A
Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão
para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva,
entre os anos de 2011 e 2013. É a primeira vez que os negócios do ex-presidente
aparecem nas investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de
cartel e corrupção na Petrobrás com prejuízo de R$ 6 bilhões já reconhecidos
pela estatal.
São
três pagamentos de R$ 1 milhão cada registrados como “Contribuições e Doações”
e “Bônus Eleitoral” para o Instituto, aberto por Lula após ele deixar a
Presidência da República, em 2011. A revelação sobre o elo da empreiteira – uma
das líderes do cartel alvo da Lava Jato – com Lula consta do laudo 1047/2015,
da Polícia Federal, anexado nesta terça-feira, 9, nos autos da investigação.
Dois
executivos da empreiteira, Dalton
dos Santos Avancini e Eduardo
Hermelino Leite, confessaram em acordo de delação premiada que foram feitas
doações eleitorais ao PT após pedido do ex-tesoureiro do partido João Vaccari
Neto – preso, em Curitiba, pela Lava Jato.
O
doleiro Alberto Youssef – peça central da Lava Jato – também citou o nome de
Lula ao afirmar em delação à Procuradoria, no dia 4 de outubro de 2014, que
“tinham conhecimento” do esquema de corrupção na estatal “o Palácio do
Planalto” e “a presidência da Petrobrás”. Em seguida ele citou nominalmente o
ex-presidente.
Lula
não é alvo de investigação da Lava Jato. Recentemente, o ex-presidente atacou
publicamente o que chamou de “insinuações” envolvendo seu nome na
operação.
“Eu
não ia dizer isso aqui, mas estou notando todo santo dia insinuações. ‘Lá na
Lava Jato vão citar o nome do Lula’. ‘Querem que empresários citem meu nome’.
‘O objetivo é pegar o Lula’.”, desabafou no ato de 1º de Maio, em São Paulo.
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