A
Odebrecht divulgou nesta segunda-feira (22) um comunicado pago, em
jornais, questionando os argumentos usados pelo juiz Sergio Moro para decretar
as prisões dos empreiteiros. No
texto, a empresa destaca que no e-mail endereçado à Odebrecht, a palavra
"sobrepreço nada tem a ver com superfaturamento, ou qualquer
irregularidade. Representa apenas a remuneração contratual que a empresa propôs
à Sete Brasil".
"A
decisão que decretou as prisões de nossos executivos e deferiu as buscas e
apreensões, evidencia que passado mais de um ano do início da Lava Jato, a
Polícia Federal não apresentou, como alegado na decisão judicial, qualquer fato
novo que justificasse as medidas de força cumpridas, totalmente desnecessárias
e, por isso mesmo, ilegais."
No
texto, a Odebrecht afirma ainda que não participou de qualquer cartel.
"Não há cartel num processo de contratação inteiramente controlado pelo
contratante, como ocorre com a Petrobras, onde a mesma sempre definiu seus
próprios orçamentos e critérios de avaliação técnico-financeiro e de
performance."
O
presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi preso na sexta-feira (19),
durante a 14 fase da Operação Lava Jato. De acordo com a Polícia Federal e o
Ministério Público Federal, a Odebrecht, assim como a Andrade Gutierrez, usavam
um esquema sofisticado de pagamento de propina a agentes públicos e políticos
por meio de contas no exterior. Ainda segundo a PF, os executivos são
suspeitos de crime de formação de cartel, fraude em licitações, corrupção de
agentes públicos, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
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