem pudor ou ética. No Brasil, o Pica-pau já esteve pela TV Record, antes de ser exibido por quase 20 anos pelo SBT quando passava no Domingo no Parque. Outros personagens também fazem sucesso como o Zeca Urubu, Zé Jacaré, Meany Ranheta, o cavalo Pé de Pano, Leôncio, e os sobrinhos do Pica-Pau.
Scooby
Doo:
Na televisão os estúdios Hanna-Barbera atendia a um pedido do produtor
Fred Silverman que queria um desenho que trouxesse mistério, comédia e
aventura, nascia em 1969Scooby-Doo
Cadê Você?. O desenho a princípio recebeu o título de "Mysteries
Five" (O quinteto do mistério), depois alterado para "Who’s
S-s-s-s-cared?" (Quem está com m-m-m-medo?). Fred Silverman, na época
chefe de programação da CBS (emissora que exibia o seriado), sugeriu
depois de ouvir a frase "scooby-dooby-doo" na música "Strangers
in the Night", cantada por Frank Sinatra, o nome do personagem canino e
conseqüentemente o definitivo da série. Casas mal-assombradas,
múmias, ladrões, mulas sem cabeça, caveiras flutuando, esse é o universo de
Scooby-Doo, um cão da raça Great Dane que viaja com um grupo de jovens metidos
a detetives num furgão psicodélico chamado Máquina Mistério.
O grupo de
adolescentes presta serviço para a empresa Mistery Inc., criada pelos próprios
detetives, que vivem seguindo pistas em lugares onde a maioria dos jovens da
sua idade gostariam de passar longe. Além
de Scooby, o grupo de caçadores de mistérios possuí o metido a líder Fred
Jones, um rapaz boa pinta que cria as mais variadas engenhocas para ajudar na
solução dos mistérios; Daphne Blake, uma patricinha que geralmente é usada como
isca para que os vilões sejam apanhados. Velma Dinkley, uma garota muito
inteligente que é quase sempre quem desvenda os casos de mistério, mas que não
tem sorte com os homens pois não está muito em forma. Mas o maior amigo do Scooby é
magricelo Salsicha, que assim como cão detetive é covarde e faminto, não
perdendo a chance de sair correndo no meio de uma perseguição, ou de procurar
uma cozinha para fazer um lanchinho.
She-Ra:
Depois do incrível sucesso que o
desenho animado do personagem He-Manalcançou, alavancando as vendas de
bonecos e acessórios da empresa Mattel, eles resolveram criar mais um desenho
animado, nos mesmos moldes de He-Man, dessa vez visando alcançar o
público feminino. Com o mesmo estilo e boa animação, She-ra,
a Princesa do Poder era
somente uma versão feminina do Príncipe Adam, mas acabou emplacando também. No
desenho, a princesa Adora, filha do Rei Randor e da Rainha Malena, foi raptada
do Palácio por Hordak quando ela era apenas um bebê. Ele a levou para o reino
de Etheria (que fica no mesmo universo que Eternia, mas ninguém sabe exatamente
a distância entre os dois planetas).
Hordak, que foi mestre do Esqueleto,
resolveu fugir de Eternia quando se sentiu ameaçado por seu aprendiz. Em
Etheria a princesa foi treinada para ser a capitã da horda do mal, chefiada por
Hordak, com intuito de conquistar o Castelo de Cristal, mas ela reencontrou He-Man e
descobriu sua verdadeira identidade. Adora ficou sabendo o segredo da Espada
Mágica, que ao erguê-la e gritar a frase "Pela Honra de Grayscull"
ela se tornaria a guerreira She-Ra e seu cavalo Espírito se transformaria em um
unicórnio que voava, chamado Ventania. No Brasil o She-Ra foi exibido a partir de 1985 no
programa Balão Mágico e depois no Xou da
Xuxa, onde a personagem ganhou até uma música da Rainha dos
Baixinhos.
Os
Smurfs:
Quem assistiu alguma vez Os
Smurfs e conseguiu
esquecer facilmente deste grupo de seres azuis que reinaram absolutos entre as
crianças na década de 1980? Em 1981, Os Smurfs estreavam na televisão, e foi ai que a
febre dos azulzinhos realmente se consolidou, com inúmeros produtos, discos e
comercias de Tv, ligados aos personagens. Os Smurfs eram um grupo de duendes
azuis, bem pequenos, tendo a altura equivalente a apenas três maçãs. Há muitos
e muitos anos eles viviam no coração da floresta, na encantada Vila Escondida
onde só entra quem for convidado, morando em casinhas de cogumelo.
