sábado, 14 de junho de 2014

Recordando a Carreira: 37 anos de Camila Pitanga


Sex Appeal (1993)
Camila Pitanga Manhães Sampaio nasceu em 14 de junho de 1977, no Rio de Janeiro. Filha da atriz Vera Lúcia Manhães Sampaio e do ator Antonio Pitanga, cedo já estava envolvida com o ofício de representar. Cursou o Teatro Tablado, celeiro carioca de formação de atores, sendo lançada na Globo aos 16 anos, na minissérie Sex Appeal (1993), de Antonio Calmon. “Eu fazia a Vilma, uma menina muito tímida, um bicho do mato, que se apaixonava por um lutador de boxe e tinha uma promissora carreira de modelo”, relembra. Sua estreia nos palcos foi no mesmo período, nos papéis de Afrodite e Penélope das adaptações dos clássicos A Ilíada e A Odisseia, de Homero, ambas dirigidas por Hamilton Vaz Pereira.

A Próxima Vítima (1995)
No mesmo ano de sua entrada na Globo, foi escalada para viver a personagem Terezinha da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares. Trabalho seguido de outro papel no horário nobre, o da jovem aspirante a modelo Patrícia, da novela policial A Próxima Vítima (1995), de Silvio de Abreu. Na trama, viveu a filha do personagem Cléber, interpretado por Antonio Pitanga, pai da atriz. Os dois compunham uma família negra de classe média, núcleo até então incomum nas novelas.

Porto dos Milagres (2001)
Um dos destaques da carreira de Camila Pitanga na Globo foi a rebelde e moderna Alex, do seriado Malhação (1996), que levou a atriz a repaginar o visual, adotando cabelos curtos com uma mecha loura na frente. Em seguida, ela ainda fez a Ritinha de Pecado Capital (1998) – versão de Gloria Perez da novela de Janete Clair, exibida entre 1975 e 1976 – até interpretar a índia Paraguaçu em A Invenção do Brasil (2000), de Guel Arraes e Jorge Furtado, minissérie realizada em alta definição e exibida nos cinemas com o título de Caramuru – A Invenção do Brasil. “A minissérie plantou uma semente do humor que eu não tinha me dado conta de que possuía”, ressalta a atriz, que ainda exercitou a comédia no humorístico Garotas do Programa (2000) e no filme Bendito Fruto (2004), de Sérgio Goldenberg.

Caramuru - A Invenção do Brasil (2000)
A sensualidade de Camila Pitanga pôde ser conferida pelo público novamente na novela Porto dos Milagres (2001). Na trama de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, deu vida à ardilosa Esmeralda, que usava de sedução para tentar conquistar o coração do pescador Guma (Marcos Palmeira), rivalizando com a mocinha Lívia, vivida por Flávia Alessandra. “Foi minha primeira personagem popular. Geralmente a antagonista não é muito bem vista, mas as pessoas gostavam dela”, conta a atriz, um dos destaques da novela Belíssima (2005), de Silvio de Abreu, como intérprete da generosa empregada Mônica, que era disputada pelos personagens de Alexandre Borges e Leopoldo Pacheco.

Mulheres Apaixonadas (2003)
Foi em 2007, porém, que Camila Pitanga chamou a atenção de norte a sul do Brasil, como intérprete da inesquecível Bebel, a prostituta que consegue trocar o calçadão de Copacabana pelas altas rodas da sociedade carioca na novela Paraíso Tropical, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. A atriz fez uma elogiada dobradinha com o vilão interpretado por Wagner Moura e logo virou uma das atrações da trama, inclusive lançando moda. Os maiôs e enormes pares de brincos usados pela personagem saltaram das telas para as ruas. “Bebel começou como uma vilã, mas tinha um lado tão moleca e irreverente que se transformou numa personagem multifacetada. Ela falava de uma classe, espelhava uma realidade difícil. E foi um estouro, um acontecimento. Existe o antes e o depois da Bebel na minha vida”. 

Paraíso Tropical
O papel lhe rendeu os prêmios APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), Qualidade Brasil e Contigo! de melhor atriz. Depois de Bebel, protagonizou a novela Cama de Gato (2009), de Duca Rachid e Thelma Guedes, fazendo par romântico com Marcos Palmeira – como a faxineira Rose, uma espécie de Cinderela moderna, mãe de quatro filhos –; e atraiu a simpatia dos telespectadores de Insensato Coração (2011), outra novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhres, na qual viveu a bem-sucedida executiva Carol, dividida entre o amor de André (Lázaro Ramos) e Raul (Antonio Fagundes).

Insensato Coração (2011)
Camila e Lázaro Ramos voltariam a viver um par romântico em Lado a Lado (2012), novela escrita por João Ximenes Braga e Claudia Lage. Na trama, vivia Isabel, uma jovem trabalhadora do início do século XX, que lutava por amor e liberdade em meio às dificuldades e transformações da época. A novela conquistou o 41º Emmy Internacional. Formada em Teoria do Teatro pela Unirio, nunca descuidou de sua formação. Mas resolveu voltar a estudar, retomando as aulas de canto, cursando pós-graduação na Escola e Faculdade de Dança Angel Vianna e iniciando aulas de violão. “Eu me nutro muito do meu trabalho. Esse é o meu grande caldeirão, meu grande rio”, resume.

Lado Lado (2012)
Ao longo de sua trajetória na televisão, Camila Pitanga atuou em vários filmes, entre os quais Redentor (2004), de Cláudio Torres, Sal de Prata (2005), de Carlos Gerbase, Saneamento Básico, o Filme(2007), de Jorge Furtado, e, mais recentemente, Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios(2011), filme de Beto Brant baseado no romance de Marçal de Aquino, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz na Première Brasil do Festival Internacional de Cinema do Rio. Na Globo, ainda participou, entre outros programas, de episódios da série A Grande Família; e desde 2008 é a apresentadora do programa Som Brasil. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Blog do Programa Atualize

Blog do Programa Atualize