Representantes
dos governos do Brasil e da China assinaram nesta terça-feira (19), durante
cerimônia em Brasília, 35 acordos de cooperação em oito áreas que envolvem
investimentos de US$ 53 bilhões. A presidente Dilma Rousseff e o
primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, acompanharam o evento, depois de uma reunião
entre os dois no Palácio do Planalto. Li
Keqiang chegou ao Brasil nesta segunda (18). Ainda nesta terça, ele se
encontrará com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na quarta (20) e na quinta (21), Keqiang terá
compromissos no Rio de Janeiro.
Entre
as áreas que serão beneficiadas com os acordos anunciados nesta terça, estão
planejamento estratégico, infraestrutura, transporte, agricultura e energia.
Dos
35 acordos, também haverá cooperação entre os países nas áreas de mineração,
ciência e tecnologia e comércio. O
Brasil tem a China como
principal parceiro comercial. Em 2014, as exportações para o país asiático
somaram US$ 40,6 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 37,3 bilhões,
resultando em um fluxo comercial de US$ 77,9 bilhões, segundo dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Entre
janeiro e abril deste ano, o comércio entre Brasil e China acumulou US$ 21,7
bilhões.
Entre
os atos assinados, há um acordo que que prevê cooperação no desenvolvimento de
investimentos na área de capacidade produtiva; cooperação na elaboração de
estudos de viabilidade do projeto ferroviário transcontinental; e cooperação
para financiamento de projetos da Petrobras no valor de R$ 5 bilhões.
Outros
acordos preveem também instalação do complexo metalúrgico do Maranhão;
financiamento para a compra de 40 aeronaves da Embraer pela China; cooperação
na área de tecnologia nuclear; e criação do polo automotivo de Jacareí (SP).
Além
desses, outros acordos determinam a oferta de treinamento em tecnologia da
informação, na China, a bolsistas do programa Ciência Sem Fronteiras; e
financiamento de 14 navios de minério de ferro com capacidade para 400 mil
toneladas.
Dos
35 acordos assinados entre Brasil e China, um prevê cooperação entre o governo
do Mato Grosso do Sul, o Banco de Desenvolvimento da China e o Grupo China BBCA
sobre o processamento de milho e soja. Outros acordos prevem cooperação
científica, “relacionamento de longo prazo” entre a Petrobras e a chinesa ICBC.
Na
cerimônia, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o ministro da Administração
Geral e Supervisão de Qualidade da China, Zhi Shuping, assinaram também
protocolo de requisito de saúde e quarentena sobre a exportação da carne bovina
do Brasil ao país asiático.
Na
prática, o embargo da China à carne bovina brasileira, vigente desde 2012,
caiu. Desta forma, explicou o Ministério da Agricultura, oito plantas de
produção de carne bovina brasileiras passarão a exportar carne para o país
asiático.
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