A
trama tinha como ponto de partida as lendas heroicas do sertão nordestino e o
encantamento suscitado pela realeza europeia, temas presentes nos poemas de
cordel, originados na Europa da Idade Média. A partir dessa base narrativa,
criou-se o romance do casal central da novela, formado por Açucena (Bianca
Bin), uma cabocla brejeira criada por lavradores no Nordeste do Brasil, sem
saber que é a princesa de um reino europeu; e Jesuíno (Cauã Reymond), um jovem
sertanejo que desconhece ser filho legítimo do cangaceiro mais famoso da
região.
A
Profecia:
A
história começa com uma profecia. Em Brogodó, pequena cidade no sertão do
Nordeste, o pregador Miguezim (Matheus
Nachtergaele), santo para uns, mendigo e louco para outros, tem um sonho.
Nele, uma bola de fogo aparece no céu em uma noite escura e cai na mata do
sertão. O fogo se espalha e a devasta. De manhã, no meio das cinzas, a chuva
faz brotar uma pequena e delicada flor vermelha: a açucena, ou lírio. Miguezim
acredita que o sonho seja um aviso. Segundo ele, está para surgir um rei no
sertão, que transformará tristeza em alegria; fome em fartura. Quem também tem
esse sonho é o monarca Augusto (Carmo Dalla Vecchia). A diferença é que ele
está do outro lado do Atlântico, na velha Europa, mais precisamente no reino de
Seráfia do Norte. Ao acordar angustiado, ele procura o conselheiro Amadeus (Zé
Celso Martinez) para ajudá-lo a decifrar o significado do sonho. O velho sábio
lhe diz que as imagens representam uma longa viagem que Augusto fará ao
hemisfério sul. Ele conta que, nessa viagem, haverá um conflito que o fará
deixar por lá um bem precioso, mas que, graças a isso, esse lugar tão longínquo
finalmente poderá conhecer a felicidade e a justiça.
É
em Seráfia do Norte que nasce a protagonista dessa história: a princesa Aurora
Catarina Ávila de Seráfia (Bianca Bin), filha de Augusto e da rainha Cristina
(Alinne Moraes). E esse nascimento ganha ares de milagre, pois pode trazer a solução
para os conflitos entre reinos vizinhos e inimigos. A cisão entre Seráfia do
Norte e Seráfia do Sul, em guerra há anos, ocorreu após uma revolução popular,
e, desde então, os dois reinos vivem conflitos que parecem não ter fim. O
acordo para o término dos combates é selado no leito de morte do rei Teobaldo (Thiago
Lacerda), monarca de Seráfia do Sul. Vendo o marido muito ferido, depois de
mais uma terrível batalha, a rainha Helena (Mariana Lima) vai ao castelo
inimigo amaldiçoar toda a família do rei Augusto. Faz isso grávida de Inácio
(Maurício Destri) e acompanhada de seu filho mais velho, Felipe (Jayme
Matarazzo). O monarca se comove com a dor de Helena e, por sugestão de
Cristina, propõe um acordo a Teobaldo, ferido mortalmente: seus primogênitos
Aurora e Felipe devem se casar quando atingirem a maior idade, unificando e
trazendo paz aos dois estados. Teobaldo aceita o acordo e morre logo depois. As
duas crianças são apresentadas publicamente como os futuros reis de Seráfia.
Expedição
Seguindo
a interpretação onírica feita por Amadeus, uma longa viagem começa a ser
planejada. Zenóbio Alfredo (Guilherme Fontes), botânico de Seráfia do Norte,
que estava no Brasil envolvido com pesquisas científicas, traz ao rei notícias
de um tesouro, escondido em terras tropicais pelo fundador do reino, Dom
Serafim. O botânico sugere que o rei financie uma expedição a Brogodó, e
Augusto, amante das ciências e das aventuras, não só concorda com a ideia como
faz questão de liderar a empreitada. O rei só não contava que sua esposa, a
rainha Cristina, resolveria acompanhá-lo, levando consigo a pequena Aurora. Augusto
e sua rainha vivem uma vida harmoniosa e feliz, sem imaginar que estão cercados
por dois vilões: Úrsula (Débora
Bloch), cunhada do rei, e Nicolau (Luiz
Fernando Guimarães), o atrapalhado mordomo da corte. A bela, elegante e
sofisticada duquesa é a pessoa mais perigosa e falsa de todo o reino. Ajudada
por Nicolau, seu amante, Úrsula deseja se tornar rainha. E a viagem a Brogodó é
a chance que a duquesa sempre quis para se livrar de Cristina e da princesa.
