A Indonésia e
a Malásia fecharam um acordo nesta quarta-feira (20) para acolher temporariamente
milhares de imigrantes que aguardavam resgate em alto-mar. Trata-se de uma potencial solução para a crise humanitária que atinge o sudeste
asiático há semanas.
O
anúncio do acordo foi feito pelo ministro das Relações Exteriores da Malásia,
Anifah Amam,
após um encontro com autoridades indonésias e tailandesas. Grande parte dos
imigrantes que esperavam refúgio é muçulmana, rohingya ou originária de
Bangladesh. Cerca de 400 imigrantes foram resgatados na manhã desta
quarta-feira por pescadores na costa da Indonésia e levados à terra
firme.
Eles
ficaram em alto-mar por meses. "Estavam desidratados, frágeis e
famintos", declarou uma agência de resgate.
A Tailândia, por sua vez, não integra o acordo, que tem várias condições. A
Malásia e a Indonésia não se comprometeram com as operações de busca e resgate,
mas sim, somente em dar "abrigo temporário" de no máximo um ano aos
imigrantes que chegarem às suas costas. Os dois países também disseram que não
acolherão pessoas que chegarem a partir de hoje. Serão recebidos apenas os
cerca de sete mil imigrantes que estavam à deriva, impedidos que chegar aos
territórios.
Até
o momento,
Malásia, Tailândia e Indonésia estavam se negando a fornecer suprimentos às
embarcações. Quando elas tentavam chegar à costa, eram rebocadas novamente para
alto-mar.
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