Essas
pequenas criaturas tinham aproximadamente 100 anos, sendo Papai Smurf o mais
velho, com algo em torno de 550 anos. Os Smurfs passavam seu tempo vivendo em
seu cotidiano pacato até que fossem perseguidos pelo maligno feiticeiro
Gargamel. O maior desejo de Gargamel era capturar alguns Smurfs para devorar,
mas suas tentativas eram quase sempre em vão e quando ele finalmente conseguia
essas pequenas criaturas sempre arranjavam uma forma de escapar. No Brasil o
desenho foi apresentado pela Rede Globo nos extintos Balão Mágico e Xou da
Xuxa.
Turma
do Zé Colmeia:
A Turma do Zé Colméia foi um
desenho de grande repercussão criado por Hanna-Barbera Productions, e
apresentado originalmente pela rede ABC. Com o intuito de reunir os grandes
personagens do estúdio que haviam alcançado sucesso em aventuras solo, os
produtores criaram um programa onde, liderados por Zé Colméia, eles embarcavam
numa arca. O desenho parte de uma premissa
ecológica muito interessante. Ele mostra o Parque Jellystone, local onde mora
Zé Colméia e seu amigo Catatau, ameaçado pelo avanço da civilização e da
poluição ambiental. Dessa maneira Zé Colméia e seu companheiro decidem
sair da floresta e se juntar a outros animais que assim como eles estão
passando pelo mesmo problema.
Eles são imediatamente acompanhados pelo Guarda
Chico e a namorada de Zé, Cindy. Logo se unem ao grupo o elegante Dom Pixote,
o valente Pepe Legal e
seu amigo Babalú, Bibo Pai e Bóbi Filho, Plic e Ploc, a Formiga
Atômica, Peter
Potamus, Lula Lelé, Maguila
Gorila, o Leão da Montanha,
Tartaruga Touche e Dumdum, Zé
Buscapé e Wally
Gator, eles estavam em
busca de um mundo perfeito, um paraíso onde eles pudessem morar longe da
poluição e da civilização. No Brasil o desenho estreou na Rede Globo em meados
da década de 1970 e foi reprisado na década de 1980 na Rede Manchete e
Bandeirantes. Os personagens foram dublados por vozes diferentes das originais
usadas em seus desenhos solos, pois o trabalho de dublagem foi realizado no Rio
de Janeiro na Herbert Richers.
Ursinhos
Carinhosos:
A década de 1980 também foi
invadida por desenhos “fofinhos” trazidos ao Brasil em sua maioria pela TVS/
SBT, no Show Maravilha. Ursinhos
Carinhosos mostrava um
grupo de adoráveis amigos ursinhos, cada um com uma missão muito importante e
com um poder extraordinário. Estes ursos tinham o compromisso de ensinar a
humanidade como se comportar diante dos obstáculos da vida e ao mesmo tempo
pregavam os melhores sentimentos. Cada ursinho tinham um emblema estampado no
peito, que condizia com o sentimento que ele representava, e era através deste
emblema que ele lançava ao mundo as qualidades que lhe eram incumbidas. Os
bem-intencionados heróis viviam numa cidadezinha no céu chamada
Terra do Carinho, escondida numa nuvem, A Terra do
Carinho fazia parte do Reino do
Carinho.
Lá, viviam num belo lugar,
com árvores, rios e muitas belezas
naturais, cheio de paz e boas atitudes, mas era só o
"Carinhômetro" alertar que alguém precisava de ajuda que os Ursinhos
Carinhosos escorregavam por um Arco-Íris ou pegavam o seu
"Carro-nuvem" e saiam para cumprir mais uma missão. O desenho foi
exibido no Brasil na década de 1980 pelo SBT, onde teve a dublagem realizada
pela BKS, e em 2004 passou a ser exibido no canal por assinatura Boomerang.
Alguns personagens receberam nomes diferentes nas duas versões, o que dá uma
sensação de ter mais personagens do que realmente existem.
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