Os
vilões
Úrsula
sempre foi desejada por todos os homens de Seráfia e chegou a ter um breve
romance com Augusto, mas, trocada pela plebeia Cristina, acabou casando-se com
Petrus (Felipe Camargo), irmão mais novo do rei, com quem teve Lady Carlota
(Luana Martau). Um dia, Petrus flagra uma conversa de Úrsula e Nicolau, em que
ela confessa seus planos de tirar do seu caminho a rainha e a princesa. Antes
que ele conte tudo o que descobriu ao rei, Úrsula e Nicolau o prendem em uma
masmorra, escondendo seu rosto atrás de uma máscara de ferro. O plano é
executado com sucesso, e ela mente a todos, anunciando a morte do marido. Após
a “viuvez”, Úrsula acredita ser mais fácil dar fim à rainha Cristina e à
princesa Aurora. A
sede de poder da dupla de vilões é crescente: no Brasil, para onde se muda com
a corte europeia, o casal continua a planejar e executar planos para conseguir
o que quer. No decorrer da novela, revela-se que Lady Cecília (Sofia Terra),
que Úrsula criava como sobrinha, é filha da vilã com o general Baldini (Emílio
de Mello), militar do exército de Seráfia do Norte.
Cangaço
Em
Brogodó, para onde os poderosos do reino de Seráfia do Norte se direcionam, um
cangaceiro abre mão de sua esposa e de seu filho para seguir no cangaço com a
certeza de que seus familiares estarão seguros. Na calada da noite, o capitão
Herculano (Domingos Montagner), o mais temido dos cangaceiros, leva sua mulher,
Benvinda (Claudia Ohana), e Jesuíno, de dois anos, para a casa do coronel
Januário (Reginaldo
Faria), dono da maior fazenda da região. Em troca, o cangaceiro oferece ao
coronel proteção contra seus inimigos. Antes de ir embora, o cangaceiro promete
buscar Jesuíno quando ele for adulto. Revoltada, Benvinda jura que nunca
permitirá que o filho ingresse no cangaço para viver em meio à violência, à dor
e ao sofrimento. Mas para Herculano, o destino do pequeno Jesuíno está traçado:
ele é filho do rei do cangaço, herdeiro do pai. Essa é a sina do menino, e nada
poderá mudá-la. Benvinda se arrepende de ter se unido a Herculano em busca de
uma vida de aventuras, pois acabou amendrontada. Enquanto
rei Augusto lidera a expedição da corte a Brogodó, Nicolau descobre que
Herculano pretende roubar a comitiva. O mordomo sugere a Úrsula que essa seria
a ocasião perfeita para colocar em prática seu plano de se livrar da rainha
Cristina e da pequena Aurora. Assim que o tesouro é localizado, Herculano ataca
a comitiva de Seráfia. Nicolau se aproveita da confusão e rouba a carroça com o
tesouro, sequestrando a rainha e a princesa, acusando os cangaceiros do crime.
Na fuga, no entanto, a roda da carroça quebra, e Cristina vê a oportunidade de
fugir. A rainha consegue chegar à casa dos lavradores Euzébio (Enrique Diaz) e
Virtuosa (Ana Cecília Costa) e implora para que eles fiquem com sua filha,
evitando que a criança seja vítima de Úrsula. Nicolau
consegue recapturar Cristina, mas demora a perceber que o bebê não está mais
com ela. Os dois lutam em uma carroça em movimento, que acaba caindo em um
precipício. Nicolau se salva, mas Cristina, não. O veículo voa pelos ares,
levando consigo a rainha de Seráfia e o tesouro. Quando
acaba a luta do rei Augusto e de seus homens contra os cangaceiros, Herculano
volta sozinho para seu esconderijo e, no caminho, depara-se com os destroços da
carroça, no fundo de um precipício. Ele encontra Cristina, que, à beira da
morte, faz seu último pedido: que Herculano conte ao rei Augusto a verdade
sobre Aurora.
