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História de Amor (1995) |
Lívia
é um nome importante na carreira de Flávia Alessandra. Foi o escolhido para
três personagens interpretados pela atriz em novelas diferentes. Meu
Bem-Querer (1998), Porto
dos Milagres (2001) e O
Beijo do Vampiro (2002) marcaram a trajetória profissional dessa
carioca, nascida em 7 de junho de 1974. Filha
de uma professora de geografia e de um comandante de navio, a caçula de três
irmãos teve uma educação rigorosa em escolas militares, mas acabou sendo
convidada a se retirar do colégio quando decidiu ser atriz, aos 15 anos. Idade
de sua entrada na TV Globo, quando venceu o concurso no Domingão
do Faustão para fazer parte do elenco de Top
Model , em 1989, numa final disputada com Adriana Esteves e Gabriela
Duarte.
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Meu Bem Querer (1998) |
“Era
uma escola bem rígida, eu já estava fazendo teatro e a minha primeira novela. O
colégio achava um absurdo a minha mãe deixar eu trabalhar e começou a criar
empecilhos. Eu fazia algumas pequenas transgressões, como usar calça rasgada,
crucifixo e até pular o muro para conseguir sair do colégio”, relembra a atriz,
que começou a estudar teatro aos 7 anos, fez as primeiras oficinas da Globo
para crianças e adolescente e, até interpretar a Taninha em Top Model,
trabalhou como figurante e fez apoio de elenco.
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A Indomada (1997) |
Sua
segunda novela foi Mico
Preto (1990), considerada um fracasso, mas importante para o
amadurecimento da atriz. “A partir desse momento, tive consciência que mais do
que nunca a vida era feita de opções. Foi um tiro no escuro, a novela não deu
certo e eu perdi a oportunidade de fazer outros dois grandes trabalhos que
acabaram acontecendo na casa na mesma época, Os Homens Querem Paz e Riacho
Doce”. Depois
de quatro anos, Flávia Alessandra fez Sonho
Meu e, em 1995, História
de Amor, onde interpretava Soninha Toledo. “Foi a minha primeira personagem
que teve visibilidade. Era uma adolescente bem espevitada, que trouxe muita
coisa boa para mim. Pela primeira vez, estive em todo o desenrola de uma trama.
No início, a mudança no meio da novela e um fim. Fiquei orgulhosa. Acabou a
novela e o Maneco (Manoel Carlos) mandou um fax para mim bem carinhoso, que eu
tenho guardado até hoje”, comenta.
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Porto dos Milagres (2001) |
Na
época das gravações da novela de Manoel Carlos, a atriz cursava duas
faculdades: Jornalismo e Direito. “A vida inteira eu fui educada com meus pais
falando que a mulher tem que ter a sua independência e uma carreira estável.
Ainda não tinha essa estabilidade na profissão de atriz. Então, o meu plano era
ter uma profissão que iria me sustentar e continuar alimentando a minha alma
sendo atriz, fazendo teatro fim de semana ou uma novela aqui outra acolá”,
conta Flávia Alessandra, que durante três anos fez os dois cursos até optar
pelo Direito.
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Alma Gêmea (2005) |
Mas
foi em A
Indomada (1997) que ela obteve reconhecimento. “Foi um divisor de
águas na minha carreira. Estava acabando a faculdade de Direito, quando recebi
o convite para a novela. Interpretava a Dorothy, que era irmã da Luiza Tomé, um
furacão, e a minha personagem era um patinho feio, mais retraída, envergonhada,
tímida. A personagem chegou a ter uma cena de tentativa de suicídio, que a
gente gravou lá em Arraial do Cabo, uma cena linda, porque tamanho era o
desgosto dela pela vida”.
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Pé na Jaca (2006) |
Quando
estava acabando a novela, Flávia Alessandra se formou na faculdade de Direito e
fez a prova da Ordem dos Advogados de Brasil (OAB). “Quando peguei a minha
carteirinha para abrir o escritório ligado ao Direito Autoral, para estar
próxima de alguma forma a minha área, fui chamada para o meu primeiro contrato
longo na TV”.
Em
1998, interpretou sua primeira Lívia na novela Meu Bem Querer, que marcou
tendências de moda com um figurino elegante e moderno. “Foi uma
personagem onde, pela primeira vez, vi o poder da influência da moda da novela
em cima das pessoas. Tinha cortado o cabelo Chanel e aí veio a moda do cabelo
Chanel, das cores que eu usava, da saia lápis que eu vestia”, pontua.
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Duas Caras (2007) |
“A
Lívia morreu no parto e a cena foi linda, mas lembro também que eu não soube separar
tanto, tinha técnica zero para morrer. Então, chorei muito em cena. Porque era
uma despedida dupla. Era eu morrendo, era a personagem indo, a novela acabando.
Vivi todos os lutos de uma só vez”. A
segunda Lívia foi sua primeira protagonista no horário das 20h, em Porto
dos Milagres, em 2001. “Foi uma experiência maravilhosa. Eu, Marquinho
Palmeiras, Camila Pitanga, Louise Cardoso. A gente vai fazendo grandes amigos.
