Repercutiu
muito mal nos bastidores da Globo a polêmica na qual se Zeca Camargo se
envolveu no último domingo (28) ao analisar na Globo News o panorama
cultural nacional a partir da morte do cantor Cristiano Araújo. Impressionado
com o tamanho da cobertura da TV, o jornalista provocou a ira de fãs e
cantores de música sertaneja ao afirmar que a idolatria a "uma figura
relativamente desconhecida" revela a "pobreza da atual alma cultural
brasileira".
Para
executivos da Globo, Camargo foi no mínimo infeliz e inoportuno. Comprar uma
briga com fãs e artistas sertanejos, às vésperas de estrear um novo programa, é
péssimo para a emissora. Teme-se que uma legião gigantesca de telespectadores
rejeitem o É de Casa, programa que terá Camargo como um dos apresentadores, no
ar nas manhãs de sábado a partir de agosto. Isso sem contar o provável boicote
de cantores sertanejos, que poderão recusar convites para se apresentarem no
programa.
O
gesto de Zeca Camargo de pedir desculpas no Vídeo Show de ontem não aliviou a
situação do jornalista. Pelo contrário, só piorou. Isso porque Camargo se
referiu a Cristiano Araújo como Cristiano Ronaldo. Para boa parcela dos fãs do
cantor (e para profissionais da Globo também), pareceu que a gafe foi de
propósito, para reforçar ainda mais a ideia de o sertanejo era um ilustre
desconhecido, a ponto de ser confundido com jogador de futebol.
Zeca
Camargo será o assunto de reuniões na emissora nos próximos dias. Suas
declarações vão influenciar na estratégia de lançamento do novo
programa. Há quem defenda que ele desapareça do ar até agosto. Os mais
radicais acham que ele deveria ficar de fora do É de Casa, atração cuja
principal missão será treinar novos apresentadores, como Tiago Leifert,
Patricia Poeta e André Marques, entre outros.
Texto:
Notícias da TV
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