Açucena
e Jesuíno
A
linda Açucena cresce feliz, educa-se na escola da cidadezinha e vive cercada de
amigos – entre eles, Jesuíno. Coincidentemente, ambos desconhecem suas
verdadeiras origens: Jesuíno não sabe que é filho do cangaceiro, e Açucena, que
é filha de um monarca da realeza europeia. Os dois têm muitas afinidades e são
companheiros inseparáveis. Jesuíno também protege a moça contra as maldades de
Timóteo, o problemático filho do coronel. Os anos se passam, e a forte amizade
vai virando amor. Com
o tempo, Açucena se transforma em uma linda moça, e Jesuíno, em um rapaz
bonito, forte, generoso e brincalhão, o braço-direito do coronel Januário. Mas
as coisas se complicam para o casal quando o padrinho do rapaz morre, e
Timóteo, recém-chegado do Rio de Janeiro, assume o lugar do pai na fazenda.
Herdeiro do prestígio do coronel, o “playboyzinho” se embriaga com o poder e
começa a maltratar os pobres sertanejos de Brogodó. Jesuíno, que administra a
fazenda, tenta ajudar os empregados como pode, diante da piora das condições de
trabalho impostas por Timóteo. Na verdade, os dois não atendem ao pedido de
Januário, feito antes de ele morrer. À beira da morte, o coronel chama filho e
afilhado para uma conversa. Em um clima de despedida, declara que sempre gostou
dos rapazes igualmente, palavras que sensibilizam Jesuíno e provocam ciúmes em
Timóteo. Muito fraco, o coronel suplica que ambos tentem conviver em paz,
apesar de amarem a mesma mulher. Mesmo
com todos os problemas, Jesuíno está muito feliz por ter conseguido juntar
dinheiro para realizar seu maior sonho: casar-se com a amada Açucena. O que ele
não sabe é que seu casamento corre perigo. Timóteo não se conforma em perdê-la
para Jesuíno e se esforça para impedir o casamento.
Revelação
Passados
20 anos, o cangaceiro Herculano decide cumprir a promessa que fez à rainha
Cristina: contar ao rei que sua filha está viva. Sabendo que Zenóbio, o único
cidadão europeu da região, mantém contato direto com o monarca, conta tudo o
que sabe para o botânico, que, em seguida, decide ir a Seráfia para dar
pessoalmente a notícia ao rei. O
rei Augusto mal pode conter a ansiedade em chegar a terras brasileiras e
reencontrar sua filha Aurora, dessa vez acompanhado da rainha-mãe Efigênia (Berta Loran).
Preparada para fazer amizade com os nativos, ela leva espelhos, miçangas e
outras bugigangas. Quem não demonstra a mesma felicidade é Úrsula. A duquesa
culpa Nicolau pela volta ao sertão brasileiro e pela interrupção do casamento
de Carlota com Felipe, já que a noiva prometida ao rapaz, a princesa Aurora,
está viva. Os príncipes e irmãos Felipe e Inácio também estão de malas prontas
e apreensivos para começarem as buscas. Ao chegar ao Brasil, eles se instalam
no palácio da prefeitura de Brogodó.
Ao
descobrir ser filha do rei – tendo ouvido uma conversa entre Augusto e seus
pais adotivos –, Açucena fica confusa e não admite ter de abandonar Jesuíno e
seus pais de criação para se tornar uma nobre. Assim que recebem a notícia de
que Açucena é, na verdade, a princesa Aurora, o prefeito Patácio (Marcos
Caruso) e sua mulher Ternurinha (Zezé Polessa) tratam de divulgar o fato. Eles
convidam toda a imprensa para conferir de perto quem é essa nobre moça que foi
criada por uma simples família de lavradores. Na verdade, o prefeito e a
primeira-dama querem se aproximar da família real e tirar vantagem da situação.
Mas a jovem, não acostumada a ser o centro das atenções, foge dos flashes e
envergonha o rei. Jesuíno não gosta nada da nova vida de sua noiva, principalmente da aproximação
do príncipe Felipe. Açucena, no entanto, não se entrega aos galanteios do rapaz
e insiste em seu noivado com Jesuíno. Para
enfrentar Timóteo, Jesuíno reúne seus fiéis amigos Galego (Renan Ribeiro),
Quiquiqui (Marcello Novaes) e Setembrino (Glicério Rosário) para agirem contra
os desmandos do vilão. Os benfeitores usam lenços cobrindo seus rostos e,
montados a cavalo, tentam fazer justiça. Eles, por exemplo, roubam comida do estoque
da fazenda e a distribuem aos colonos.
