O
papa Francisco se reuniu nesta segunda-feira (15) com o presidente da Colômbia,
Juan Manuel Santos, com quem discutiu o processo de paz e as negociações em
curso com o grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
(Farc).
A
reunião durou 20 minutos e ocorreu na biblioteca vaticana.
Santos
estava acompanhado de 10 pessoas, entre elas seu filho, Martin. "Rezei
muito e ainda rezo pelo processo de paz", disse o líder da Igreja
Católica, enquanto Santos confessava que estava no Vaticano justamente para
pedir ajuda do Papa nas negociações. De acordo com o presidente colombiano,
Francisco se ofereceu para mediar pessoalmente as negociações entre o governo e
os guerrilheiros das Farc. As Farc são o mais antigo grupo insurgente na
América Latina, em atividade desde 1964 e com forte influência militar. Logo
que tomou posse, em 2010, Santos iniciou um processo de negociação que culminou
em 2012 com diálogos diretos em Cuba. Diversos acordos de cessar-fogo já foram
propostos, mas nenhum conseguiu obter consenso e vigorar permanentemente.
No
ano passado, o Papa ajudou a mediar um acordo histórico de
reaproximação entre Cuba e Estados Unidos, que tinham relações diplomáticas
rompidas há mais de meio século. Santos também disse que falou com Francisco
sobre uma possível viagem à Colômbia. "Ele disse que gostaria de ir ao
país, mas que as datas estão em aberto. Caso seja alcançado um acordo de paz, a
viagem será antecipada", relatou o mandatário. De acordo com Santos, além
da viagem e das negociações, o Papa também falou sobre ecologia e os danos
causados pelo narcotráfico ao meio ambiente. O tema tem despertando grande
atenção do Pontífice, que lançará no próximo dia 18 uma encíclica sobre isso.
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