Pessoas queridas que a gente vai levando depois ao longo das novelas”.
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O Beijo do Vampiro (2002) |
A
terceira Lívia foi em O Beijo do Vampiro, onde também interpretou
outro papel, o de Cecília. “É uma novela que volta e meia a Giulia (filha da
atriz e do ex-diretor Marcos Paulo) pega os capítulos para assistir porque eu
tenho todas as novelas em DVD. Eu já tinha sido mãe, o que é fundamental eu
acho porque a gente passa a entender, passa a encarar, é inevitável a
experiência que a gente tem e a gente transfere e transporta para a
personagem”, relembra Flávia Alessandra, que em 2013, está interpretando a mãe
de uma adolescente em Além do Horizonte, e que na vida real é mãe de
Giulia, de 13 anos, e Olívia, de 3.
Alma
Gêmea (2005) foi um outro divisor de águas na carreira da atriz.
“Estava há uns três anos longe da TV e tinha chegado um momento da minha vida,
da minha carreira, que pensei ‘tenho que arriscar porque as pessoas precisam me
ver de novo de forma diferente para entenderem o meu trabalho’. Falei com o
Jorginho (Fernando) que queria fazer uma vilã. A novela foi um sucesso
absoluto, a gente batia em pontos com a novela das oito. As pessoas só falavam
de Cristina. Lembro que no carnaval, em bloco de rua, tinha um bando de
Cristina vestida.”
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Caras e Bocas (2009) |
Em
2006, os planos de Flávia Alessandra estavam mais voltados para o lado pessoal.
De casamento marcado com Otaviano Costa, ela recebeu um convite inesperado para
interpretar a Vanessa em Pé
na Jaca. “Fui chamada numa situação um tanto conturbada. Sexta e sábado
pela manhã conheci a personagem, me casei sábado, domingo estava eu lá na minha
sessão psicopata, começando a construir o universo da Vanessa, o que seria ela.
E segunda já estava indo gravar. A novela não foi um sucesso, mas a personagem
foi e me empolgou muito, porque era um papel de comédia, depois de uma vilã”.
Em
2007 a atriz interpretou um de seus maiores sucessos na TV, a Alzira, de Duas Caras.
Uma personagem que era uma enfermeira, mas também dançava escondida do marido
numa casa noturna. “Eu chamava a Alzira de Alzirão porque para mim ela era um
mulherão. Ela era uma personagem pequena de acordo com a sinopse”.
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Morde e Assopra (2011) |
A
novela foi escrita por Aguinaldo Silva e teve direção de Wolf Maia, que sugeriu
para atriz ter uma dublê para as cenas de pole dance, mas ela recusou. “Fiz
dança a vida inteira, balé clássico, contemporâneo e sapateado. Disse que
queria fazer e aí a gente contratou uma stripper realmente. Cheguei a
frequentar alguns lugares lá em São Paulo, só de dança do poste, a ensaiar em
palcos dessas casas até que fomos montar a Alzira para dançar em uma casa
noturna que ficava no meio de uma favela”, relembra a atriz, que também opinou
sobre o figurino, sugerindo que ela dançasse de fio dental.
Em
2009 e 2011, Flávia Alessandra fez uma dobradinha em novelas do Walcyr
Carrasco: Caras
e Bocas e Morde
& Assopra. Na primeira, a atriz fazia “uma mocinha muito atrevida, por
isso fui fazer com unhas e dentes porque era uma mocinha que não levava
desaforo para casa”, comenta. Já a segunda, interpretou o duplo papel da humana
e da robô Naomi.
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Salve Jorge (2012) |
“O
Walcyr tinha me chamado para próxima novela dele e teria um intervalo ainda. De
repente ele me ligou falando que a próxima das sete ia ser dele e eu falei
‘Como assim? Estou grávida, não vou conseguir fazer!’ Ele mandou a sinopse, li
e pedi para fazer a Naomi robô porque não sabia quando ia ter chance de fazer
uma robô de novo."
Entre
minisséries e especiais, Flávia Alessandra fez Aquarela
do Brasil, (2000) Você Decide (2000), Linha Direta (2004), Mulher (1998), Carga
Pesada (2004), A
Diarista (2004), entre outros. “Foi um trabalho diferente, de
desconstrução. Ela era uma dona de casa bem espalhafatosa, bem exagerada,
bregona, cabelo encaracoladão e era comédia. Foi depois de A Diarista, que
fui chamada para fazer a Vanessa de Pé na Jaca”, observa a atriz.
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Além do Horizonte (2013) |
No
cinema, fez filmes como O Homem que Desafiou o Diabo (2007) e Não
se Preocupe, Nada Vai Dar Certo (2011). “Tive a experiência de fazer
cinema e isso teve pouco peso na minha carreira, mas para minha profissão teve
muito. Fiz uma participação em Boca de Ouro com o (Walter) Avancini
dirigindo. Tinha de 11 para 12 anos, e já tinha feito uma batelada de testes.
Os minutos que tive com o Avancini me prepararam para vida”, relembra Flávia
Alessandra que sonha em ser uma atriz versátil. “Quero poder brincar e fazer de
tudo um pouco”.
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