A
rainha Helena chega de surpresa a Brogodó e conta a todos que Seráfia sofre com
uma intensa revolta popular, que acabou provocando a morte de Amadeus (Zé Celso
Martinez Correa). O povo europeu exige o cumprimento do acordo de paz entre as
famílias reais de Seráfia do Norte e do Sul. Augusto conta à rainha que Aurora
já foi encontrada, mas que não quer assumir o posto real e se casar com Felipe.
Úrsula sugere que eles retomem a ideia de unir Felipe e Carlota, mas Augusto
não gosta da sugestão e garante que, com um pouco mais de tempo, conseguirá
convencer sua filha a mudar de ideia. Jesuíno
está decidido a se casar com Açucena, mas, já sabendo ser filho de Herculano,
teme que seu desejo não se realize. O cangaceiro não para de pressionar o filho
para que ele siga sua sina. A moça pergunta ao noivo o motivo de tanta aflição,
e ele mente. Ele diz que teme que ela abandone o trono de princesa em nome do
amor dos dois. Porém, pressionado pela amada, ele acaba revelando o real motivo
de tanta preocupação. Para seu alívio, Açucena diz que não se importa com suas
origens.
Tramas
Paralelas:
O
botânico e a sertaneja:
O
botânico Zenóbio (Guilherme Fontes) é um dos grandes amigos do rei Augusto.
Quando o monarca desiste de procurar Aurora no Brasil e volta para Seráfia,
Zenóbio lhe informa que permanecerá em Brogodó, pois seu coração foi fisgado
pela flora e fauna da região e também pela graciosa sertaneja Florinda
(Emanuelle Araújo). O casal se casa, tem três filhas – Rosa (Isabelle
Drummond), Dulcina (Barbara Maia), Zig (Caio Manhente) – e passa a criar Teínha
(Patrícia Werneck), a irmã mais nova de Florinda. A
esposa de Zenóbio é uma mulher de fibra. Sustenta a família por meio de sua
venda, que, à noite, transforma-se em um concorrido espaço de forró. É lá que
os músicos Setembrino (Glicério Rosário) e Quiquiqui (Marcello Novaes) se
apresentam. Quando está na cidade, Farid (Mouhamed Harfouch) se junta a eles,
trazendo sua sanfona e completando a animação. É
Florinda quem decide descobrir a identidade do misterioso homem da máscara de
ferro. Ela o leva para casa e, com a colaboração de Zenóbio, ajuda o duque a
retirar a máscara que o aprisionou por 20 anos. Após muitas marteladas, o
cadeado se abre e, finalmente, o irmão do rei fica livre de seu fardo. O casal
se impressiona com a péssima aparência de Petrus (Felipe Camargo), que, ao
receber os cuidados de Florinda e ter barba e cabelos cortados, é reconhecido
por Zenóbio.
Farid
e seu harém
De
tanto viajar, extraindo dentes e cortando cabelo, Farid acabou conquistando
três mulheres. Dispensando igual atenção a todas, consegue manter os
relacionamentos em segredo por anos. Neusa (Heloísa Périssé), a controladora
irmã do delegado Batoré (Osmar
Prado), é invejada por todas as mulheres de Brogodó. Elas acham Farid o
marido ideal. Mas, quando passava pelo povoado de Vila da Cruz, o turco se
encantou pela feminina e sensual Bartira (Andréia Horta). Não fosse pouco,
ainda arrumou tempo para Penélope (Paula Burlamaqui), uma moderna e sofisticada
jornalista da capital.
No entanto, no decorrer da novela, as escapadas amorosas
de Farid são descobertas por Neusa. Após derramar muitas lágrimas, ela toma a
decisão radical de se transformar em uma mulher mais exuberante, ousada. Para
começar, ela troca suas roupas, antes discretas, por peças mais chamativas,
coloridas e provocantes. Ela solta os longos cabelos e se maquia.
Irreconhecível, sai de casa, pronta para testar seu poder de sedução. Seu
primeiro alvo é Baldini (Emílio de Mello). O general fica impressionado com a
mudança de atitude de Neusa, e ela lhe dá um beijo. Mas ela termina a novela
com Quiquiqui (Marcello Novaes), com quem consegue ter o tão sonhado filho.
