terça-feira, 14 de agosto de 2012

Especial - Decepções nas Olimpíadas

Muitas estrelas do esporte deixaram os Jogos de Londres com o sorriso amarelo, surpreendidos por verem seu favoritismo desmoronar nas pistas, quadras ou piscinas. Campeões mundiais foram batidos e recordistas tiveram brilho apagado diante de desafiantes mais preparados, ou mesmo se complicando por conta própria. Este grupo contou com nomes de peso do esporte, como o brasileiro Cesar Cielo, recordista mundial dos 50 m e 100 m livre na natação. A musa Yelena Isinbayeva também voltou para a Rússia sem a medalha de ouro no pescoço, apesar de dominar o circuito do salto com vara em boa parte dos últimos anos. Veja os destaques.

Yelena IsinbayevaFavorita ao ouro no salto com vara, a russa não conseguiu saltar mais do que 4,70 m e deixou Londres com o bronze, ficando atrás da norte-americana Jennifer Suhr e da cubana Yarislei Silva. Recordista mundial com 5,06 m, a bicampeã olímpica saiu dos Jogos com a promessa de tentar a vitória no Rio de Janeiro em 2016. Na mesma prova a brasileira Fabiana Murer não conseguiu passar da etapa eliminatória, apesar de ser uma das candidatas a medalha. A atleta responsabilizou as condições do vento pelo fracasso.

Roger FedererO jogador mais vitorioso da história do tênis não conseguiu uma das últimas façanhas restantes na carreira. O número 1 do mundo Federer caiu na final diante do britânico Andy Murray, na mesma quadra onde havia derrotado o mesmo adversário na decisão de Wimbledon três semanas antes. O suíço começou a Olimpíada com sufoco na estreia diante do azarão colombiano Alejandro Falla e volta para a casa sem o ouro, em sua terceira tentativa olímpica.

Espanha no Futebol - Atual bicampeã europeia e vencedora da última Copa do Mundo, a Espanha não conseguiu confirmar sua condição de força dominante do futebol na Olimpíada. Mesmo com alguns jogadores presentes na conquista da última Euro, a equipe foi eliminada ainda na primeira fase, com derrotas para Japão e Honduras e empate com Marrocos. Após a competição o técnico Luis Milla foi demitido pela federação de futebol do país, apesar de vir de um título continental no Sub-21.

Cesar Cielo - Depois da glória em Pequim, o nadador brasileiro teve um desempenho apenas discreto em Londres. Primeiro Cielo passou longe do pódio nos 100 m livre, com a sexta colocação na bateria final. Favorito ao segundo ouro nos 50 m, o atleta do país dominou as eliminatórias, mas ficou apenas com a medalha de bronze (o francês Florent Manaudou foi o vencedor). A estrela quase foi superada na decisão pelo compatriota Bruno Fratus, que ficou em 4º lugar. Tudo isso apesar de ser poupado nas provas de revezamento. Também na natação o brasileiro Felipe França ficou longe de seu melhor desempenho pessoal e parou nas semifinais dos 100 m peito

Futebol Brasileiro - Com planejamento de prioridade dentro da CBF, o projeto olímpico masculino mais uma vez não conseguiu a medalha de ouro, disputando um torneio sem forças internacionais [e com quedas precoces de Espanha e Uruguai]. O técnico Mano Menezes contou com o melhor que podia, desfalcou times no Brasileirão e usou “veteranos” acima de 23 anos em posições chave. Mesmo assim o time acabou derrotado na final pelo azarão México por 2 a 1. Individualmente, Neymar passou longe de ser a estrela que se esperava, o líder até o inédito topo do pódio. Pior fez o futebol feminino do país. Se nas duas Olimpíadas anteriores a equipe havia chegado à prata, ficando no “quase”, desta vez o time de Marta e companhia caiu nas quartas de final, diante das campeãs mundiais japonesas, com uma performance técnica fraca.

Outros Brasileiros - Campeã defensora do salto em distância, Maurren Maggi teve desempenho apagado em Londres. Aparentemente competindo lesionada, não passou da eliminatória em sua prova (6,37 m como melhor salto). Na ginástica, pela segunda vez em Olimpíadas Diego Hypólito viu as chances de chegar ao pódio escaparem com um tombo em sua apresentação. O atleta até chegou a declarar que “amarelou”. Nas quadras, a seleção feminina de basquete do país jogou cinco vezes e só conseguiu vitória na última partida, em uma participação olímpica marcada pelo corte de Iziane por indisciplina e um festival de descontrole emocional.

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