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Sex Appeal (1993) |
Camila
Pitanga Manhães Sampaio nasceu em 14 de junho de 1977, no Rio de Janeiro. Filha
da atriz Vera Lúcia Manhães Sampaio e do ator Antonio Pitanga, cedo já estava
envolvida com o ofício de representar. Cursou o Teatro Tablado, celeiro carioca
de formação de atores, sendo lançada na Globo aos 16 anos, na minissérie Sex
Appeal (1993), de Antonio Calmon. “Eu fazia a Vilma, uma menina muito
tímida, um bicho do mato, que se apaixonava por um lutador de boxe e tinha uma
promissora carreira de modelo”, relembra. Sua estreia nos palcos foi no mesmo
período, nos papéis de Afrodite e Penélope das adaptações dos clássicos A
Ilíada e A Odisseia, de Homero, ambas dirigidas por Hamilton Vaz
Pereira.
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A Próxima Vítima (1995) |
No mesmo ano de sua entrada na Globo, foi escalada para viver a personagem
Terezinha da novela Fera
Ferida, de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.
Trabalho seguido de outro papel no horário nobre, o da jovem aspirante a modelo
Patrícia, da novela policial A
Próxima Vítima (1995), de Silvio de Abreu. Na trama, viveu a filha do
personagem Cléber, interpretado por Antonio Pitanga, pai da atriz. Os dois
compunham uma família negra de classe média, núcleo até então incomum nas
novelas.
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Porto dos Milagres (2001) |
Um dos destaques da carreira de Camila Pitanga na Globo foi a rebelde e moderna
Alex, do seriado Malhação (1996), que levou a atriz a repaginar o visual,
adotando cabelos curtos com uma mecha loura na frente. Em seguida, ela ainda
fez a Ritinha de Pecado
Capital (1998) – versão de Gloria Perez da novela de Janete Clair,
exibida entre 1975 e 1976 – até interpretar a índia Paraguaçu em A
Invenção do Brasil (2000), de Guel Arraes e Jorge Furtado, minissérie
realizada em alta definição e exibida nos cinemas com o título de Caramuru
– A Invenção do Brasil. “A minissérie plantou uma semente do humor que eu não
tinha me dado conta de que possuía”, ressalta a atriz, que ainda exercitou a
comédia no humorístico Garotas
do Programa (2000) e no filme Bendito Fruto (2004), de
Sérgio Goldenberg.
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Caramuru - A Invenção do Brasil (2000) |
A sensualidade de Camila Pitanga pôde ser conferida pelo público novamente na
novela
Porto
dos Milagres (2001). Na trama de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares,
deu vida à ardilosa Esmeralda, que usava de sedução para tentar conquistar o
coração do pescador Guma (Marcos Palmeira), rivalizando com a mocinha Lívia,
vivida por Flávia Alessandra. “Foi minha primeira personagem popular.
Geralmente a antagonista não é muito bem vista, mas as pessoas gostavam dela”,
conta a atriz, um dos destaques da novela
Belíssima (2005),
de Silvio de Abreu, como intérprete da generosa empregada Mônica, que era
disputada pelos personagens de Alexandre Borges e Leopoldo Pacheco.
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Mulheres Apaixonadas (2003) |
Foi
em 2007, porém, que Camila Pitanga chamou a atenção de norte a sul do Brasil,
como intérprete da inesquecível Bebel, a prostituta que consegue trocar o
calçadão de Copacabana pelas altas rodas da sociedade carioca na novela Paraíso
Tropical, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares. A atriz fez uma elogiada
dobradinha com o vilão interpretado por Wagner Moura e logo virou uma das atrações
da trama, inclusive lançando moda. Os maiôs e enormes pares de brincos usados
pela personagem saltaram das telas para as ruas. “Bebel começou como uma vilã,
mas tinha um lado tão moleca e irreverente que se transformou numa personagem
multifacetada. Ela falava de uma classe, espelhava uma realidade difícil. E foi
um estouro, um acontecimento. Existe o antes e o depois da Bebel na minha
vida”.
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Paraíso Tropical |
O papel lhe rendeu os prêmios APCA (Associação Paulista dos Críticos de
Arte), Qualidade Brasil e Contigo! de melhor atriz. Depois
de Bebel, protagonizou a novela Cama
de Gato (2009), de Duca Rachid e Thelma Guedes, fazendo par romântico
com Marcos Palmeira – como a faxineira Rose, uma espécie de Cinderela moderna,
mãe de quatro filhos –; e atraiu a simpatia dos telespectadores de Insensato
Coração (2011), outra novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhres, na
qual viveu a bem-sucedida executiva Carol, dividida entre o amor de André
(Lázaro Ramos) e Raul (Antonio Fagundes).
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Insensato Coração (2011) |
Camila
e Lázaro Ramos voltariam a viver um par romântico em Lado
a Lado (2012), novela escrita por João Ximenes Braga e Claudia Lage.
Na trama, vivia Isabel, uma jovem trabalhadora do início do século XX, que
lutava por amor e liberdade em meio às dificuldades e transformações da época.
A novela conquistou o 41º Emmy Internacional. Formada
em Teoria do Teatro pela Unirio, nunca descuidou de sua formação. Mas resolveu
voltar a estudar, retomando as aulas de canto, cursando pós-graduação na Escola
e Faculdade de Dança Angel Vianna e iniciando aulas de violão. “Eu me nutro
muito do meu trabalho. Esse é o meu grande caldeirão, meu grande rio”, resume.
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Lado Lado (2012) |
Ao longo de sua trajetória na televisão, Camila Pitanga atuou em vários filmes,
entre os quais Redentor (2004), de Cláudio Torres, Sal de Prata (2005),
de Carlos Gerbase, Saneamento Básico, o Filme(2007), de Jorge Furtado, e,
mais recentemente, Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios(2011),
filme de Beto Brant baseado no romance de Marçal de Aquino, que lhe rendeu o
prêmio de melhor atriz na Première Brasil do Festival Internacional de Cinema
do Rio. Na Globo, ainda participou, entre outros programas, de episódios da
série A
Grande Família; e desde 2008 é a apresentadora do programa Som
Brasil.
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