Doralice
Doralice
(Nathalia Dill) é filha do prefeito Patácio Peixoto (Marcos Caruso) e da
primeira-dama Ternurinha (Zezé Polessa) e irmã de Fausto (Renato Góes). Volta a
Brogodó, depois de anos estudando fora, e seu pai já lhe dá uma importante
função: a de acompanhar o príncipe Felipe (Jayme Matarazzo) em sua estada na
cidade. A princípio, nem Dora nem Felipe gostam muito da ideia. Considerada a
ovelha negra da família, Dora sempre gostou mais das brincadeiras de meninos e
voltou da cidade com hábitos modernos demais para o gosto da mãe. Com o gênio
completamente oposto, Felipe, frágil e tímido, assusta-se com o estilo
“arretado” da moça. Em troca do favor de acompanhar o príncipe, Doralice
convence o pai a deixá-la trabalhar na prefeitura e a se envolver nas questões
da cidade. A jovem apaixona-se por Jesuíno (Cauã Reymond) e tenta fazer parte
do bando de justiceiros do amado, mas é rejeitada por ser mulher. Para ser aceita
no grupo, acaba fingindo-se de homem, assumindo a identidade de Fubá. Além de
ficar perto do rapaz, ela poderia lutar ao lado dele e fazer justiça. No
decorrer da novela, Dora se apaixona por Felipe, com quem se casa.
O
rei e a cozinheira
Ao
chegar ao Brasil pela segunda vez, o rei Augusto se encanta pela cozinheira por
Maria Cesária (Lucy Ramos), assim que a vê, pela primeira vez, na cozinha do
prefeito Patácio. A beleza da jovem, sua timidez e seu tempero maravilhoso o
conquistam completamente. Ele não se importa que ela seja uma serviçal e
investe no romance. Ele fica receosa, mas se entrega e termina a novela rainha
e grávida do rei.
Úrsula
e Herculano
No
decorrer da novela, Úrsula (Débora
Bloch) apaixona-se pelo capitão Herculano (Domingos Montagner). Depois de
tentar, em vão, convencê-lo a roubar o tesouro de Seráfia para escaparem juntos
de Brogodó, a duquesa foge do acampamento, mas é picada por uma cobra enquanto
se esconde na mata. Herculano a encontra e a leva de volta. Angustiado e com
medo de que algo aconteça com a duquesa, o capitão ordena que Belarmino (João
Miguel) busque o médico da cidade. Após o susto, Úrsula diz que o cangaço não é
vida para ela, mas que eles poderiam ter uma vida de luxo se ele aceitasse
roubar o tesouro. Mas o capitão mantém firme sua decisão.
Curiosidades:
Segundo
o diretor de núcleo Ricardo Waddington, Cordel Encantado foi a
primeira novela a utilizar a técnica de gravação em 24 quadros.
Para
interpretarem seus personagens, Bruno Gagliasso (Timóteo), Bianca Bin (Açucena)
e Cauã Reymond (Jesuíno) tiveram aulas de montaria em um rancho em Guaratiba,
Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Presente
das autoras Thelma Guedes e Duca Rachid, o livro Cangaceiros, Coiteiros e
Volantes, de José Anderson Nascimento, foi usado por Cauã Reymond como fonte
para entender o universo sertanejo e nordestino.
As aulas com o músico Netinho Ferreira ajudaram os atores Glicério Rosário (Setembrino), Mouhamed Harfouch (Farid) e Marcello Novaes (Quiquiqui) a se prepararem para os papéis de músicos que interpretariam. Os atores tocavam, na novela, respectivamente, triângulo, acordeão e zabumba.
As aulas com o músico Netinho Ferreira ajudaram os atores Glicério Rosário (Setembrino), Mouhamed Harfouch (Farid) e Marcello Novaes (Quiquiqui) a se prepararem para os papéis de músicos que interpretariam. Os atores tocavam, na novela, respectivamente, triângulo, acordeão e zabumba.
Marcello
Novaes contou ainda com a ajuda de uma fonoaudióloga e de amigos gagos para
viver seu personagem, que sofria do problema.
A autora
Thelma Guedes destaca a importância que sua relação com o Nordeste teve para a
construção da trama da novela. Seus pais eram nordestinos, mas, como se mudaram
para o Rio de Janeiro há mais de 50 anos, a região se tornou uma referência, ao
mesmo tempo, próxima e distante. E foi por influência de seu marido, Eromar
Bomfim, muito apegado às suas raízes nordestinas, que a autora reinseriu o
Nordeste em sua vida. O contato com o universo nordestino atual e, em
particular, o sertanejo, mostrou-lhe como esse nordeste “mítico”, do qual ela
se aproximou em sua infância e através da literatura, continua a existir. Ela
acredita que o Nordeste é um lugar praticamente atemporal no aspecto cultural,
apesar dos avanços tecnológicos. A autora lembra ainda que a novela foi
concebida antes mesmo de Cama de Gato (2009).
A
festa de lançamento da trama aconteceu em São Paulo, contando com cenários e
gastronomia que homenageavam a cultura nordestina. Mas tudo também tinha toques
de nobreza, para representar a altivez de reis e rainhas do núcleo de Seráfia.
Depois da apresentação do clipe da novela, o forró de Dominguinhos contagiou os
convidados. Acompanhado de sua filha Liv Moraes e de Targino Gondim, o
sanfoneiro cantou grandes sucessos como Xote das Meninas, Isto Aqui
Tá Bom Demais e Eu só Quero um Xodó. Ainda durante a festa, o
repentista Miguel Bezerra, que produziu os repentes dos teasers da
novela, fez repentes com os convidados da festa.
Elenco:
Bianca Bin – Açucena
Cauã Reymond – Jesuíno
Nathália Dill - Doralice
Bruno Gagliasso - Timóteo Cabral
Débora Bloch – Úrsula
Carmo Dalla Vecchia – Rei Augusto
Lucy Ramos – Maria Cesária
Domingos Montagner – Capitão Herculano
Jayme Matarazzo – Príncipe Filipe
Luiza Valdetaro – Antônia
Marcos Caruso – Prefeito Patácio Peixoto
Zezé Polessa – Ternurinha
Luis Fernando Guimarães – Mordomo Nicolau
Luana Martau –Carlota
Tuca Andrada – Zóio Furado
Osmar Prado – Delegado Altino Batoré
Cláudia Ohana – Benvinda
Matheus Nachtergaele – Profeta Miguézim
Nanda Costa – Lilica
Isabelle Drummond – Rosa
Mariana Lima – Rainha Helena
Berta Loran – Rainha-Mãe Efigênia
Ana Cecília Costa – Virtuosa
Enrique Diaz – Eusébio
Emílio de Mello – General Baldini
Andreia Horta – Bartira
Mouhamed Harfouch – Farid
Paula Burlamaqui – Penélope
Heloísa Perissé – Neusa
Land Vieira – Tibungo
Maurício Destri – Príncipe Inácio
Miguel Rômulo – Cícero
João Miguel – Belarmino
Felipe Camargo – Príncipe Petrus
Emanuelle Araújo – Florinda
Guilherme Fontes – Zenóbio
Flávia Rubim – Filomenna
Marcelo Novaes – Quiquiqui
Patrícia Werneck – Teinha
Débora Duarte – Dona Amália
Tony Tornado – Damião
Genézio de Barros – Padre Joaquim
Ilva Niño – Cândida
Aramis Trindade – Raimundo
Participação Especial
Thiago Lacerda – Rei Teobaldo
Alinne Moraes – Rainha Cristina
Reginaldo Faria – Coronel Januário Cabral
Caco Ciocler – Coronel Pedro Falcão
Mayana Neiva – Vicentina Celeste
Trilha Sonora
Minha Princesa Cordel - Gilberto
Gil & Roberta Sá
Bela Flor - Maria Gadú
Quando Assim - Núria Mallena
Candeeiro Encantado – Lenine
Maracatu Atômico - Chico Science & Nação Zumbi
Chão de Giz - Zé Ramalho
Saga - Filipe Catto
Circulandô de Fulô - Caetano Veloso
Tum Tum Tum - Karina Buhr
Coração - Monique Kessous
Na Primeira Manhã - Alceu Valença
Melodia Sentimental – Djavan
Estrela Miúda - Maria Bethânia
Carcará – Otto
Rei José - Silvério Pessoa
Xamêgo - Luiz Gonzaga
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